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“Assassino do Zodíaco”: um dos maiores mistérios insolutos da contemporaneidade...

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O chamado “Assassino do Zodíaco” foi um norte-americano, assassino em série, que atuou no norte do estado da Califórnia durante dez meses no final da década de 1960, causando enorme horror na sociedade daquela região, naquela época. É um dos mistérios ainda insulúveis pela polícia porque sua identidade permanece desconhecida. O “Zodíaco” colocou seu nome em uma série de cartas ameaçadoras que enviou à imprensa até 1974. Em suas cartas incluiu quatro criptogramas, dos quais três ainda não foram decifrados – há até “clubes” de pessoas (detetives amadores) nos Estados Unidos que tentam decifrar esses criptogramas.

(Abaixo, o retrato falado do assassino, feito por duas pessoas, em 1968)


O “Assassino do Zodíaco” matou sete vítimas reconhecidas em Benicia, Vallejo, Lago Berryessa e São Francisco entre dezembro de 1968 e outubro de 1969. Quatro homens e três mulheres entre 16 e 29 anos foram os alvos do assassino. Outras pessoas foram consideradas possíveis vítimas. Com a falta de precisão no número de vítimas, a incapacidade de decifrar suas cartas criptografadas e a falha na busca de suspeitos, o caso pode ser considerado como um crime perfeito.

Por conta destes potenciais de falta de precisão do número de vítimas totais, a desconexão com seu sistema de criptografar algumas cartas enviadas à polícia e falha na busca dos suspeitos, muitos sociólogos, antropólogos e criminalistas dizem que o “Zodíaco” se tornou uma figura pública (fizeram até filme sobre o caso) não somente por ser um serial-killer, mas também por ser o único crime perfeito da história.

Em abril de 2004, o Departamento de Polícia de São Francisco marcou o caso como inativo, mas o reabriu após março de 2007. O caso está aberto até hoje em outras jurisdições. Em agosto de 2008, um homem de Sacramento disse que tinha evidências que apontava seu padrasto sendo o assassino. Um capuz preto, uma faca com sangue, escritos, e rolos de filme fotográfico foram examinados pelo FBI. Entretanto, a investigação está parada, devido à falta de provas.


Vítimas confirmadas do criminoso...
Apresentamos a lista das vítimas confirmadas do “Assassino do Zodíaco” em ordem alfabética, e não em ordem de assassinato:

Betty Lou Jensen, 16 anos
Bryan Calvin Hartnell, 20 anos
Cecilia Ann Shepard, 22 anos
Darlene Elizabeth Ferrin, 22 anos
David Arthur Faraday, 17 anos
Michael Renault Mageau, 19 anos
Paul Lee Stine, 29 anos

Outras possíveis vítimas do serial-killer “Zodíaco”...
No dia 20 de dezembro de 1968, mais de dois meses depois de a primeira vítima do assassino, ele entra em ação novamente atacando David Arthur Faraday, de 17 anos, e Betty Lou Jesen, de 16, em uma localização próxima ao Lago Herman, chamado “Lover’s Lane”. Cerca de três semanas antes desse encontro, Betty disse ter tido a sensação de estava sendo observada por alguma pessoa na escola, podendo citar também o episódio que sua mãe achou o portão que dava de encontro para a janela da menina aberto mais de uma vez; coisas estranhas, mas nada de muito preocupante para a família.

Voltando à noite do crime, cerca de quatro testemunhas viram o casal no carro. Eles tinham trancado as portas e reclinado os bancos. Duas das testemunhas que eram caçadores afirmam terem visto o que parecia ser uma Valiant azul seguindo o casal, o provável Valiant azul parou junto ao carro do casal quando eles já estavam perto de sair e pediu para eles saírem do carro, estando com as portas do carro trancadas; se negaram, então o homem corpulento que saíra do carro sacou uma arma da jaqueta e estourou o vidro traseiro e outra janela traseira com tiros.

Betty, apavorada, correu e sem tempo de reação David recebeu um tiro no seu ouvido esquerdo horizontalmente arrancado parte dele. Logo depois, o homem atirou nas costas de Betty cinco vezes, que ainda conseguiu dar alguns passos, mas acabou por tombar a nove metros do carro, David ainda estava vivo. Logo depois, Stella Borges ligou para uma ambulância e pediu socorro medico imediato, Betty já estava morta e David morreu no hospital enquanto recebia socorro.


O possível assassino pode ser...
Como dito anteriormente, há vários clubes que tentam identificar as cartas decodificadas do “Assassino do Zodíaco”, sendo que das três criptografadas, somente uma conseguiu ser “traduzida” pela polícia de São Francisco. O trabalho destes clubes de detetives amadores é impressionante, e o trabalho deles chegou a ser citado em pelo menos três livros sobre este serial-killer que teria cometido o crime perfeito da história humana, passando até “Jack Estripador” em sua fama e historicidade.

Entretanto, de acordo com a maior parte dos clubes amadores, Earl Van Best Jr. seria o “Assassino do Zodíaco”. Se o leitor reparar a foto dele no fichamento policial (imagem abaixo) (ele chegou a ser preso, mas liberado por falta de provas na época do ocorrido), ele se parece muito com o retrato falado oficial que apareceu em todos os jornais e tevês dos Estados Unidos no final dos anos 60 e início da década de 1970.


Para muitos detetives amadores, pesquisadores, policiais, delegados e promotores, o homem acima é, mesmo, o “Zodíaco”, mas ele conseguiu escapar por causa de uma polícia ineficiente em meio ao caos. Earl morreu na década de 1980 e o seu filho, em depoimento em um livro, confirma a história de que seu pai era o assassino monstruoso que assustou a sociedade do norte da Califórnia entre 1968 e 1969.


Primeiro contato: tema ufológico recorrente nos filmes e séries de ficção...

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O primeiro contato é um tema muito comum em filmes, livros e gibis de ficção científica, e é uma tese ufológica que aborda o primeiro contato entre os seres humanos e os seres alienígenas. Entretanto, de acordo com a Antropologia e a História, esse primeiro contato aconteceu diversas vezes ao longo da história da Humanidade, mas não da maneira como a ufologia crê. Vamos falar um pouco sobre isso neste post.


Nas últimas décadas, o mercado hollywoodiano tem trabalhado muito com séries e filmes que abordam o primeiro contato entre Homens e aliens. Um tratamento mais moderno, usando rádio em vez de espaçonaves, está no romance “Contact”, do renomado astrônomo Carl Sagan. Outro exemplo, no universo ficcional de Star Trek, é o primeiro contato oficial para os humanos, que ocorre em 05 de abril de 2063.

A série de televisão “Star Trek” explorou o tema a fundo, em torno do conceito da Primeira Diretriz – uma lei que proíbe explicitamente o primeiro contato (ou qualquer outra forma de interferência) entre a humanidade e seus aliados, e qualquer e todas as raças não suficientemente avançadas (isto é, capazes de viagem interestelar) para permitir tal encontro.

O romance “O despertar dos deuses”, de Isaac Asimov, explora simultaneamente a unidade potencial de todas as raças e a possibilidade de conflito inerente a todas as situações de primeiro contato: mesmo se os membros de raças diferentes compreenderem uns aos outros, suas percepções distintas podem colocar em perigo ambos os mundos e mesmo a estrutura dos respectivos universos. Esta lacuna entre indivíduos e suas respectivas sociedades é característica da trama de primeiro contato do clássico filme “ET”. Outros desenvolvimentos do tema na cultura de massa incluem encontros com raças predatórias ou semi-sencientes tais como em “Alien” e “Independence Day”.


A ausência de primeiro contato é evidente em outras obras de ficção científica, tais como na série “Fundação”, de Isaac Asimov, onde o Império Galáctico da Humanidade é o governante inconteste do universo conhecido, visto que não existem alienígenas sencientes.

Existe uma multiplicidade de cenários que exploram os efeitos potenciais de uma situação real de primeiro contato, nenhum dos quais pode se provar mais plausível que o seguinte até que tal ocorrência venha a ocorrer realmente. Dado que as melhores evidências sugerem que nunca houve contato entre humanos e espécies extraterrestres, o grau de choque cultural que pode ocorrer é, naturalmente, altamente especulativo. Na ficção científica, o primeiro contato entre espécies inteligentes têm resultado tanto na demonstração de eras de paz quanto de beligerância.

Alguns escritores de ficção científica, tais como Arthur C. Clarke, têm sugerido que o abismo tecnológico existente entre duas espécies inteligentes poderia ser tão vasto que cenários no estilo “Star Wars” seriam altamente improváveis. Pelo contrário, as diferenças culturais potencialmente colossais têm frequentemente sido consideradas como de alto risco, pela possibilidade de um mal-entendido levar ao conflito durante um primeiro contato. No universo do jogo de computador “Descent: FreeSpace”, por exemplo, sugere-se que uma guerra sangrenta e prolongada entre os humanos e uma raça alienígena conhecida como Vasudans foi iniciada simplesmente por uma má interpretação humana da linguagem Vasudan, que é muito mais complexa que qualquer uma da Terra.

Considere-se, por exemplo, como soldados europeus do século 16 poderiam enfrentar armamento do século 21. Amplia-se por milhares ou mesmo milhões de anos de desenvolvimento adicional o abismo tecnológico que pode ter ocorrido numa espécie extraterrestre e torna-se claro que as diferenças poderiam ser potencialmente tão grandes que tornariam a guerra absurda.


Com tal lapso, mesmo uma compreensão básica entre culturas pode ser impossível. A probabilidade puramente estatística sugere que é improvável que duas civilizações quaisquer estejam no mesmo nível de desenvolvimento tecnológico.

O primeiro contato já ocorreu: a visão dos teóricos dos deuses astronautas...
A temática do primeiro contato é frequentemente abordada pelos teóricos dos deuses astronautas. Para eles, esse primeiro contato já aconteceu há dezenas de milhares de anos, quando as primeiras civilizações começaram a aparecer no Crescente Fértil e na América. Além do primeiro contato, de acordo com estes pensadores, os alienígenas foram confundidos como “deuses” por conta das diferenças tecnológicas entre os humanoides e os aliens; dizemos humanoides porque, ainda segundo essa teoria, houve o acasalamento espacial dando origem ao ser humano contemporâneo, o que explica a falta do “elo perdido” entre os homens das cavernas primitivos e o ser humano atual.

Assim, o tema do primeiro contato é frequentemente trabalhado pelos teóricos dos deuses astronautas a partir dos primeiros trabalhos do suíço Erich von Dänniken, seguido por vários outros estudiosos. O abismo tecnológico entre aliens e seres humanos primevos teria feito com que esses seres intergaláticos nos deixaram como herança vários conhecimentos, como a irrigação, a agricultura, a pecuária e a arquitetura megalítica.


O primeiro contato já ocorreu: a visão dos historiadores e antropólogos...
O tema do primeiro contato não está limitado à ficção científica. Por exemplo, muitas histórias sobre o Velho Oeste norte-americano apresentaram um primeiro contato antropológico entre colonos europeus e nativos americanos. Outro exemplo muito importante de primeiro contato ocorreu em 1492, quando os europeus liderados por Cristóvão Colombo chegaram à América acreditando terem chegado à Ásia. Esse primeiro contato foi muito importante e cruel para todos os lados, principalmente para o lado mais fraco – os ameríndios; mais tarde esse primeiro contato ocorreu com as sociedades primitivas sul-americanas com espanhóis conhecendo os incas e os portugueses lidando com as tribos do litoral brasileiro. Na Papua-Nova Guiné, ainda como exemplo, os primeiros contatos com tribos até então desconhecidas ocorreram até meados dos anos 1930; no Brasil, até hoje ainda existem tribos indígenas isoladas em regiões remotas da Amazônia.

Cartas de Zener: você conhece este método de teste de clarividência?!

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As Cartas de Zener eram comumente usadas na condução de experiências ligadas à percepção extrassensorial, principalmente nos estudos envolvendo pessoas conhecidas pelo poder psíquico da clarividência. Na imagem abaixo temos a imagem de algumas das cartas usadas nestes testes.


As Cartas de Zener foram inventadas pelo parapsicólogo Joseph Banks Rhine como uma fácil e estatisticamente mensurável maneira de teste para percepção extrassensocial de acordo com um método científico. Rhine nomeou-as assim em homenagem ao seu colega Karl Zener (foto abaixo), um psicólogo que pesquisava essa percepção. O Dr. Zener selecionou os cinco desenhos iriam aparecer nas cartas. Quando as Cartas de Zener foram criadas, em 1920, elas eram embaralhadas manualmente, mas Rhine depois modificou este método para o embaralhamento mecânico.

São 25 cartas no pacote, cinco de cada desenho. Os cinco desenhos que aparecem na frente das cartas são o círculo, a cruz na forma grega com cada linha de mesmo tamanho, uma estrela de cinco pontas, um quadrado, e um trio de linhas onduladas. Na ordem de número de linhas, elas são: círculo, cruz, ondas, quadrado e estrela.

Nos testes com clarividência, a pessoa que conduz o teste puxa uma carta de um baralho, olha para ela para ver que símbolo está na carta e anota a resposta do sujeito experimental (o qual tenta acertar a figura da carta que foi puxada). O experimento continua até que todas as cartas do baralho tenham sido utilizadas – e adivinhadas. Uma terceira pessoa pode ser empregada para ver o videotape para ter certeza de que o experimento foi conduzido com pureza e que todas as cartas não foram vistas pelo sujeito experimental.


Barreiras físicas podem ser usadas entre o experimentador e o sujeito experimental. Na elaboração de experimentos com as Cartas de Zener, assim como outras formas de teste de percepção extrassensorial, deve-se usar de todas as maneiras para se ter a certeza de que o sujeito experimental não tenha como saber qual carta está diante da face do experimentor. Em alguns experimentos o experimentador e o sujeito experimental podem até mesmo estar em dois quartos diferentes.

Quando as Cartas de Zener foram usadas pela primeira vez, elas eram feitas de uma suave e fina folha de papel branco transparente. Vários sujeitos experimentais ou grupos de sujeitos experimentais conseguiram um escore muito alto nos primeiros anos, mas logo descobriram que os sujeitos comumente eram capazes de ver os símbolos através das costas das cartas. Então elas foram refeitas para que os símbolos não pudessem ser vistos sob quais quer condições. Rhine e outros parapsicólogos continuaram conseguindo resultados positivos nos testes com as cartas, mas em menor proporção que antes. Também houve céticos alegando que ainda dava para trapacear nos testes.

Você já ouviu as histórias da “Condessa Drácula”?! Hoje você vai conhecer Elisabeth Báthory...

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Elisabeth Báthory (também conhecida como Isabel Báthory, ou em húngaro, Erzbéth Báthöry) nasceu em 1560 e morreu em 1614; foi uma condessa húngara de uma renomada família que entrou para a história por uma suposta série de crimes hediondos e cruéis que teria cometido, vinculados com sua obsessão pela beleza. Como consequência, ela ficou conhecida como “condessa sangrenta” e “condessa Drácula”.


A maior parte da vida adulta de Elisabeth Báthory foi passada no Castelo de Csejte, no oeste da atual Eslováquia. Os Báthory faziam parte de uma das mais antigas e nobres famílias da Hungria e dominavam a região. Era filha do barão Jorge Báthory, do ramo Ecsed, irmão do príncipe András da Transilvânia. A mãe de Elisabeth era do ramo Somlýo da família, chamava-se Anna Báthory e era irmã, entre outros, do rei da Polônia e do príncipe de Siebenbürgen (Transilvânia). Elisabth era ainda prima do marido da arquiduquesa Maria Cristina de Habsburgo, filha de Carlos II da Áustria.

Elisabeth cresceu em uma época em que os turcos haviam conquistado a maior parte do território húngaro, que servia de campo de batalha entre os exércitos do Império Otomano e a Áustria dos Habsburgo. A área era também dividida por diferenças religiosas. A família Báthory se juntou à nova onda de protestantismo que fazia oposição ao catolicismo romano tradicional.

Quando criança, ela sofreu doenças repentinas, acompanhadas de intenso rancor e comportamento incontrolável. Em 1571, seu tio István Báthory tornou-se príncipe da Transilvânia e, mais tarde na mesma década, ascendeu ao trono da Polônia. Foi um dos regentes mais competentes de sua época, embora seus planos para a unificação da Europa contra os turcos tivessem fracassado em virtude dos esforços necessários para combater Ivan, o Terrível, que cobiçava seu território.


Casamento e início do sadismo e das loucuras...
Vaidosa e bela, Elisabeth ficou noiva do conde Ferenc Nádasdy aos onze anos de idade, passando a viver no castelo dos Nádasdy, em Sárvár. Em 1574, ela engravidou de um camponês quando tinha apenas 14 anos. Quando sua condição se tornou visível, escondeu-se até a chegada do bebê: a criança seria uma menina chamada Anastasia, dada então a um casal de camponeses, ao que se supõe pagos pela família Báthory para que fugissem do reino com a bastarda.

O casamento com Ferenc ocorreu em maio de 1575. O conde Nadasdy era militar e, frequentemente, ficava fora de casa por longos períodos. Nesse meio tempo, Elisabeth Báthory assumia os deveres de cuidar dos assuntos do castelo da família Nadasdy. Foi a partir daí que suas tendências sádicas começaram a revelar-se – com o disciplinamento de um grande contingente de empregados, principalmente mulheres jovens.

À época, o comportamento cruel e arbitrário dos detentores do poder para com os criados era comum; contudo, o nível de crueldade de Elisabeth era notório. Ela não apenas punia os que infringiam seus regulamentos, como também encontrava todas as desculpas para infligir castigos, deleitando-se na tortura e na morte de suas vítimas. Espetava alfinetes em vários pontos sensíveis do corpo das suas vítimas, como, por exemplo, sob as unhas ou nos mamilos. No inverno, executava suas vítimas fazendo-as se despir e andar pela neve, despejando água gelada nelas até morrerem congeladas.

Quando se encontrava no castelo, o marido de Báthory juntava-se a ela nesse tipo de comportamento sádico e até lhe ensinou algumas modalidades de punição: o despimento de uma mulher e o cobrimento do corpo com mel, deixando-o à mercê de insetos, por exemplo.


O conde Nádasdy morreu em 1604, e Erzsébet mudou-se para Viena após o seu enterro. Passou também algum tempo em sua propriedade de Beckov e no solar de Čachtice, ambos localizados onde é hoje a Eslováquia. Esses foram os cenários de seus atos mais famosos e depravados.

Nos anos que se seguiram à morte do marido, a companheira de Elisabeth no crime foi uma mulher de nome Anna Darvulia, de quem pouco se sabe a respeito: muitos afirmam que Darvulia teria sido uma sábia e temida ocultista, alquimista e talvez praticante de rituais de magia negra, que terá incutido na própria Elisabeth, de quem se diz ter sido amante (é conhecida a bissexualidade da condessa). Quando Darvulia faleceu (cerca de 1609), Elisabeth se voltou para Erzsi Majorova, viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. Majorova parece ter sido responsável pelo declínio mental final de Elisabeth, ao encorajá-la a incluir algumas mulheres de estirpe nobre entre suas vítimas às quais bebia o sangue. Em virtude de estar tendo dificuldade para arregimentar mais jovens como servas à medida que os rumores sobre suas atividades se espalhavam pelas redondezas, seguiu os conselhos de Majorova. Em 1609, ela matou uma jovem nobre e encobriu o fato dizendo que fora suicídio.

Elisabeth, ao longo de sua carreira sanguinária, contou também com a ajuda de quatro fieis cúmplices: Janos (também apelidado de “Ficzko”), um jovem demente mental que ajudava no ocultamento dos cadáveres e no funcionamento dos instrumentos de tortura; Helena Jo, ama dos filhos de Elisabeth e enfermeira do castelo; Dorothea Szentos (ou “Dorka”), uma velha governanta; e Katarina Beneczky, uma jovem lavadeira acolhida pela condessa.

Prisão e morte...
No início do verão de 1610, tiveram início as primeiras investigações sobre os crimes de Elisabeth Báthory. Todavia, o verdadeiro objetivo das investigações não era conseguir uma condenação, mas sim confiscar-lhe os bens e suspender o pagamento da dívida contraída ao seu marido pelo rei Matias II.

Elisabeth foi presa no dia 26 de dezembro de 1610. O julgamento teve início alguns dias depois, conduzido pelo conde Thurzo, um primo de Elisabeth a quem muito convinha a condenação da condessa. Uma semana após a primeira sessão, foi realizada uma segunda, em 07 de janeiro de 1611. Nesta, foi apresentada como prova uma agenda encontrada nos aposentos de Elisabeth, a qual continha os nomes de 650 vítimas, todos registrados com a sua própria letra.

Elisabeth não esteve presente em nenhuma das sessões do julgamento. Seus cúmplices foram condenados à morte, sendo a forma de execução determinada por seus papéis nas torturas: “Ficzko” foi decapitado e queimado; “Dorka”, Helena e Erzsi viram seus próprios dedos serem cortados e foram atiradas para a fogueira ainda vivas. Apenas Katarina foi ilibada e sua vida poupada, provavelmente devido a esta se ter envolvido amorosamente com um dos juízes.

Elisabeth Báthory foi condenada à prisão perpétua, em solitária. Foi encarcerada em um aposento do castelo de Čachtice, sem portas ou janelas. A única comunicação com o exterior era uma pequena abertura para a passagem de ar e de alimentos. A condessa permaneceu aí os seus três últimos anos de vida, tendo sido encontrada morta em 21 de agosto de 1614, não se sabendo ao certo a data da sua morte, já que foram encontrados no aposento vários pratos de comida intactos. Foi sepultada nas terras dos Báthory, em Ecsed.


Julgamento e documentos...
No julgamento de Elisabeth Báthory, não foram apresentadas provas sobre as torturas e mortes, baseando-se toda a acusação no relato de testemunhas. Foi encontrado um diário no quarto da condessa, no qual estavam registrados os nomes de cada vítima de Báthory com sua própria letra. É de destacar, também, que as confissões dos cúmplices de Báthory acerca dos crimes desta foram obtidas sob tortura. Após sua morte, os registros de seus julgamentos foram lacrados porque a revelação de suas atividades constituiriam um escândalo para a comunidade húngara reinante. O rei húngaro Matias II proibiu que se mencionasse seu nome nos círculos sociais.

Elisabeth Báthory na cultura popular e lendas envolvendo seu nome...
A chamada “Condessa Drácula” é uma personagem muito popular no Leste Europeu e na Rússia, como o Marquês de Sade é comum na cultura ocidental por conta de seu sadismo (seu nome deu origem a essa perversão sexual de obter prazer através de subter o parceiro à dor). Desta forma, o nome de Báthory e sua família está envolta em uma série de lendas bastante antigas na Hungria, na República Tcheca, na Eslováquia, na Romênia, na Polônia e na Rússia.

Não foi senão cem anos mais tarde que um padre jesuíta, László Turoczy, localizou alguns documentos originais do julgamento e recolheu histórias que circulavam entre os habitantes de Čachtice. Turoczy incluiu um relato de sua vida no livro que escreveu sobre a história da Hungria. Seu livro sugeria a possibilidade de Elisabeth ter-se banhado em sangue várias vezes. Publicado no ano de 1720, o livro surgiu durante uma onda de interesse pelo vampirismo na Europa oriental. Assim começou a espalhar-se o mito de que Elisabeth eventualmente bebia e se banhava no sangue das meninas que matava.

Diz-se que certo dia a condessa, já sem o frescor da juventude, estava a ser penteada por uma jovem criada, quando esta puxou os seus cabelos acidentalmente. Instintivamente, Elisabeth virou-se para ela e espancou-a com tamanha brutalidade, que algum sangue espirrou e algumas gotas caíram na sua mão. Ao remover o sangue, pareceu-lhe que este havia rejuvenescido a sua pele. Foi após esse incidente que passou a banhar-se em sangue de virgens, pois estas não estavam corrompidas pelo pecado original, sendo assim seu sangue puro e eventualmente milagroso. Reza a lenda que, em um calabouço, existia uma gaiola pendurada no teto construída com lâminas, ao invés de barras. A condessa se sentava em uma cadeira embaixo desta gaiola. Então, era colocada uma donzela nesta gaiola e “Ficzko” espetava e atiçava a prisioneira com uma lança comprida. Esta se debatia, o que fazia com que se cortasse nas lâminas da gaiola, e o sangue resultante dos cortes banhava a condessa.

Uma segunda história refere-se ao comportamento de Elisabeth Báthory após a morte do marido, quando se dizia que ela se envolvia com homens mais jovens. Numa ocasião, enquanto passeava na aldeia na companhia de um desses homens, viu uma mulher de idade avançada e perguntou a ele: “O que farias se tivesses de beijar aquela bruxa velha?”. O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao ouvir o diálogo, acusou Elisabeth de excessiva vaidade e acrescentou que a decadência física era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm relacionado a morte do marido de Erzsébet e esse episódio com seu receio de envelhecer.



Hoje em dia, também há quem creia que a condessa tenha sido, ela própria, uma vítima da ambição humana: ela era a mulher mais rica da Hungria, o próprio rei lhe devia uma fortuna, seu latifúndio correspondia a cerca de 2/3 do território húngaro e ela era, de longe, a aristocrata mais poderosa do clã Báthory. Nunca foram encontradas provas concretas dos crimes bárbaros creditados à condessa, podendo toda a história da sua vida ter sido forjada pelos nobres da época.

Psicografia: comunicação dos espíritos conosco ou farsa antológica?!

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Psicografia (palavra de origem grega, que significa “escrita da mente”), de acordo com o glossário espírita, é a capacidade atribuída a certos médiuns de escrever mensagens ditadas por espíritos. Segundo a doutrina espírita, a psicografia seria uma das múltiplas possibilidades de expressão mediúnica existentes. Allan Kardec classificou-a como um tipo de manifestação inteligente, por consistir na comunicação discursiva escrita de uma suposta entidade incorpórea ou espírito, por intermédio de um ser humano.


O mecanismo de funcionamento da psicografia, ainda segundo Kardec, pode ser consciente, semi-mecânico ou mecânico, a depender do grau de consciência do médium durante o processo de escrita.

No primeiro caso, o menos passível de validação experimental, o médium tem plena consciência daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das ideias contidas no texto. Tem a capacidade de influir nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.

No segundo, o médium poderia até estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de ideias, mas seria incapaz de influenciar voluntariamente o texto, que basicamente lhe escorreria das mãos. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo.

No terceiro caso, o mais adequado para uma averiguação experimental controlada, o médium poderia escrever sem sequer se dar conta do que está fazendo, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com interlocutores sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta. Isso porque, segundo Kardec, esses médiuns permitiriam ao espírito agir diretamente sobre sua mão ou seu braço, sem recorrer à mente.


Além da doutrina espírita, há várias correntes espiritualistas em que é bem evidente a admissão da possibilidade de ocorrência desse fenômeno, como a teosofia e a umbanda. Entre os textos ditos psicografados encontram-se obras atribuídas a autores famosos – uns adeptos, em vida, de doutrinas compatíveis com esta prática, como Victor Hugo e Bezerra de Menezes, outros nem tanto, como Oscar Wilde e Camilo Castelo Branco.

Aceitação da autoria do “espírito psicografado”...
O pesquisador Carlos Augusto Perandréa estudou 400 cartas psicografadas por Chico Xavier em transes mediúnicos, utilizando as mesmas técnicas com que avalia assinatura para bancos, polícias e o Poder Judiciário, a grafoscopia. Perandréa comparou a letra padrão dos indivíduos antes da morte e depois nas cartas psicografadas, chegando à conclusão de que todas as psicografias que estudou possuem autenticidade gráfica dos referidos mortos.

Nas primeiras décadas do século 20, os então dirigentes da Society for Psychical Research (famosa organização de pesquisa parapsicológica) coletaram e consideraram autênticas várias mensagens psicografadas por diversos médiuns que atribuíam a autoria ao espírito de F. W. H. Myers, intelectual que foi um dos fundadores da organização. Os dirigentes constataram também que as mensagens psicografadas apresentaram uma correlação de continuidade muito forte entre elas, formando uma espécie de “quebra-cabeça”.

Mais recentemente, em 2008, foi feita uma pesquisa científica nos Estados Unidos por cientistas da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Thomas Jefferson, em que se utilizando de recursos da neurociência moderna foram medidas as atividades cerebrais de dez médiuns brasileiros saudáveis, enquanto psicografavam. Os cientistas constataram que durante os transes psicográficos, as áreas menos ativadas no cérebro dos médiuns foram as que são as mais ativadas enquanto qualquer pessoa escreve em estado normal de vigília (ou seja, as áreas relacionadas ao raciocínio, ao planejamento e à criatividade), sendo que os textos psicografados resultaram mais complexos que os produzidos em estado normal de vigília.

Como a pesquisa registra, nos textos psicografados os médiuns produziram mensagens espelhadas – escritas de trás para frente –, redigiram em línguas que não dominavam bem, descreveram corretamente ancestrais dos cientistas que os próprios cientistas diziam desconhecer, entre outras coisas. Para tais cientistas, os resultados da pesquisa são compatíveis com a hipótese que os médiuns defendem – a de que autoria dos textos psicografados não seria deles, mas sim dos espíritos comunicantes.


Em 1990, a Associação Médico-Espírita de São Paulo realizou uma pesquisa sobre 45 cartas psicografadas por Chico Xavier e consideradas autênticas pelos destinatários, concluindo que “as evidências da sobrevivência do espírito são muito fortes. A vida é uma fatalidade, segundo o depoimento desses 45 companheiros que se expuseram, por inteiro, revelando as nuances de suas personalidades através das mãos humildes do medianeiro”.

Trabalho da psicografia em tribunais...
O caso mais famoso indubitavelmente foi o de Humberto de Campos. A partir de 1937, três anos após a morte de Campos, várias crônicas e romances atribuídos ao escritor começaram a ser psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier. Entre as obras, todas editadas pela Federação Espírita Brasileira, a de maior notoriedade entre os espíritas brasileiros foi “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. No ano de 1944, a viúva de Humberto de Campos ingressou em juízo, movendo um processo contra a Federação Espírita Brasileira e Francisco Cândido Xavier, no sentido de obter uma declaração, por sentença, de que essa obra mediúnica “era ou não do espírito de Humberto de Campos”, e que em caso afirmativo, que ela obtivesse os direitos autorais da obra. O assunto causou muita polêmica e, durante um bom tempo, ocupou espaço nos principais periódicos do país. A autora, D. Catarina Vergolino de Campos, foi julgada carecedora da ação proposta, por sentença de 23 de agosto de 1944, do Dr. João Frederico Mourão Russell, juiz de Direito em exercício na 8º Vara Cível do antigo Distrito Federal. Tendo ela recorrido dessa sentença, o Tribunal de Apelação do antigo Distrito Federal manteve-a por seus jurídicos fundamentos, tendo sido relator o Ministro Álvaro Moutinho Ribeiro da Costa.

No Brasil, em alguns casos, a psicografia foi utilizada como prova em tribunal. Textos psicografados por Chico Xavier foram aceitos como provas judiciais (entre outras que também foram apresentadas pela defesa) e mostraram-se como elementos decisivos nas sanções aplicadas em três casos de julgamento de homicídio internacionalmente repercutidos, ocorridos nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná entre os anos de 1976 e 1982.

Um dos casos mais recentes registrou-se em maio de 2006, em Porto Alegre, tendo a ré, Iara Marques Barcelos, sido inocentada do assassinato do ex-amante, Ercy da Silva Cardoso, graças a uma carta que teria sido ditada pelo falecido. Mais recentemente, em 17 de maio de 2007, o julgamento do réu, Milton dos Santos, pelo assassinato de Paulo Roberto Pires, em abril de 1997, foi suspenso devido a uma carta recebida pelo médium Rogério Leite em uma sessão espírita realizada em 2004, na qual Paulinho inocenta o acusado. No entanto, o advogado Roberto Selva da Silva Maia indicou em um artigo18 que os documentos psicografados podem ser aceitos no tribunal como documento particular, mas não como prova judicial. Segundo ele, isso se dá porque a lei estabelece que a morte extingue a personalidade humana, logo um morto não poderia gerar documento legal. Também segundo ele, a psicografia depende da aceitação de premissas religiosas, e o judiciário não é religioso visto que nosso Estado é laico e, não haveria forma de se usufruir do princípio do contraditório e da ampla defesa.


O que pensam os céticos sobre o assunto...
Os críticos da teoria que envolve a espiritualidade mediúnica na psicografia apontam que as pesquisas realizadas até hoje apontam dois tipos de problemas: (1) os pesquisadores eram crentes do Espiritismo, e por isso estavam “contaminados” pela própria crença; e (2) os métodos usados foram muito poucos, com número pequeno de amostragem de cartas, sempre trabalhadas com familiares fragilizados pela perda, e por isso, propensos a aceitarem a carta como positiva, vinda do espírito de determinada pessoa.

Os cientistas céticos, dentre eles alguns parapsicólogos, dizem que a psicografia parece muito o efeito ideomotor do Tabuleiro Oija. Quando, no caso do tabuleiro, os participantes são vendados não há nenhum tipo de resposta coerente com o idioma ou com regras gramaticas. As pessoas inconscientemente “passeiam” com o apetrecho pelo Ouija sem nenhum tipo de efeito real como quando aconteceria sem os olhos vendados. A crítica é que nenhuma psicografia é feita aleatoriamente; os médiuns sempre conhecem as histórias das partes envolvidas e, por isso, escrevem o que essas pessoas fragilizadas gostariam de ouvir.

Máquina de Anticítera: fato, farsa ou objeto deixado pelos deuses astronautas?!

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A chamada Máquina de Anticítera é um artefato que se acredita tratar de um antigo mecanismo para auxílio à navegação. O mecanismo original está exposto na coleção de bronze do Museu Arqueológico Nacional de Atenas, acompanhado de uma réplica. Outra réplica está exposta no Museu Americano do Computador em Bozeman, nos Estados Unidos.


Os restos do artefato foram resgatados em 1901, juntamente com várias estátuas e outros objetos, por mergulhadores, à profundidade de aproximadamente 43 metros na costa da ilha grega de Anticítera, entre a ilha de Citera e a de Creta. Datado de 87 a.C., em 17 de maio de 1902 o arqueólogo Spyridon Stais notou que uma das peças de pedra possuía uma roda de engrenagem. Quando o aparelho foi resgatado estava muito corroído e incrustado. Depois de quase dois mil anos, parecia uma pedra esverdeada. Visto que de início as estátuas eram o motivo de todo o entusiasmo, o artefato misterioso não recebeu muita atenção.

O mecanismo foi examinado em 1902, e estava em vários pedaços. Havia rodas dentadas de diferentes tamanhos com dentes triangulares cortados de forma precisa. O artefato parecia um relógio, mas isso era pouco provável porque se acreditava que relógios mecânicos só passaram a ser usados amplamente muito mais tarde.

Análise detalhada...
Em 1958, o mecanismo foi analisado por Derek J. de Solla Price, um físico que mudou de ramo e tornou-se professor de História na Universidade de Yale. Ele chegou a acreditar que o aparelho era capaz de indicar eventos astronômicos passados ou futuros, como a próxima Lua cheia. Percebeu que as inscrições no mostrador se referiam a divisões do calendário – dias, meses e signos do zodíaco. Supôs que deveria haver ponteiros que girassem para indicar as posições dos corpos celestes em períodos diferentes. O professor Price deduziu que a roda dentada maior representava o movimento do Sol e que uma volta correspondia a um ano solar, equivalente a 19 anos terrestres. Se uma outra engrenagem, conectada à primeira, representava o movimento da Lua, daí a proporção entre o número de dentes nas duas rodas deveria refletir o conceito dos gregos antigos sobre as órbitas lunares.

Em junho de 1959, o professor Price publicou um artigo sobre o mecanismo na “Scientific America” enquanto o mecanismo estava apenas sendo inspecionado. Em 1971, o professor Price submeteu o mecanismo a uma análise com o auxílio de raios gama. Os resultados confirmaram as suas teorias de que o aparelho era um calculador astronômico altamente complexo. Ele fez um desenho de como achava que o mecanismo funcionava e publicou suas descobertas em 1974. Na ocasião, Price afirmou que o aparelho teria sido construído por Geminus de Rodes, um astrônomo grego, mas a sua conclusão não foi aceita pelos especialistas à época, que acreditavam que, embora os antigos gregos tivessem o conhecimento para tal máquina, não tinham a habilidade prática e científica necessária para construí-la. Os dados obtidos pela máquina são muito semelhantes aos descritos nos manuscritos de Galileu Galilei e as semelhanças vão além da coincidência, levando a crer que Galileu valeu-se de tal máquina em suas pesquisas.


Projeto de pesquisa do mecanismo em questão...
Em 1996 o físico italiano Lucio Russo, professor na Universidade de Roma Tor Vergata, publicou um artigo acrescentando novas luzes à questão. O artigo foi traduzido e publicado em língua inglesa em 2004. A partir de setembro de 2005, a fabricante estadunidense de computadores Hewlett-Packard contribuiu para a pesquisa disponibilizando um sistema de reprodução de imagens, tomógrafo digital, que facilitou a leitura de textos, que haviam se tornado ininteligíveis devido à passagem do tempo.

Essas pesquisas permitiram uma visão melhor do funcionamento do mecanismo. Quando o usuário girava o botão, as engrenagens de pelo menos 30 rodas dentadas ativavam três mostradores nos dois lados do aparelho. Isso permitia que o usuário previsse ciclos astronômicos – incluindo eclipses – em relação ao ciclo de quatro anos dos Jogos Olímpicos e outros jogos pan-helênicos. Esses jogos eram comumente usados como base para a cronologia.

Essas informações eram importantes uma vez que para os povos da Antiguidade o Sol e a Lua eram a base para os calendários agrícolas, além do que os navegadores se orientavam pelas estrelas. Os fenômenos astronômicos influenciavam todas as instituições sociais gregas. Complementarmente, para os babilônios antigos, prever eclipses era muito importante, visto que esses fenômenos eram considerados presságios ruins. De fato, o mecanismo poderia ser encarado como uma ferramenta política, permitindo que governantes exercessem domínio sobre seus súditos. Foi sugerido que um dos motivos de sabermos tão pouco sobre mecanismos desse tipo é que eles eram mantidos em sigilo por militares e políticos.

O artefato prova que a antiga astronomia e matemática gregas, originadas em grande parte na longa tradição babilônica, eram bem mais avançadas do que até então se imaginava. A revista “Nature” referiu-o assim: “O antigo mecanismo de Anticítera não apenas desafia nossas suposições sobre o progresso da tecnologia ao longo das eras – ele nos dá novos esclarecimentos sobre a própria História”.


Quem o construiu?!
O mecanismo de Anticítera não poderia ser o único mecanismo desse tipo. “Não há nenhuma evidência de quaisquer erros”, escreveu Martin Allen. “Todas as características mecânicas têm uma função. Não há nenhum furo extra ou vestígios de metal que sugiram modificações feitas pelo fabricante durante o processo de construção do mecanismo. Isso leva à conclusão de que ele deve ter fabricado vários modelos”.

Pesquisas mais recentes revelam que o mostrador que indicava os eclipses continha o nome dos meses. Esses nomes são de origem coríntia. A revista “Nature” declarou: “As colônias coríntias do noroeste da Grécia ou de Siracusa, na Sicília, são as mais prováveis – a segunda indicando um patrimônio que remonta os dias de Arquimedes”.

Aparelhos similares não foram encontrados porque o bronze é um produto valioso e altamente reciclável. Em resultado disso, antigos achados de bronze são muito raros. Na verdade, muitos deles foram descobertos debaixo da água, onde não eram acessíveis aos que talvez fossem reutilizá-los. Foi atribuido a Arquimedes a construção desse aparelho. Sua serventia vai além de guiar naus. Esse aparelho é precioso em calcular a órbita lunar, solar, mais as órbitas de cinco planetas ao redor da terra, além de ser capaz de prever eclipses lunares e solares por séculos à frente. Sua precisão é espantosa visto ter sido produzido por mãos humanas. Chegou a ser considerado uma máquina de previsão do futuro. A Grécia não só é o berço da civilização ocidental como também pode ser considerada o berço da tecnologia ocidental sendo esse aparelho o primeiro computador feito pelo Homem.


Intensamente estudado entre o final da década de 1950 e o início da década de 1970, o mecanismo é composto por 27 engrenagens de bronze, feitas a mão, e organizadas de modo a representar mecanicamente a órbita da Lua, de outros planetas do Sistema Solar e do próprio Sol. Primitivamente teria sido protegido por uma caixa ou moldura de madeira, constituindo-se no mais antigo computador analógico hoje conhecido. O artefato é notável porque empregava, já no século 1 a.C., uma engrenagem diferencial, que se acreditava ter sido inventada apenas no século 16, e pelo nível de miniaturização e complexidade de suas partes, comparável às de um relógio feito no século 18.

A visão dos teóricos dos deuses astronautas sobre o artefato...
De acordo com os adeptos das teorias dos deuses astronautas, a Máquina de Anticítera é o maior exemplo de que as tecnologias do passado são compatíveis com as tecnologias contemporâneas porque os ditos deuses (sendo estes aliens) ensinaram tecnologia de ponta aos povos da Antiguidade, portanto sendo possível movimentar toneladas de granito para a construção das Pirâmides de Gizé e até, por exemplo, um relógio extremamente complexo quase 1.900 anos antes de um igual surgir na França.

Assim sendo, o aparato encontrado em Anticítera, na visão destes teóricos, mostra, muito provavelmente, que os alienígenas do passado deixaram tecnologia importante para trás, descoberta no fundo do mar somente no amanhecer do século 20. Para estes especialistas, não precisa entender muito de física mecânica para entender que esse aparato técnico é extremamente complexo, com direito a muitas engrenagens bem específicas e precisas, para o tempo em que teria sido construído.

Fatos e outras verdades sobre o clássico conto “O flautista de Hamelin”...

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Assim como fizemos há algum tempo com relação aos contos “João e Maria”, “Alice no país das maravilhas” e “Chapeuzinho vermelho”, hoje falaremos um pouco sobre os conteúdos históricos e sociológicos envolvendo mais um conto infantil clássico. Cremos, e provamos isso, que muito pode estar escondido no discurso do lúdico e do infantil, mas também há coisas demais a serem ditas, por exemplo: o fato da infestação de ratos na cidade de Hamelin (foto abaixo)é uma verdade, que tornou-se folclórica, depois impressa como conto moralizante infantil.


O flautista de Hamelin” é um conto folclórico escrito pela primeira vez como conto infantil pelos irmãos Grimm e que narra um desastre incomum, porém real, acontecido na pequena vila de Hamelin, na atual Alemanha, no dia 26 de junho de 1284, período compreendido na história como Idade Média.

Naqueles tempos, a cidade de Hamelin estava sofrendo com uma infestação terrível de ratos – eles eram os vetores da Peste Negra, que ceifou a vida de mais de 21 milhões de pessoas em toda Europa.

No conto, um dia chega à cidade um homem que reivindica ser um caçador de ratos dizendo ter a solução para o problema. Prometeram-lhe um bom pagamento em troca dos ratos – uma moeda pela cabeça de cada um. O homem aceitou o acordo, pegou uma flauta e hipnotizou os ratos, afogando-os no Rio Wesser.

Apesar de obter sucesso, o povo da cidade abjurou a promessa feita e recusou-se a pagar o caçador de ratos, afirmando que ele não havia apresentado as cabeças. O homem deixou a cidade, mas retornou várias semanas depois e, enquanto os habitantes estavam na igreja, tocou novamente sua flauta, atraindo desta vez as crianças de Hamelin. Cento e trinta meninos e meninas seguiram-no para fora da cidade, onde foram enfeitiçados e trancados em uma caverna. Na cidade, só ficaram opulentos habitantes e repletos celeiros e bem cheias despensas, protegidas por sólidas muralhas e um imenso manto de silêncio e tristeza.

E foi isso que se sucedeu há muitos, muitos anos, na deserta e vazia cidade de Hamelin, onde, por mais que se procure nunca se encontra nem um rato, nem uma criança.


Na versão original do folclore, nos territórios que formariam a Alemanha atual, o final é diferente: após levar o calote, o flautista atrai as crianças para o mesmo rio, no qual elas morrem afogadas. Apenas três crianças sobrevivem: uma cega, que não consegue seguir o flautista e se perde no caminho; uma surda, que não consegue ouvir a flauta, e uma deficiente, que usa muletas e cai no caminho.

De acordo com os historiadores especializados no período medievo alemão e demais folcloristas de contos germânicos, há várias teorias sobre o que o flautista de Hamelin simbolizaria nas narrativas orais antes de se tornar uma história para crianças. Para alguns, ele seria a representação de um serial killer, para outros uma metáfora para as epidemias que dizimavam populações, como a peste, e para muitos remetia ao processo de migração para colonizar outras regiões da Europa quando o comércio começava a gerar as primeiras cidades, no período conhecido como Baixa Idade Média, com a decadência das vilas feudais.

Segundo os historiadores medievais, o ocorrido no dia 26 de junho de 1284 poderia mostrar uma mortandade de crianças através de uma vingança empreendida por um mercenário que prometera caçar os ratos de uma pequena vila de pessoas religiosas, porém astutas ao ponto de não pagarem o combinado.

Conheça mais um pouco sobre a crucificação como método de pena de morte...

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A crucificação foi um método de execução muito comum utilizado no período da Antiguidade, e comum tanto no Império Romano, como no Egito e também em Cartago. Abolido no século 4 d.C., por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração).


O personagem histórico mais famoso por ter sido condenado a uma crucificação é Jesus de Nazaré, mas outros tantos mártires da Igreja também foram mortos desta mesma maneira. Um detalhe importante no parágrafo anterior rompe com um mito religioso antigo: Jesus não carregou a cruz até o Calvário; cabia ao condenado carregar somente a parte horizontal que compunha uma cruz, pois a parte vertical já ficava no local da condenação, geralmente distante do centro comercial da vila ou da cidade. Mas não pense que carregar somente uma parte da cruz era tarefa fácil: a madeira podia pesar mais de 200 quilos, em um caminho longo, debaixo do sol, sendo chicoteado, cuspido e apedrejado. Era uma verdadeira tortura física e mental.

Os historiadores acreditam que essa pena de morte tenha sido criada na Pérsia, sendo trazida para o Oriente Médio e Ocidente por Alexandre o Grande, sendo então popularizada no Egito, em Roma e em Cartago. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna.


Tratava-se de uma morte extremamente cruel por ser muito lenta. Se a pessoa não morresse por conta dos maus tratos sofridos durante o caminho até o local da pena máxima, ela poderia ficar lá por dias. Há casos de condenados que ficaram sete dias presos à cruz e morreram por infecção generalizada, ou por sede, ou por frio. Um dado curioso é que somente homens eram condenados à crucificação; às mulheres cabiam os apedrejamentos públicos, despejo em penhascos ao mar, afogamentos etc.

No ato da crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, geralmente amarrada, ou, muito raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos, nos pés e nos calcanhares. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte, os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de “bancos” no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.


A maior crucificação de que se tem notícia ocorreu em 71 a.C., ao tempo de Pompeu, em Roma. Dominada a revolta de 200 mil escravos sob o comando de Espártaco, as legiões romanas, furiosas, num só dia crucificaram cerca de seis mil revoltosos vencidos.

A crucificação de Jesus de Nazaré...
O método da crucificação adquiriu grande importância para o Cristianismo, já que de acordo com os cristãos Jesus de Nazaré havia sido entregue pelos judeus aos romanos para crucificação. No caso de Jesus parece ter sido esse castigo feito de modo severo, antes da sentença final, considerando os castigos impetrados pelo sinédrio e posteriormente pela corte romana local na pessoa de Pôncio Pilatos. Segundo a Bíblia, nesse ato foi colocado um pedaço de madeira sobre a cabeça do réu, com uma inscrição de poucas palavras que exprimiam o crime: INRI, ou “Iesus Nazarenus Rex Ioderum”, ou “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. Jesus carregou a cruz até o lugar da execução e este trajeto público e penoso é chamado de Via Crucis.

Jesus Cristo foi pregado na cruz, mas por vezes o condenado era apenas atado a esse instrumento de suplício, visto que o tempo de agonia do criminoso era extraordinariamente prolongado. Entre os judeus, algumas vezes o corpo de criminosos era pendurado numa árvore; mas não podia ficar ali durante a noite porque era “maldito de Deus” e contaminaria a terra. Diversos outros cristãos também foram crucificados, entre eles São Pedro, que segundo registros históricos, teria sido crucificado de cabeça para baixo.

De acordo com a tradição judaica, Jesus de Nazaré não teria sido crucificado pelos romanos, mas sim teria sido um religioso anterior chamado Jesus Ben Pantera declarado herege pelo sinédrio, apedrejado e pendurado em uma árvore na véspera da Páscoa de 88 a.C. de cuja história teria originado posteriormente o Cristianismo. Já de acordo com o Islamismo, a crucificação de Jesus teria sido aparente, já que Deus não permitiria um sofrimento demasiado para um justo.



Sexto sentido: você acredita que os seres humanos tenham isso?! Fato ou farsa?!

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Todos os seres humanos têm pelo menos cinco sentidos: visão, olfato, audição, tato e paladar. Geralmente dizemos que alguns animais podem ter um “sexto sentido”, assunto que já foi debatido neste blog. No post de hoje vamos abordar esta questão relativa aos seres humanos, pois é lugar-comum afirmar-se que as mulheres têm uma certa “intuição” ou “sexto sentido”.

Na parapsicologia, o sexto sentido também é conhecido por dois nomes: percepção extrassensorial (PES) ou psi-gama (PG). É a aparente habilidade de certos indivíduos, chamados “sensitivos” ou “psíquicos”, para perceber fenômenos e objetos independentemente de seus órgãos sensoriais. O termo foi cunhado por Joseph Banks Rhine. Para fins de estudo e pesquisa, as percepções extrassensoriais têm sido divididas nas seguintes categorias gerais:


Clarividência: conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais conhecidos.
Telepatia: a consciência dos pensamentos de outro ser, sem utilização de canais sensoriais conhecidos (ato de ler a mente de outrem).
Precognição: conhecimento sobre um futuro evento, ser ou objeto.
Simulcognição: conhecimento da realidade presente sem ter como intermediários telejornais, por exemplo.
Radiestesia: hipotética sensibilidade a determinadas radiações, como energias emitidas por seres vivos e elementos da natureza.
Psicometria: capacidade de ler impressões e recordações pelo contato com objetos.
Retrocognição: fenômeno parapsíquico espontâneo ou induzido no qual o indivíduo lembraria espontaneamente de lugares, fatos ou pessoas relativos a experiências passadas, sejam elas vidas ou períodos entre vidas.


Através das diferentes técnicas de regressão podem-se acessar fatos ocorridos durante a vida adulta, a adolescência, a infância, o nascimento, a vida intrauterina, e até mesmo experiências ocorridas em outras vivências que ainda afetam o dia a dia.

Intuição é o raciocínio automático de um indivíduo ou reação à primeira vista, daí a forma de identificação da intenção através da análise do seu pensamento objetivo, bem como da capacidade e atividade como instrução e propósito. A intuição sobre um fato específico é sempre racional, ou para o bem, para o mal ou devido a erro de instrução, entendimento ou cultura. Cada um é metade do que aprendeu a ser. Uma intuição irresponsável tende a desvirtuar ou a esconder as relações de causalidade entre um acontecimento onde se envolvem duas partes. Por exemplo, o atacante autor da culpa quer sempre culpar a reação do outro e por isso rejeita a metafísica ou intuição da razão verdadeira.

Em psicologia, intuição é um processo pelo qual os humanos passam, às vezes e involuntariamente, para chegar a uma conclusão sobre algo. Na intuição, o raciocínio que se usa para chegar à conclusão é puramente inconsciente, fato que faz muitos acreditarem que a intuição é um processo paranormal ou divino. Seu funcionamento e até mesmo sua existência são um enigma para a ciência. Apesar de já existirem muitas teorias sobre o assunto, nenhuma é dada ainda como definitiva. A intuição leva o sujeito a acreditar com determinação que algo poderá acontecer.

Para a sociologia, intuição é considerada uma das fontes da verdade utilizada por milhares de anos para trazer orientação e explicar fatos ao Homem. Como conceito, a intuição é definida como a capacidade de perceber, discernir ou pressentir uma explicação independentemente de qualquer raciocínio ou análise. A intuição pode ser responsável pela elaboração de hipóteses que posteriormente poderão ser comprovadas ou não. Ela não é satisfatória como fonte de conhecimento pela dificuldade de ser testada.

Nascimento da palavra...
Do latim “intuitione”, formato a partir da união de “in-” (em, dentro) e “tuere” (olhar para, guardar). No português, provavelmente uma inflexão do francês “intuition” (contemplação, conhecimento imediato, pressentimento que nos permite adivinhar o que é ou deve ser), originado do latim.


Classificação da intuição como uma espécie de “sexto sentido”...
A intuição pode ser dividida em quatro grupos. Esses grupos, na psicologia, não possuem termos oficiais para suas nomenclaturas e nem mesmo seguem à risca a definição de intuição, já apresentada acima.

Tipo 1:é o tipo de intuição que envolve um raciocínio simples, tão simples que passa despercebido pela mente consciente. Nós chegamos a uma conclusão, mas não percebemos que raciocinamos para obtê-la. Quando vemos um copo caindo, por exemplo, nós já sabemos que ele se quebrará, e isto sem precisar pensar conscientemente. É o que chamamos de óbvio, elementar.
Tipo 2:é o tipo de intuição que vem da prática. Quanto mais se pratica alguma coisa, mais a mente passa a tarefa de raciocinar sobre o assunto que se está desenvolvendo do campo consciente para o campo inconsciente. Enxadristas considerados mestres, por exemplo, ao olharem para um tabuleiro logo sabem que jogada fazer, pensando muito pouco ou literalmente não pensando. Um outro exemplo é no aprendizado de novas línguas, o aluno tem de pensar muito para construir frases do idioma que está aprendendo enquanto o professor o faz naturalmente.
Tipo 3:é quando chegamos a uma conclusão de um problema complexo sem ter raciocinado. Popularmente, essa intuição se refere aos clichês “Como não pensei nisso antes?” e “Eureca!”. Quando pessoas passam por esse fenômeno, elas não sabem explicar como raciocinaram para chegar ao resultado final, simplesmente falam que a resposta apareceu na mente deles.


Conheça um pouco sobre quem foram os druidas...

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No post de hoje vamos falar sobre uma das figuras mais lendárias envolvendo a Europa primitiva, antes da dominação cristã do período medieval na Grã-Bretanha. Trata-se do período celta quando seus sacerdotes faziam magias e conheciam os regimes astronômicos e os regimes dos céus. Os druidas hoje fazem parte de uma cultura paralela, contemporânea, que mistura dados anacrônicos de bruxas, gnomos e jogos de RPG.


1. Druidas (no feminino: druidesas ou druidisas) eram pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino, jurídicas e filosóficas dentro da sociedade celta. Embora não haja consenso entre os estudiosos sobre a origem etimológica da palavra, “druida” parece provir do vocábulo “druwids”, formado pela junção de “deru” (carvalho) e “wid” (raiz indo-europeia que significa saber).

2. A visão cristã mostra os druidas como sacerdotes, mas isso na verdade não é comprovado pelos textos clássicos, que os apresentam na qualidade de filósofos. Se levarmos em conta que o druidismo era uma filosofia natural, da terra baseada no animismo, e não uma religião revelada, os druidas assumem então o papel de diretores espirituais do ritual, conduzindo a realização dos ritos, e não de mediadores entre os deuses e o homem.

3. Ao contrário da ideia corrente no mundo pós-Iluminismo sobre a linearidade da vida (nascemos, envelhecemos e morremos), no druidismo como entre outras culturas da Antiguidade, a vida é um círculo ou uma espiral. O druidismo procurava buscar o equilíbrio, ligando a vida pessoal à fonte espiritual presente na natureza, e dessa forma reconhecia oito períodos ao longo do ano sendo quatro solares (masculinos) e quatro lunares (femininos), marcados pelos rituais especiais.

4. A sabedoria druídica era composta de um vasto número de versos aprendidos de cor e conta-se que eram necessários cerca de 20 anos para que se completasse o ciclo de estudos dos aspirantes a druidas.

5. Pode ter havido um centro de ensino druídico na Ilha de Anglesey, mas nada se sabe sobre o que era ensinado ali. De sua literatura oral (cânticos filosóficos, fórmulas mágicas e encantamentos) nada restou, sequer em tradução. Mesmo as lendas consideradas druídicas chegaram até nós através do prisma da interpretação cristã, o que torna difícil determinar o sentido original das mesmas.

6. As tradições que ainda existem do que seriam seus rituais foram conservadas no meio rural e incluem a observância do Halloween (Samhaim), rituais de colheita, plantas e animais, baseados nos ciclos solar, lunar e outros. Tradições que seriam partilhadas pela cultura de povos vizinhos. Segundo León Denis, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos é uma iniciativa dos druidas, que acreditavam na continuação da existência depois da morte. Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.

7. Aos olhos da arqueologia tradicional os trabalhos da professora Miranda Aldhouse-Green, da Universidade de Cardiff, confirmam os ditos dos autores clássicos e demonstram a participação crucial dos druidas na realização de sacrifícios humanos e antropofagia. Segundo estes arqueólogos há evidencias que possivelmente os druidas cometiam antropofagia em rituais de sacrifícios humanos, como afirmavam os historiadores romanos.

8. Depois do primeiro século da era cristã, recém-chegados da Grã-Bretanha, os romanos trouxeram notícias com histórias horríveis sobre os sacerdotes celtas, que se espalhou por toda a Europa durante um período de dois mil anos. Júlio César afirmava que os druidas sacrificavam presos aos deuses. Dando assim, continuidade ao mito de sacrifícios cometido pelos druidas, cujo verdadeiro erro foi estimular o povo a não aceitar as leis e a suposta “paz” romanas.

9. De acordo com estudo do cadáver de um homem encontrado pelos arqueólogos, encontrava-se este com a cabeça violentamente esmagada e seu pescoço havia sido estrangulado e quebrado. Segundo a arqueóloga Miranda, o cadáver tinha uma corda estrangulando o pescoço, e no mesmo instante a garganta foi cortada, o que causaria um enorme fluxo de sangue. Grãos de pólen de visco foram encontrados no interior dos intestinos. Essa planta era sagrada para os druidas. A idade deste cadáver é datada do ano 60 d.C, coincidindo com a nova ofensiva romana na ilha da Grã-Bretanha.

10. Numa caverna em Aveston, Inglaterra, no ano 2000, foram encontrados cerca de 150 esqueletos de pessoas e que remonta ao tempo da conquista romana. As vítimas apresentam indícios de golpes na divisão dos crânios em um único evento. Segundo alguns pesquisadores, a invasão romana intensificou o abate ritual pelos druidas.


11. Os druidas “brithem” eram considerados os juízes. Os celtas não possuíam suas leis escritas, somente os druidas brithem as conheciam teoricamente, assim, essa classe de druidas tem por função percorrer as casas e as aldeias, a fim de resolver problemas e impasses que surgissem entre a população.

12. Os druidas “filid” diziam ser descendentes diretos do cosmos. Era a mais alta classe dos druidas, a sua função era o contato direto com o cosmos. O lendário mago Merlin era um druida filid. Aos filids eram concedidos os poderes e status de sacerdote, juiz, curandeiro, conselheiro e poeta. Não acreditavam em adivinhações do futuro, mas sabiam o que resultaria como colheita de um plantio ruim.

13. Já os druidas “liang” eram os curandeiros ou médicos. Normalmente passavam mais de 20 anos em seus estudos antes de praticarem tal ofício, possuíam especializações entre si, usavam ervas em geral e praticavam cirurgias. Profundos conhecedores de ervas e outras plantas, se credita a eles os ensinamentos adquiridos pelos romanos sobre os valores nutricionais de muitos produtos hindus e orientais com os quais eles estavam muito familiarizados.

14. Os druidas “scelaige” tinham como função apenas repetir a história dos celtas que lhe haviam sido contada por outros scelaiges. A escrita era proibida a não ser para rituais. Memorizavam e repetiam tudo para que a história não fosse esquecida.

15. Os druidas “sencha” deveriam percorrer as terras celtas e compor outras novas histórias sobre o que estava ocorrendo, estas seriam repassadas aos scelaige que as decorariam. Estes recebiam o prestigio de historiadores, pesquisadores, guardiões dos segredos herméticos e difusores da sabedoria oral.

16. Os druidas “poetas” decoravam a história contada pelos druidas scelaige; era preciso que druidas poetas as aprendessem e contassem ao povo. A principal função desta classe era manter a tradição celta viva.

17. A principal fonte clássica sobre os druidas é Júlio César, em sua obra “A guerra da Gália”. Todavia, os comentários de César sobre os druidas mal enchem uma página e dão margem a inúmeras dúvidas, infelizmente não sanadas por outros autores clássicos (que escreveram ainda menos sobre o tema).

18. César fala sobre a organização e as funções da classe dos druidas (presidência dos ritos, pedagogos e juizes), a eleição do druida-mor, a reunião anual (conclave) na floresta de Carnutos, a isenção do serviço militar e a aprendizagem de longos poemas. Afirma também que os druidas se interessavam em aprender astronomia e assuntos da natureza, e se recusavam terminantemente em colocar seus ensinamentos por escrito.

19. Outros autores clássicos, como Plínio e Cícero, também se referem ao interesse dos druidas pelo estudo sério dos astros e pela prática da adivinhação. Tácito e Suetônio confirmam o interesse, mas nos apresentam os druidas como bárbaros cruéis e supersticiosos.

20. Analisando o contexto histórico, T.D. Kendrick em sua obra “The druids”, afirma que até a época do início do Império Romano, os druidas gozavam de ótima reputação, mas a partir da formação da Igreja católica, começaram a ser atacados e desprestigiados. Tal desprestígio se deveu muito mais à necessidade de justificativas para a conquista e dominação dos celtas do que por demérito dos druidas.


21. Certo mesmo é que a influência dos druidas deve ter sido considerável, pois três imperadores romanos tentaram extingui-los por decreto como classe sacerdotal num prazo de 50 anos – sem sucesso. O primeiro foi Augusto, que impediu os druidas de obter a cidadania romana. Em seguida, Tibério baixou um decreto proibindo os druidas de exercerem suas atividades e, finalmente, Cláudio, em 54 d.C., extinguiu a classe sacerdotal.

22. Certo mesmo é que, 300 anos mais tarde, os druidas ainda continuavam a ser citados por autores como Ausonio, Amiano Marcelino e Cirilo de Alexandria, como uma classe social de extrema importância e respeitabilidade.

23. Embora muitos autores clássicos como Hipólito de Roma apresentem os druidas como “filósofos”, colocando-os no mesmo nível dos pitagóricos (teriam sido ensinados por um servo de Pitágoras, Zaniolxis) e com elevados conhecimentos de astronomia, não existem provas concretas de tal saber. Até onde se sabe, o conhecimento que os druidas tinham dos astros e seus ciclos não ultrapassava o de povos similares em seu estágio de desenvolvimento.

24. Podendo os druidas ser herdeiros diretos da cultura megalítica que construiu Stonehenge, isso poderia significar um conhecimento tão elaborado dos ciclos lunares e solares como a sofisticação da astronomia praticada pelos babilônios e egípcios. A comparação com os pitagóricos não implica necessariamente qualquer interesse concreto pela matemática, mas apenas pelo estudo das “ciências ocultas” (que era como os contemporâneos e posteriores aos pitagóricos encaravam as atividades dos mesmos).

Doutor Fritz: a história de um dos personagens mais famosos do espiritismo...

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Doutor Fritz (foto abaixo)é a denominação de uma famosa entidade espiritual que, segundo a crença religiosa do espiritismo kardecista, incorporaria médiuns para efetuar tratamentos médicos. Sua história passou a ser conhecida e ganhou fama mundial através do brasileiro José Arigó, a partir do final da década de 1950. Na Europa também vários médins afirmaram ter manifestado o espírito de Fritz em processos conhecidos como “cirurgias psíquicas”, mas foi no Brasil que o nome do Doutor Fritz ficou mais conhecido.


Suposta biografia do médico...
Todas as informações que temos sobre o Doutor Fritz provêm de supostas comunicações mediúnicas com o plano espiritual. Portanto, é válido citar que nenhum historiador jamais provou e documentou a vida terrena deste homem. Das descrições esparsas colhidas em comunicações através de diversos médiuns ao longo dos anos, emerge uma versão popularmente aceita de que a entidade, em vida, teria o nome de Adolf Fritz, nascido em Munique, na atual Alemanha, cerca de 1875.

Seu pai, asmático, recebeu recomendação médica para mudar de clima. Por essa razão, a família mudou-se para a Polônia, quando Adolf teria quatro anos de idade. Forçado a trabalhar desde cedo pela morte prematura de seus pais, custeou os próprios estudos, vindo a se formar em medicina. Um mês após a sua formatura, um general chegou ao seu consultório com a filha gravemente enferma nos braços, mas, a despeito de todos os seus esforços, a menina morreu. O oficial responsabilizou Adolf pela morte da menina, conduzindo-o à prisão, onde sofreu maus-tratos e privações. Fugindo da prisão, Adolf foi para a Estônia, onde viveu durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Outra versão dessa suposta biografia sustenta que Adolf ingressou no quadro de saúde do Exército alemão, no posto de capitão, como clínico geral. À época da Primeira Guerra, teria atendido os feridos no campo de batalha onde, por falta de instrumentos adequados, acumulou experiência no atendimento de emergências e de prática cirúrgica utilizando os limitados recursos que o front lhe oferecia. Adolf Fritz teria morrido em 1918, aos 42 anos de idade, embora se desconheçam informações sobre as causas e o local desse evento.


Os médiuns mais famosos da “vida” de Doutor Fritz...
Após deixar o plano físico, tendo sido esclarecido acerca de sua nova condição, Doutor Fritz teria iniciado o atendimento espiritual no Brasil, inicialmente através de uma irmã de caridade. Outros autores afirmam que esse início foi através de um médium na Bahia, o qual cobrava por suas consultas, o que teria prejudicado a relação entre homem-espírito.

José Arigó (nome verdadeiro: José Pedro de Freitas)– Ainda através de relatos esparsos, surgiu a versão de que Adolf Fritz e José Pedro de Freitas (foto abaixo), encarnados à época da Primeira Guerra, haviam sido companheiros e amigos. Posteriormente, à época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), José Pedro teria encarnado no Brasil, tendo a entidade Doutor Fritz aqui vindo trabalhar a convite de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Afirma-se ainda que, após a desencarnação violenta, José Pedro teria passado a trabalhar como enfermeiro na falange da entidade. José Arigó, incorporando o espírito do Doutor Fritz, escrevia receitas em uma letra incompreensível, mas que conseguiam ser interpretadas por seu irmão, que era farmacêutico. Arigó foi processado duas vezes por prática ilegal da medicina, e morreu em um acidente de carro, em 1971.


Edivaldo de Oliveira Silva e Oscar Wilde– Após a morte de José Pedro de Freitas, a entidade passou a se manifestar através dos médiuns baianos Edivaldo de Oliveira Silva (também nomeado como Edivaldo Wilde) e, após o seu falecimento, seu irmão, Oscar Wilde. Edivaldo residia no estado da Bahia, onde lecionava. Quinzenalmente percorria cerca de 800 quilômetros para chegar ao Rio de Janeiro, onde atendia a centenas de pessoas que o aguardavam. Em seguida, viajava até o Recife, de onde retornava para as suas atividades docentes na Bahia. Nascido em Vitória da Conquista, na Bahia, Wilde atendia ao som da Ave-Maria e, como o seu antecessor, empregava como instrumento cirúrgico qualquer objeto perfuro-cortante, que podia ser um canivete ou uma faca de cozinha. Afirma-se que no consultório que mantinha em um centro espírita, chegou a atender mais de 400 mil pacientes. Antes de morrer, Wilde também foi investigado pelas autoridades, chegando a ser acusado de charlatão pela Associação Espiritualista da Bahia.

Maurício Magalhães– Ainda após a morte de José Pedro de Freitas, afirma-se que a entidade passou a se manifestar por intermédio da mediunidade do matogrossense Maurício Magalhães. O médium foi detido em flagrante, em fevereiro de 1998, em Braço do Norte (SC), acusado de exercício ilegal da medicina, charlatanismo e formação de quadrilha. Tendo fundado hospitais e centros em Mato Grosso e Santa Catarina, atualmente atua em Uberaba (MG).

Edson Queiroz– Ao final da década de 1970, a entidade passou a utilizar como veículo a mediunidade do pernambucano Edson Queiroz, um médico ginecologista. A seu turno, Edson também sofreu questionamentos por parte das autoridades, especialmente pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco, que chegou a processá-lo por infringir o Código de Ética Profissional. Julgado, foi condenado e teve o seu registro profissional cassado. Dois anos mais tarde, em 1985, foi absolvido pelo Conselho Federal de Medicina.

Rubens Farias Júnior– Em meados da década de 1980, e particularmente após o assassinato de Edson Queiroz a facadas pelo seu caseiro, em 1991, a entidade passou a se manifestar pela mediunidade do paulista Rubens Farias Júnior, engenheiro eletrônico que residia no Rio de Janeiro.

Outros médiuns que tiveram o nome do Doutor Fritz...
A história envolvendo a entidade chamada Doutor Fritz, curiosamente, só se manifesta no Brasil. Poucos casos mostram esse acontecimento fora do país, como é o caso da espírita Verna Yater, da Austrália, que também alega que incorpora a entidade. No Brasil temos outros médiuns que usam o nome do suposto médico alemão: Aylla Harard, Kleber Aran Ferreira e Silva, Francisco Monteiro, João Teixeira de Faria etc. De acordo com algumas correntes do kardecismo brasileiro e do kardecismo francês, Doutor Fritz nunca existiu e trata-se de um personagem quase folclórico criado dentro do Brasil e que ganhou fama mundial através de José Arigó, quem teria inventado a biografia do suposto médico.

Técnicas usadas pelos médiuns...
As técnicas da entidade têm variado nas últimas cinco décadas, evoluindo do receituário instantâneo e das cirurgias empregando instrumentos perfuro-cortantes normalmente inadequados e sem assepsia, até outras técnicas de tratamento espiritual como o emprego de água fluidificada, passes, desobsessão, e outras. Chamava a atenção o fato de as cirurgias, mesmo sob as condições sépticas mais adversas, apresentarem reduzido ou nenhum sangramento, ausência de infecção pós-operatória, rápida cicatrização dos cortes sem necessidade de suturas, redução ou mesmo ausência de dor durante os procedimentos.

Fatos, farsas, histórias e curiosidades envolvendo o Olho da Providência...

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O Olho da Providência é um símbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em glória, muitas vezes dentro ou em cima de um triângulo ou de uma pirâmide. Costuma ser interpretado como a representação do olho de Deus observando a Humanidade, mas não necessariamente significa que pertença a Ele. É bastante usado na simbologia da maçonaria, por isso é muito envolto a histórias e farsas envolvendo supostas tramas mundiais.


1. Na sua forma atual, o símbolo apareceu primeiro no Ocidente durante os séculos 17 e 18, porém, muitos artigos e pessoas confundem o “Olho que Tudo Vê” com as representações da mitologia egípcia, no Olho de Hórus.

2. Em descrições do século 17, o Olho da Providência algumas vezes aparece rodeado de nuvens. A adição posterior de um triângulo, normalmente, é visto como uma referência mais explícita da Trindade de Deus, no Cristianismo.

3. Em 1782, o Olho da Providência foi adotado como parte do simbolismo no verso do grande selo dos Estados Unidos. O Olho foi introduzido pelo comitê original do projeto em 1776, e foi desenvolvido de acordo com as sugestões do consultor artístico Pierre Eugene du Simitiere. Um dos principais motivos é sua larga adoção pela Maçonaria e, sendo maçons os legisladores estadunidenses, foi o seu uso difundido.

4. No selo, o Olho é cercado pelas palavras “Annuit cœptis”, querendo dizer, ou seja, “Ele [o Olho da Providência] é favorável aos nossos empreendimentos”. O Olho está posicionado acima de uma pirâmide inacabada com treze passos, representando as treze famílias que compõem a Elite Global, origem dos treze estados e o crescimento futuro do país.

5. Para os historiadores, essa composição do grande Olho como selo americano diz que o Olho favorece a prosperidade dos Estados Unidos desde os seus primeiros passos na história como uma grande nação.


6. O Olho da Providência tem sido usado nos Estados Unidos como selo oficial para endossar documentos oficiais da presidência da república, além de aparecer no verso da nota de um dólar, a nota de maior circulação no mundo.

7. O Olho que tudo Vê também aparece como parte da iconografia da Maçonaria. O Olho que Tudo Vê é, então, um lembrete para os maçons de que sempre são observados pelo Grande Arquiteto do Universo.

8. Tipicamente o Olho Maçônico da Providência tem um semicírculo de luz sob o olho – frequentemente com os raios incidindo para baixo. Às vezes, um triângulo é incluído ao Olho, mas isto é visto como uma referência à preferência do Maçom para o número três em numerologia.

9. Outras variações do símbolo também podem ser achadas, com o olho sendo substituído pela letra ‘G’, representando o Grande Arquiteto – em algumas versões, o ‘G’ vem de gnose, ou seja, “conhecimento".

10. A primeira referência maçônica oficial ao Olho está em “O monitoramento maçônico”, por Thomas Smith Webb, em 1797, alguns anos depois que o Grande Selo foi projetado. O uso maçônico do Olho em geral não incorpora uma pirâmide, embora o triângulo seja incluído frequentemente é interpretado como sendo parte.

11. Dos dezesseis signatários da constituição norte-americana, somente nove eram maçons. O jornal do website escocês “The Scottish Rite Journal” cita Henry Wallace como segue, dizendo que após ter visto o quadro do Grande Selo, levou-o ao presidente Roosevelt, que olhou a reprodução colorida do Selo, e o primeiro detalhe a chamar a atenção foi a representação do Olho que Tudo Vê. A seguir, ficou impressionado com a ideia que a fundação para a nova ordem havia sido inscrita como 1776, mas seria completada somente sob o olho do Grande Arquiteto. Roosevelt era maçom do 32º grau. E sugeriu então que o Selo fosse posto na nota de dólar.

12. Um número muito grande de seitas orientais e ocidentais usa o Olho da Providência dentro de um triângulo para representar Deus.

13. Curiosamente, o Olho da Providência era anteriormente o logotipo da Time Warner antes de sua incorporação com AOL.

Você conhece a história da polêmica teologia da prosperidade?! Conheça essas controvérsias agora...

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Teologia da prosperidade é uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a fé, o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada em interpretações não-tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no livro de Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar.

Seus defensores ensinam que a doutrina é um aspecto do caminho à dominação cristã da sociedade, argumentando que a promessa divina de dominação sobre as Tribos de Israel se aplica aos cristãos de hoje. A doutrina enfatiza a importância do empoderamento pessoal, propondo que é da vontade de Deus ver seu povo feliz. A expiação (reconciliação com Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são vistas como maldições a serem quebradas pela fé. Acredita-se atingir isso através da visualização e da confissão positiva, o que é geralmente professado em termos contratuais e mecânicos.


Foi durante os avivamentos de cura (“healing revivals”) dos anos 1950 que a teologia da prosperidade ganhou proeminência nos Estados Unidos, apesar de especialistas terem ligado suas origens ao Movimento Novo Pensamento. Os ensinamentos da teologia da prosperidade mais tarde ganharam proeminência no Movimento Palavra de Fé e no televangelismo dos anos 80. Nos anos 90 e 2000, foi adotada por líderes influentes do Movimento Carismático e promovida por missionários cristãos em todo o mundo, levando à construção de megaigrejas.

As igrejas nas quais a prosperidade é ensinada são geralmente não-denominacionais e usualmente dirigidas por um único pastor ou líder, apesar de que algumas desenvolveram redes que se assemelham a denominações. Algumas igrejas dedicam um longo tempo aos ensinamentos sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé. Igrejas da prosperidade geralmente ensinam sobre responsabilidade financeira, apesar de que alguns jornalistas e acadêmicos têm criticado seus conselhos nessa área como enganosos. A teologia da prosperidade tem sido criticada por líderes dos movimentos pentecostal e carismático, assim como de outras denominações cristãs. Eles argumentam que ela é irresponsável, promove a idolatria e é contrária às escrituras. Alguns críticos argumentam que a teologia da prosperidade cultua organizações autoritárias, onde os líderes controlam as vidas dos membros. A doutrina tem seu sucesso atribuído, na Coreia do Sul, às semelhanças com a cultura xamanista tradicional. No Ocidente, a teologia da prosperidade tem atraído seguidores das classes média e baixa e tem seu sucesso ligado às semelhanças com o fenômeno do culto à carga, à religiosidade tradicional africana e à teologia da libertação das igrejas afro-americanas.


Sobre a teologia da prosperidade...
A teologia da prosperidade ensina que os cristãos têm direito ao bem estar e, – pelo fato das realidades físicas e espirituais serem vistas como uma única realidade inseparável –, isso é interpretado como saúde física e prosperidade econômica. Os pregadores da doutrina focam no empoderamento pessoal, promovendo uma visão positiva do espírito e do corpo. Eles defendem que os cristãos receberam poderes durante a criação do Universo porque eles foram feitos à imagem de Deus e ensinam que a confissão positiva permite aos cristãos exercer domínio sobre suas almas e objetos materiais ao seu redor. Os líderes do movimento veem a expiação como fonte de alívio de doenças, pobreza e corrupção espiritual; a pobreza e as doenças seriam maldições que podem ser quebradas através da fé e das ações retas. Há, no entanto, algumas igrejas seguidoras da doutrina que buscam um paradigma mais moderado ou reformado da prosperidade. Kirbyjon Caldwell, pastor de uma megaigreja metodista, defende uma “teologia da vida abundante”, professando a prosperidade para o ser humano como um todo, o que ele vê como um caminho para o combate à pobreza.

A riqueza é interpretada, na teologia da prosperidade, como uma bênção de Deus, obtida através da lei espiritual da confissão positiva, da visualização e do dízimo. Este processo é quase sempre professado em termos mecânicos; Kenneth Copeland, autor e televangelista estadunidense, argumenta que a prosperidade é governada por leis, enquanto outros pregadores definem o processo de maneira formulada. Os jornalistas da revista “Time” David van Biema e Jeff Chu descreveram os ensinamentos do pastor Creflo Dollar, do Movimento Palavra de Fé, sobre prosperidade como um contrato inviolável entre Deus e a humanidade.

Os ensinamentos da teologia da prosperidade sobre confissão positiva originam-se da visão de seus proponentes sobre as escrituras. A Bíblia é vista como um contrato de fé entre Deus e os crentes; Deus é entendido como fiel e justo, então os crentes devem cumprir sua parte do contrato para receber as promessas de Deus. Isso leva à crença na confissão positiva, doutrina segundo a qual os crentes podem reivindicar o que quiserem de Deus, simplesmente falando. A teologia da prosperidade ensina que a Bíblia promete a prosperidade aos fiéis, então a confissão positiva significa que os crentes estão falando com fé o que Deus já havia dito sobre eles. A confissão positiva é praticada para trazer o que já se acreditava; a própria fé é uma confissão que, através da fala, se torna real.

O ensinamento é geralmente baseado em interpretações não-tradicionais de versos da Bíblia, em especial do livro de Malaquias. Enquanto Malaquias tem sido celebrado pelos cristãos por suas passagens sobre o Messias, pregadores da teologia da prosperidade geralmente chamam a atenção para suas descrições sobre a riqueza física. Versos frequentemente citados incluem:

Malaquias 3:10: “Trazei o dízimo todo à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz Jeová dos exércitos, se não vos abrir eu as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção até que não haja mais lugar para a recolherdes
Mateus 25:14-30: Parábola dos Talentos.
João 10:10: “Eu vim para que eles tenham vida e a tenham em abundância
Filipenses 4:19: “Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades conforme as suas riquezas na glória em Cristo Jesus
III João 2: “Amado, peço a Deus que prosperes em tudo e tenhas saúde, assim como tua alma prospera


Práticas comuns envolvendo a teologia da prosperidade...
As igrejas seguidoras da doutrina colocam grande ênfase na importância do dízimo. Os cultos geralmente incluem dois sermões, um com foco nas doações e na prosperidade, incluindo referências bíblicas ao dízimo, seguido de outro após as doações. Os líderes das igrejas geralmente conferem uma bênção específica no dinheiro que está sendo doado, alguns até mesmo instruem os fiéis a segurar suas doações acima de suas cabeças durante a oração. Dedica-se também algum tempo à oração pelos congregados doentes durante os cultos.

Os congregados são encorajados a fazer declarações positivas sobre os aspectos de suas vidas que eles desejam melhorar. Estas declarações, conhecidas como confissões positivas, teriam o poder de miraculosamente alterar aspectos das vidas dos fiéis se ditas com fé. As igrejas também encorajam as pessoas a “viver sem limites” e cultivar o otimismo em suas vidas. T. D. Jakes, pastor de uma megaigreja não-denominacional, rejeita o que ele vê como “demonização do sucesso”. Ele defende que a pobreza é uma barreira à vida cristã, argumentando que é mais fácil fazer um impacto positivo na sociedade quando se é influente.

Enquanto igrejas seguidoras da teologia da prosperidade têm uma reputação de manipular e alienar os pobres, muitas desenvolvem programas sociais. Um exemplo disso, no Brasil, é o Instituto Ressoar, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Paralelamente a tais programas, as igrejas defendem a capacitação e o florescimento humano com o objetivo de libertar as pessoas do “assistencialismo” e da “mentalidade de vítima”. Muitas igrejas realizam seminários sobre responsabilidade financeira. Segundo Kate Bowler, acadêmica estudiosa da teologia da prosperidade, tais seminários, apesar de conterem bons conselhos, geralmente enfocam na compra de bens caros. Hanna Rosin, do “The Atlantic”, argumenta que a teologia da prosperidade contribuiu para a bolha imobiliária que causou a crise do final dos anos 2000. Segundo ela, a propriedade de imóveis era grandemente enfatizada nas igrejas seguidoras da doutrina, causando uma dependência à intervenção financeira divina que levou a escolhas insensatas.


“Healing revivals” neopentecostais...
Os líderes do Movimento Pentecostal do início do século 20 não adotavam uma teologia da prosperidade. Essa doutrina começou a ganhar forma dentro do movimento durante as décadas de 1950 e 1940, através dos ensinamentos dos ministérios de libertação e de evangelistas curadores pentecostais. Combinando ensinamentos sobre a prosperidade com o avivamento (“revivalism”) e a cura pela fé, tais evangelistas professaram as “leis da fé (‘peça e será atendido’) e as leis da reciprocidade divina (‘dê e lhe será dado de volta’)”.

Uma figura proeminente da teologia da prosperidade neste período foi E. W. Kenyon, educado na Faculdade de Oratória de Emerson nos anos 1890, onde foi exposto ao Movimento Novo Pensamento. Kenyon mais tarde se tornou amigo de líderes pentecostais famosos e escreveu sobre a revelação divina e as confissões positivas. Seus escritos influenciaram líderes do nascente movimento da prosperidade durante os healing revivals dos Estados Unidos pós-guerra.

Oral Roberts começou a professar a doutrina da prosperidade em 1947. Ele explicava as leis da fé como um “pacto abençoado” no qual Deus retornaria as doações “sete vezes”, prometendo aos doadores que eles receberiam de volta, de meios inesperados, o dinheiro que doaram a Ele. Roberts se oferecia a pagar qualquer doação que não levasse ao pagamento inesperado de quantia equivalente. Na década de 1970, Roberts descreveu seus ensinamentos sobre o pacto abençoado como a “doutrina da semente”: as doações são uma espécie de “semente” que crescem em valor e são devolvidas àquele que doa. Roberts começou a recrutar “parceiros” – doadores ricos que recebiam convites para conferências exclusivas e acesso ilimitado ao ministério em troca de apoio.

Em 1953, o curador pela fé A. A. Allen publicou “O segredo do sucesso financeiro nas Escrituras” e promoveu mercadorias como “tendas milagrosas para barbear” e panos de oração ungidos com “óleo milagroso”. No final da década de 1950, Allen se focou cada vez mais na prosperidade. Ele ensinava que a fé pode miraculosamente resolver os problemas financeiros, afirmando que teve uma experiência miraculosa na qual Deus transformou notas de um dólar em notas de vinte dólares para que ele pudesse pagar suas dívidas. Allen ensinou a “palavra da fé” ou o poder de transformar a fala em algo material.


Na década de 1960, a prosperidade se tornou o foco principal dos healing revivals. T. L. Osborn começou a enfatizar a prosperidade e se tornou conhecido por exibir ostensivamente sua riqueza pessoal. Durante aquela década, Roberts e William Branham criticaram outros ministérios que pregavam a doutrina, argumentando que suas táticas de arrecadação de fundos pressionavam injustamente os fiéis. Essas táticas eram motivadas, em parte, pelas despesas com o desenvolvimento de redes nacionais de rádio. Na mesma época, líderes da denominação pentecostal Assembleia de Deus dos Estados Unidos passaram a criticar o foco na prosperidade defendido por evangelistas curadores independentes.

Televangelismo...
Durante a década de 1960, professores do evangelho da prosperidade adotaram o televangelismo e passaram a dominar a programação religiosa nos Estados Unidos. Oral Roberts abriu o caminho, desenvolvendo um programa semanal em formato syndication que se tornou o programa religioso mais assistido dos Estados Unidos. Até 1968, o programa televisivo havia tomado o lugar das reuniões de tenda em seu ministério.

O reverendo Ike, um pastor pentecostal da cidade de Nova York, começou a pregar sobre a prosperidade no final da década de 1960. Ele logo colocou no ar programas de rádio e televisão e tornou-se conhecido por seu estilo chamativo. Sua declaração de amor aos bens materiais e ensinamentos sobre a “ciência da mente” levou muitos evangelistas a se distanciarem dele.

Na década de 1980, a teologia da prosperidade ganhou a atenção do público nos Estados Unidos através da influência de televangelistas proeminentes como Jim Bakker. A influência de Bakker, no entanto, diminuiu após ele ser acusado de participação num escândalo de grandes proporções. Em seguida, a Trinity Broadcasting Network (TBN) emergiu como força dominante no televangelismo da prosperidade, trazendo Robert Tilton e Benny Hinn à proeminência.

No Brasil, o televangelismo começou a ganhar destaque com a compra da Rede Record por Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, em 1990. A emissora exibe programas religiosos durante a madrugada e, em 1995, causou polêmica ao exibir um discurso do bispo Sérgio von Helder contra o feriado de Nossa Senhora Aparecida, no qual ele chutou uma imagem da santa várias vezes. Outras igrejas, como Internacional da Graça de Deus e Mundial do Poder de Deus, têm a prática de comprar horário em emissoras comerciais. Há também emissoras disponíveis em pacotes de TV por assinatura, como RIT e Rede Gospel.

Movimento “palavra de fé”...
Apesar de que a maioria dos evangelistas curadores das décadas de 1940 e 1950 ensinavam que a fé poderia trazer recompensas financeiras, um novo ensinamento relacionado à prosperidade se desenvolveu nos anos 1970, diferente daquele ensinado pelos evangelistas pentecostais desde os anos 1950. O movimento da “confissão positiva” ou da “palavra de fé” ensinava que um cristão com fé pode tornar algo que fala em realidade, desde que seja consistente com a vontade de Deus.

Kenneth Hagin é creditado como tendo um papel-chave na expansão da teologia da prosperidade. Ele fundou o RHEMA Bible Training Center em 1974 e, nos 20 anos seguintes, a escola treinou mais de dez mil estudantes de acordo com essa teologia. Assim como outras igrejas que seguem a teologia da prosperidade, não há um organismo governante oficial para o movimento Palavra de Fé, e os ministérios mais conhecidos divergem em algumas questões teológicas. Os ensinamentos de Hagin foram descritos por Candy Gunther Brown, da Universidade de Indiana, como a forma mais “ortodoxa” de ensinamento da prosperidade dentro do movimento Palavra de Fé.


História recente do movimento da teologia da prosperidade no Brasil...
O movimento neopentecostal tem sido caracterizado, em parte, pela ênfase na teologia da prosperidade, que ganhou maior aceitação dentro do Movimento Carismático durante a década de 1990. Atualmente, segundo dados do censo de 2010, a sexta maior igreja cristã do Brasil é a Universal do Reino de Deus, que professa a doutrina. Também se destaca no país a Igreja Mundial do Poder de Deus que, com 315 mil fiéis, apareceu pela primeira vez no censo. Há também, entre as igrejas seguidoras da doutrina, a Internacional da Graça de Deus e a Renascer em Cristo, além da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, cujo líder, Silas Malafaia, passou de crítico a defensor da teologia.

Autores como Joel Osteennota e Bruce Wilkinson têm sido creditados com o sucesso da teologia da prosperidade fora dos movimentos carismático e pentecostal; seus livros já venderam milhões de cópias em todo o mundo. No Brasil, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo, é creditado com o sucesso da doutrina, apresentada ao público através não só de seus livros como também de seus empreendimentos na mídia. Macedo já vendeu mais de 10 milhões de livros e é dono da Rede Record, terceira maior emissora de televisão do Brasil, do jornal Folha Universal, que tem uma circulação de 2,5 milhões de exemplares, e do canal de notícias Record News.

Segundo dados do censo de 2010, a maioria dos seguidores do movimento pentecostal no Brasil – onde estão incluídos os seguidores das igrejas que professam a teologia da prosperidade – são mulheres, residentes de áreas urbanas, de 30 a 49 anos de idade, de cor parda, com ensino fundamental incompleto e com rendimento médio de até três salários mínimos. Ainda de acordo com o censo, 45% dos fiéis dessas igrejas são economicamente inativos. Como não há um organismo governante oficial para o movimento da prosperidade, que não existe enquanto cadeira em teologia cristã, é difícil precisar as estatísticas.

Crescimento internacional da teologia da prosperidade...
Em 2006, três das quatro maiores congregações dos Estados Unidos seguiam a teologia da prosperidade. A maioria dos fiéis de igrejas que adotam a doutrina é oriunda do Cinturão do Sol. No final da década de 2000, seguidores da doutrina afirmavam que dezenas de milhões de cristãos haviam adotado-na naquele país. Uma pesquisa conduzida em 2006 pela revista “Time” informava que 17% dos cristãos estadunidenses se identificavam com o movimento. Em 2007, o senador estadunidense Chuck Grassley abriu um inquérito para investigar as finanças de seis ministérios que promovem a teologia da prosperidade. Em janeiro de 2011, Grassley concluiu as investigações afirmando acreditar que a autorregulação das organizações religiosas era preferível à ação do governo. Apenas dois ministérios colaboraram com o inquérito.

Paralelamente, o crescimento das igrejas que seguem a doutrina da prosperidade foi notável no Terceiro Mundo durante a mesma década. Uma região que presenciou o crescimento explosivo foi a África, em especial a Nigéria. Segundo Philip Jenkins, da Universidade Estadual da Pensilvânia, cidadãos pobres de países empobrecidos geralmente acham a doutrina atraente por causa de sua impotência econômica e da ênfase que ela dá aos milagres financeiros. Para Rowan Moore Gerety, na África a “memória da antipatia marxista à religião” durante as lutas pela descolonização e do “catolicismo paternalista do estado colonial” permitiu que igrejas seguidoras da teologia da prosperidade encontrassem um povo “aberto a uma nova forma de expressão religiosa”.

No início dos anos 1990, a Igreja Universal do Reino de Deus se instalou em outros países lusófonos. Em Moçambique, conta com o apoio de vários membros do governo e, apesar das críticas, prosperou, obtendo o controle da TV Miramar, líder de audiência no país. Em Angola, reivindica ter 400 mil fiéis, mas suas atividades foram suspensas pelas autoridades por dois meses após uma vigília de Ano Novo num estádio superlotado causar 16 mortes. Além disso, foram suspensas outras seis igrejas neopentecostais que atuavam sem autorização no país (Mundial do Poder de Deus, Mundial do Reino de Deus, Mundial Internacional, Mundial da Promessa de Deus, Mundial Renovada e Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém). Também em Angola, a Igreja Maná, de origem portuguesa, foi fechada após acusações de desvio de fundos doados pela petrolífera Sonangol para a construção de uma escola.

A teologia da prosperidade também forçou mudanças na Igreja católica para impedir a debandada de fiéis para as igrejas neopentecostais. Segundo Lucelmo Lacerda, a Renovação Carismática, no Brasil, “sofre um processo de neopentecostalização”, embora reconheça que o movimento católico possua termos e enfoque um pouco diferentes do evangelho da prosperidade. Nas Filipinas, o movimento El Shaddai, parte da Renovação Carismática, espalhou os ensinamentos da doutrina para fora do cristianismo protestante. Também na Ásia, uma igreja sul-coreana seguidora da teologia da prosperidade, a Igreja do Evangelho Pleno, ganhou atenção na década de 1990 após afirmar ter a maior congregação do mundo.


Análises sociais e econômicas do fenômeno...
A maioria das igrejas do movimento da prosperidade são não-denominacionais e independentes, apesar de que alguns grupos têm formado redes. As igrejas seguidoras da doutrina tipicamente rejeitam a política presbiteriana e a ideia de que o pastor deva ser de responsabilidade dos anciões; é comum aos pastores dessas igrejas serem a maior figura de autoridade organizacional. Alguns críticos, como Sarah Posner e Joel Conason, defendem que a doutrina cultiva organizações autoritárias. Eles argumentam que os líderes tentam controlar as vidas dos seguidores alegando possuir uma autoridade que lhes foi divinamente outorgada. Jenkins afirma que a teologia da prosperidade é usada como ferramenta para justificar os altos salários dos pastores.

Nos Estados Unidos, o movimento tem atraído muitos seguidores na classe média e é mais popular em cidades-dormitório e em áreas urbanas. Em “Exportando o Evangelho americano: o fundamentalismo cristão global”, Steve Brouwer, Paul Gifford e Susan Rose especulam que o movimento foi estimulado pelo desdém predominante ao liberalismo social nos Estados Unidos desde a década de 1970. Rosin argumenta que a teologia da prosperidade emergiu por causa de tendências mais amplas, particularmente o otimismo econômico dos estadunidenses entre as décadas de 1950 e 1990. Tony Lin, da Universidade da Virgínia, tem comparado a doutrina ao Destino Manifesto, crença do século 19 segundo a qual o povo estadunidense foi escolhido por Deus para guiar o Ocidente. Marvin Harris diz que o foco da doutrina no mundo material é uma resposta à secularização da religião nos Estados Unidos. Ele a vê como uma tentativa de realização do sonho americano através do poder sobrenatural.

A teologia da prosperidade tem se tornado popular entre os estadunidenses mais pobres, em particular aqueles que buscam progressos pessoais e sociais. A doutrina tem crescido significativamente nas igrejas negras e hispânicas e é particularmente popular entre os imigrantes. Os defensores do movimento destacam sua diversidade étnica e argumentam que ele engloba uma variedade de visões. Joel Robbins, da Universidade de Tóquio, observa que a maioria dos antropólogos atribui o sucesso da teologia com os pobres – em especial nos países do sul – ao fato de que ela promete segurança e ajuda a explicar o capitalismo. O antropólogo Simon Coleman desenvolveu uma teoria baseada na doutrina da prosperidade e no sentimento de pertença que ela oferece aos fiéis. Num estudo da igreja sueca Palavra da Vida, ele observou que os seguidores se sentiam parte de um complexo sistema de troca de presentes; eles dão algo a Deus e aguardam algo em retorno (seja diretamente de Deus ou de outro membro da igreja). A Hillsong Church, maior congregação da Austrália, ensina uma forma de teologia da prosperidade que tem ênfase no sucesso pessoal, motivo pelo qual tem atraído um número significativo de australianos emergentes.

Numa entrevista de 1998 à revista “Christianity Today”, Bong Rin Ro, da Escola de Graduação em Teologia da Ásia, sugeriu que o crescimento da popularidade da doutrina na Coreia do Sul reflete uma forte “influência xamanística”. Bong apontou semelhanças entre a tradição de pagar xamãs para a cura com a doutrina contratual da teologia da prosperidade sobre doações e bênçãos. Os problemas econômicos da Ásia, segundo ele, encorajou o crescimento da doutrina no país, embora ele alega que ela ignora os pobres e necessitados. Durante a entrevista, Bong afirmou ver o problema começar a ser revertido, citando chamadas à renovação da fé e a outras práticas. Cho Yong-gi, pastor da Igreja do Evangelho Pleno em Seul, tem sido criticado por “xamanizar” o Cristianismo. A crítica tem foco em seus cultos de cura e exorcismo e suas promessas de bênçãos materiais. O escritor cristão malásio Hwa Yung defendeu as curas e os exorcismos de Cho, argumentando que ele teve sucesso em contextualizar o evangelho numa cultura onde o xamanismo ainda é prevalente. Entretanto, Hwa criticou os ensinamentos de Cho sobre bênçãos terrenas por não refletirem a provisão de Deus e por seu grande foco na riqueza terrena.


Comparações com outros movimentos...
O historiador Carter Lindberg, da Universidade de Boston, traçou paralelos entre a teologia da prosperidade contemporânea e o comércio de indulgências conduzido pela Igreja católica durante a Idade Média. Coleman observou que vários movimentos cristãos pré-século 20 nos Estados Unidos ensinavam que um estilo de vida sagrado era um caminho à prosperidade e que o trabalho duro ordenado por Deus traria bênçãos.

Coleman tem especulado que a moderna teologia da prosperidade tem muitas características do Movimento Novo Pensamento, embora ele admita que a ligação é por vezes pouco clara. Jenkins observa que os críticos têm feito comparações entre a teologia da prosperidade e o fenômeno do culto à carga. Ao citar a popularidade da teologia da prosperidade nas comunidades africanas agrárias, ele argumenta que a doutrina tem semelhanças com a religiosidade tradicional africana. Segundo Rowan Moore Gerety, a utilização de óleos abençoados e outras formas de tratamentos espirituais pela Igreja Universal do Reino de Deus são as mesmas mandingas típicas das religiões afro, que são criticadas pela igreja por promoverem “feitiçaria”. J. Matthew Wilson, da Universidade Metodista Meridional, compara o movimento à teologia da libertação das igrejas afro-americanas devido a seu foco na elevação dos grupos oprimidos, embora ele observe que a doutrina difere em sua concentração no sucesso individual, ao invés de mudanças no sistema político como um todo.

Críticas teológicas...
O evangelicalismo tradicional tem se oposto consistentemente à teologia da prosperidade e os ministérios que seguem a doutrina têm frequentemente entrado em conflito com outros grupos cristãos, incluindo outros membros dos movimentos pentecostal e carismático. Os críticos, como o pastor Michael Catt, argumentam que a teologia da prosperidade possui pouco em comum com a teologia cristã tradicional. Líderes evangélicos proeminentes, como Rick Warren, Ben Witherington III e Jerry Falwell têm criticado duramente o movimento, por vezes denunciando-o como “herético”. Warren argumenta que a teologia da prosperidade promove a idolatria do dinheiro, enquanto os outros indicam que os ensinamentos de Jesus desdenham a riqueza material. R. Kent Hughes indica que alguns rabinos do século 1 d.C. defendiam as bênçãos materiais como um sinal da benevolência divina; segundo ele a citação de Jesus em Marcos 10:25 de que “é mais fácil passar um camelo pelo buraco de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” seria em oposição a tal pensamento.

Outros críticos do movimento atacam as promessas feitas pelos líderes das igrejas, argumentando que a ampla libertação dos problemas que eles prometem é irresponsável. Esses líderes também são geralmente criticados por abusar da fé de seus seguidores, uma vez que enriquecem às custas das doações que suas igrejas recebem. A doutrina também tem sido acusada de esconder de seus fiéis a pobreza na qual os apóstolos viviam. Por exemplo, alguns teólogos acreditam que a vida e os escritos de Paulo de Tarso, a quem se acredita ter levado uma vida bastante dolorosa, são particularmente conflituosos com a teologia da prosperidade.

Os teólogos David Jones e Russell Woodbridge caracterizam a doutrina como “teologia pobre”. Eles argumentam que a retidão não pode ser ganhada e que a Bíblia não promete uma vida fácil. Para ambos, a doutrina é inconsistente com o evangelho de Jesus, cuja mensagem central deveria ser a vida, a morte e a ressurreição de Jesus. Jones e Woodbridge argumentam que o evangelho da prosperidade marginaliza a importância vital de Jesus a favor das necessidades materiais dos humanos. Em artigo, Jones critica a interpretação que a doutrina faz da aliança abraâmica – promessa de Deus de abençoar todos os descendentes de Abraão – argumentando que a bênção é espiritual e já se aplica a todos os cristãos. Para ele, os proponentes da doutrina também interpretam mal a expiação; ele critica o ensinamento de que a morte de Jesus também teria eliminado a pobreza (assim como os pecados) do mundo. Jones acredita que tal ensinamento se deve a um desentendimento sobre a vida de Jesus e critica os ensinamentos de John Avanzini sobre Jesus ser rico, indicando que Paulo ensinava aos cristãos a abdicar de suas posses materiais. Apesar de aceitar o dízimo, Jones critica a “lei da compensação”, que ensina que quanto mais os cristãos doarem mais Deus será generoso com eles. Jones cita os ensinamentos de Jesus para “dar sem esperar nada em retorno”. Jones e Woodbridge também indicam que Jesus instruía seus seguidores a se focarem nas recompensas espirituais. Jones critica a visão da doutrina sobre a fé; ele não acredita que ela deva ser usada como força espiritual para ganhos materiais e sim como uma aceitação altruísta de Deus.

Em 1980, o Conselho Geral das Assembleias de Deus nos Estados Unidos criticou as confissões positivas, citando exemplos de confissões negativas na Bíblia – onde as figuras expressam seus medos e dúvidas – que têm impacto positivo e contrastando-as com o foco nas confissões positivas ensinado pela teologia da prosperidade. O Conselho argumenta que a palavra em grego bíblico traduzida como “confessar” significa “dizer a mesma coisa”, podendo se referir tanto às confissões positivas quanto às negativas. Também critica a doutrina por não reconhecer a vontade de Deus; a vontade Dele deve ser superior à vontade dos homens e os cristãos devem “reconhecer a soberania de Deus”. A teologia da prosperidade também é criticada pelo Conselho por subestimar a importância da oração, argumentando que esta deve ser utilizada para todos os propósitos e não só para as confissões positivas. O Conselho afirma que é normal os cristãos passarem por sofrimento. Ele incita os cristãos a colocarem a confissão positiva à prova, argumentando que a doutrina apela àqueles que moram em sociedades já abastadas, enquanto muitos outros cristãos são pobres e aprisionados. Por fim, critica a distinção feita pelos defensores da teologia das duas palavras gregas que significam “falar”, argumentando que a distinção é falsa e que elas são usadas intercaladamente no texto bíblico em grego; o Conselho acusa a doutrina de pegar passagens da Bíblia fora de contexto para cumprir seus próprios interesses, resultando numa contradição com a mensagem holística da Bíblia.

A teologia da prosperidade, entretanto, se lança como reclamação da verdadeira doutrina cristã e, como tal, parte do caminho para a dominação cristã da sociedade secular. Seus defensores afirmam que as promessas divinas de prosperidade e vitória sobre Israel no Velho Testamento se aplicam aos cristãos de hoje, seguidores da Nova Aliança, e que a fé e as ações retas liberam essa prosperidade. Peter Wagner, líder da Nova Renovação Apostólica, tem argumentado que se os cristãos dominarem a sociedade, a Terra irá experimentar “paz e prosperidade”. Alguns latino-americanos que adotaram a teologia da prosperidade defendem que a Igreja Católica tem historicamente colocado um foco desnecessário no sofrimento humano, o que segundo eles deve ser descartado em prol de uma doutrina religiosa que enfatize a prosperidade. Os defensores da teologia da prosperidade também argumentam que as promessas bíblicas de bênçãos aos pobres têm sido desnecessariamente interpretadas de maneira espiritual e que elas devem, de agora em diante, ser interpretadas de uma maneira mais literal.

Considerações, curiosidades, fatos e farsas sobre o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia dos Namorados e o Dia das Crianças...

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Quando falamos de datas especiais no calendário ocidental, logo nos lembramos dos bons tempos de infância, quando tudo era mais simples. Hoje em dia, já adultos, observamos algumas vezes como essas datas são comerciais e movimentam milhões e mais milhões em quantidades vultuosas de dinheiro investido em presentes para aqueles que amamos. Hoje vamos falar um pouco sobre as particularidades, curiosidades, fatos e farsas sobre importantes datas: o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Dia dos Namorados e o Dia das Crianças.


A origem do Dia das Mães...
A mais antiga comemoração dos Dias das Mães é mitológica. Na Grécia Antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a mãe dos deuses. Tratava-se de uma festividade derivada do costume de adorar a mãe, na antiga Grécia. A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a grande mãe dos deuses, era realizada nos idos de março em toda a Ásia Menor.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada pela ativista Ann Maria Reeves Jarvis, que fundou em 1858 os Mothers’ Days Works Clubs, com o objetivo de diminuir a mortalidade de crianças em famílias de trabalhadores. Jarvis organizou em 1865 o Mother’s Friendship Days (Dias de Amizade para as Mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Em 1870, a escritora Julia Ward Howe publicou o manifesto Mother’s Day Proclamation, pedindo paz e desarmamento depois da Guerra de Secessão.


Reconhecida como idealizadora do Dia das Mães na sua forma atual é a filha de Ann Maria Reeves Jarvis, a metodista Anna Jarvis, que em 12 de maio de 1907, dois anos após a morte de sua mãe, criou um memorial à sua mãe e iniciou uma campanha para que o Dia das Mães fosse um feriado reconhecido. Ela obteve sucesso ao torná-lo reconhecido nos Estados Unidos em 08 de maio de 1914, quando a resolução Joint Resolution Designating the Second Sunday in May as Mother’s Day foi aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos, instalando o segundo domingo do mês de maio como Dia das Mães. No âmbito desta resolução o presidente dos Estados Unidos Thomas Woodrow Wilson proclamou no dia seguinte que no Dia das Mães os edifícios públicos devem ser decorados com bandeiras. Assim, o Dia das Mães foi celebrado pela primeira vez em 09 de maio de 1914. Com a crescente difusão e comercialização do Dia das Mães Anna Jarvis afastou-se do movimento, lamentou a criação e lutou para a abolição do feriado.

No Brasil, em 1932, o então presidente Getúlio Vargas, a pedido das feministas da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, oficializou a data no segundo domingo de maio. A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro do mesmo ano. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja católica. Em Portugal, o Dia das Mães é celebrado no primeiro domingo de maio, mês de Maria (mãe de Jesus), embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 08 de Dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição.

No Brasil e nos Estados Unidos o Dia das Mães é a segunda melhor data do comércio, depois do Natal.

Curiosamente, não é em todo o planeta que o Dia das Mães é comemorado no segundo domingo do mês de maio. Por exemplo, no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, também é o Dia das Mães na Albânia, Rússia, Sérvia, Bulgária e Romênia; em 10 de maio, também uma data fixa, a celebração acontece no Paraguai, México, Guatemala, Índia e Cingapura. Também há, ainda, as datas móveis: o primeiro domingo de maio celebra-se a data na Lituânia, Hungria, Espanha, Portugal, Angola e Moçambique; a maior parte do mundo celebra o Dia das Mães como no Brasil e nos Estados Unidos, no segundo domingo do mês de maio. Na Argentina, curiosamente, a celebração acontece no terceiro domingo do mês de outubro, para coincidir com a florada da primavera.


A origem do Dia dos Pais no mundo...
Evoca-se como origem dessa data à Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai. Daí tornou-se uma festa nacional. Em 1972, o presidente americano Richard Nixon oficializou o Dia dos Pais nos Estados Unidos.

Segundo a tradição, nos Estados Unidos e em mais 32 países, a data é comemorada no terceiro domingo do mês de junho. No Brasil, comemora-se no segundo domingo de agosto. Em Portugal e na Espanha, o Dia dos Pais é comemorado a 19 de março, seguindo a tradição da Igreja católica, que neste dia celebra São José, marido de Maria (a mãe de Jesus Cristo). No Brasil, é comemorado no segundo domingo de agosto. No país a implantação da data é atribuída ao jornalista Roberto Marinho, para incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal. A data escolhida foi o dia de São Joaquim, sendo festejada pela primeira vez no dia 16 de agosto de 1953.


As origens do Dia dos Namorados...
O Dia de São Valentim cai num dia festivo de dois mártires cristãos diferentes, de nome Valentim. Mas os costumes relacionados com este dia provavelmente vêm de uma antiga festa romana chamada Lupercalia, que se realizava todo dia 14 de fevereiro. A festa homenageava Juno, a deusa romana das mulheres e do casamento, e Pã, o deus da natureza.

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado. O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Continuou celebrando casamentos, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja católica, a data de sua morte – 14 de fevereiro – também marca a véspera de Lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.


Outra versão diz que no século 17, ingleses e franceses passaram a celebrar São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine’s Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do amado. Na sua forma moderna, a tradição surgiu em 1840, nos Estados Unidos, depois que Esther Howland vendeu cinco mil dólares em cartões do Dia dos Namorados, uma quantia elevada na época. Desde aí, a tradição de enviar cartões continuou crescendo, e no século 20 se espalhou por todo o mundo.

Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século 19, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa.

No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho por ser véspera de 13 de junho, dia de Santo Antônio, santo português com tradição de casamenteiro no Brasil. A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim – que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados. Ou seja, somente no Brasil o Dia dos Namorados acontece em 12 de junho; no resto de todo planeta a data ocorre em 14 de fevereiro.

O surgimento do Dia das Crianças...
No ano de 1924, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de criar o Dia das Crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4.867, de 05 de novembro de 1924. Mas somente em 1960, quando a fábrica de brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a Semana do bebê robusto e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o Dia das Crianças é comemorado com muitos presentes. Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos e doces no Brasil.

Nos Estados Unidos, o Dia das Crianças é festejado no 1° domingo de junho, a data pode variar de estado para estado em nível nacional. Dia das Crianças e Juventude foi aprovado em 1994, quando o legislativo do Havaí se tornou o primeiro estado do país a aprovar uma lei para reconhecer o 1° domingo de outubro como Dia das Crianças. Nos Estados Unidos o presidente Bill Clinton proclamou o Dia das Crianças em 11 de outubro de 1998, em resposta a uma carta escrita por um menino de seis anos perguntando se ele iria aprovar o Dia das Crianças.


Ao redor do mundo o Dia das Crianças é comemorado em datas totalmente diferentes, não havendo um padrão. Assim, por exemplo, há países que comemoram a data em conjunto com o Natal, em 25 de dezembro. Também há certa regra em alguns países, pois, curiosamente, muitos comemoram o dia em 1º de junho. O mais interessante é o Japão, que tem datas separadas para comemorar do Dia dos Meninos e o Dia das Meninas. Apesar das datas diferentes, trata-se de uma comemoração muito animada, quando as crianças são brindadas com presentes, festas, bolos e muitos doces.

Fatos, farsas e curiosidades sobre duendes, gnomos, elfos e goblins...

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No post de hoje vamos falar sobre as criaturas míticas europeias mais comentadas nos círculos de RPG e contos de fadas. Vamos abordar as curiosidades, origens, fatos e farsas sobre os duendes, os gnomos, os elfos e os goblins. São criaturas que parecem ser as mesmas coisas, mas, na verdade, cada um tem sua particularidade e sua história mítica por trás de muitos folclores.

Quase tudo sobre os duendes...
Duendes são personagens da mitologia europeia, nomeadamente na península ibérica (presentes em folclores espanhóis, franceses, bascos e portugueses), semelhantes a fadas e goblins. Embora suas características variem um pouco, são análogos aos brownies escoceses, aos nisses dinamarqueses e noruegueses e aos irlandeses cluricauns e leprechauns. A palavra é usualmente considerada equivalente à palavra inglesa “Sprite”, ou à palavra japonesa “Youkai”, e é usada indiscriminadamente como um termo guarda-chuva para abrigar todas as criaturas semelhantes como goblins, elfos, gnomos etc.


Alguns mitos dizem que duendes tomam conta de um pote de ouro no final do arco-íris; caso capturado, o duende poderia comprar sua liberdade com esse ouro. Outras lendas dizem que para enganar os homens, ele fabrica uma substância parecida com ouro, que desaparece algum tempo depois. Neste caso são chamados leprechauns na Irlanda. Na cultura atual, geralmente os duendes são representados por seres verdes, dos quais o símbolo é o trevo, relacionado à boa sorte. Geralmente as histórias infantis trazem tais relatos. Contudo, é temerário ter uma visualização estritamente romântica e lúdica de seres que são considerados como seres inferiores.

Em Portugal e na Espanha geralmente são descritos como tendo entre 15 e 30 centímetros de altura, tendo como característica notável a cabeça em formato cônico (muitas vezes independentemente de possuir chapéu), personalidade extremamente volátil e atributos encantados como a capacidade de atravessar paredes, mudar de forma e cor, e alta velocidade. São criaturas que não guardam qualquer receio com o ambiente urbano e, curiosamente, há muitos relatos de aparições em construções inacabadas. Gostam de espreitar pelos cantos, observando os habitantes da casa e pregando-lhes peças, como o sumiço de objetos, abertura de portas, produção de ruídos, dentre outras perturbações – nem sempre sendo amigos, capazes até de matar animais de estimação.


Apesar de muitos acreditarem que são seres amigáveis, há relatos de diversas aparições ameaçadoras, inclusive com o emprego de violência. Nestas ocasiões os relatos são quase que unânimes em descrever que tais seres surgem de repente, em situações normais do cotidiano (enquanto crianças brincam em construções, pessoas observam árvores no quintal, embaixo de camas, dentro de guarda-roupas etc.) portando pequenas facas, dando gargalhadas em tom de sarcasmo e deboche para com a testemunha, acuando-a e sumindo de repente. Estranho o fato de não ser possível identificar uma motivação para tais atitudes – por isso talvez que se diga que a personalidade destes seres é volátil. Estranho também que muitas narrativas descrevem este ser como possuindo o pequeno rosto como que dilacerado, arranhado. Outros acreditam que os duendes que ficam localizados em um jardim ou floresta compõem talentos para a ajuda da natureza, se autodividindo, enquanto os que não têm uma habitação tendem a sair a fazer travessuras com os humanos.

Um pouco sobre os elfos...
Elfo é uma criatura mística das mitologias nórdica e céltica, que aparece com frequência na literatura medieval europeia. São descritos como seres belos e luminosos, ou ainda seres semi-divinos, mágicos, semelhantes à imagem literária das fadas ou das ninfas. De fato, a palavra “Sol” na língua nórdica era “Alfrothul”, ou seja: o “Raio Élfico”; dizia-se que por isso seus raios seriam fatais a elfos escuros e anões.

Eram divindades menores da natureza e da fertilidade. Os elfos são geralmente mostrados como jovens de grande beleza vivendo entre as florestas, sob a terra, em fontes e outros lugares naturais. Foram retratados como seres sensíveis, de longa vida ou imortalidade, com poderes mágicos, grande ligação com a natureza e geralmente considerados como ótimos arqueiros,sua precisão com arco e flecha era impressionante.


As mais antigas descrições de elfos vêm da mitologia nórdica. Eram chamados “Álfar”, de singular “Álfr”. Outros seres com nome etimologicamente relacionados a “Álfar” sugerem que a crença em elfos não se restringe aos escandinavos, abrangendo todas as tribos germânicas. Essas criaturas aparecem em muitos lugares. Curiosamente, Shakespeare as imaginava como seres pequeninos, porém a mitologia original os descrevem como sábios, poucos centímetros menores do que a média humana (entre 1m70m), eram belos e supostamente imortais.

Literalmente, os elfos são gênios que, na mitologia escandinava, simboliza o ar, a terra, o fogo e água. No poema “Völundarkviða”, o herói ferreiro Völundr foi chamado “governante dos elfos”. Na saga de Thidrek, uma rainha humana descobre que o amante que a engravidou é um elfo e não um homem e depois dá à luz o herói Högni.

Na saga de Hrolf Kraki, um rei chamado Helgi estupra e engravida uma elfa vestida de seda que era a mulher mais bela que jamais vira. A elfa dá a luz à meio-elfa Skuld, muito capaz em feitiçaria e quase invencível em batalha. Quando seus guerreiros caíam, ela os fazia erguerem-se de novo para continuar a luta. A única forma de derrotá-la era capturá-la antes que pudesse convocar seus exércitos, que incluíam guerreiros elfos. Skuld casou-se com Hjörvard, que matou Hrólfr Kraki. Também o Heimskringla e na saga de Thorstein, o filho do viking, relatos de uma linhagem de reis locais que governaram Álfheim, correspondente à atual província sueca de Bohuslän, cujos naturais desde então teriam sangue élfico e tinham a reputação de serem mais belos que a maioria dos humanos. O primeiro rei se chamou Alf (elfo) e o último, Gandalf (Elfo do Bastão, inspiração para o Gandalf tolkieniano).


Os elfos são também descritos como semideuses associados à fertilidade e ao culto dos ancestrais, como os daimones gregos. Como espíritos, os elfos podem atravessar portas e paredes como se fossem fantasmas.

O mitógrafo e historiador islandês Snorri Sturluson referiu-se aos anões como “elfos da escuridão”, ou “elfos negros”, e referiu-se aos outros elfos como “elfos da luz”, o que frequentemente foi associado com a conexão dos elfos com Freyr, o deus nórdico do Sol. Na poesia e nas sagas nórdicas, os elfos são ligados aos Æsir pela frase muito comum “Æsir e os elfos”, que presumivelmente significa “todos os deuses”. Alguns eruditos comparam os elfos aos Vanir (deuses da fertilidade). Mas no “Alvíssmál” (“Os ditos do conhecedor de tudo”), os elfos são considerados diferentes tanto dos Vanir quanto dos Æsir, como mostra uma série de nomes comparativos na qual são dadas as versões dos Æsir, dos Vanir e dos elfos para diferentes palavras, refletindo as preferências de cada categoria.

É possível que haja uma distinção de estatuto entre os grandes deuses da fertilidade (os Vanir) e pequenos deuses (os elfos). “Grímnismál” relata que Frey (um dos Vanir) era o senhor de Álfheimr. O “Lokasenna” diz que um grande grupo de Æsir e elfos reuniu-se na corte de Ægir para um banquete. Menciona vários poderes menores, servos dos deuses como Byggvir e Beyla, pertencentes a Freyr, o senhor dos elfos, que eram provavelmente elfos, pois não são contados entre os deuses. Dois outros servos mencionados são Fimafeng (morto por Loki) e Eldir.

Um poema composto por volta de 1020, o “Austrfaravísur” (“Versos da jornada para o leste”), Sigvat Thordarson diz que, por ser cristão, recusou-se a entrar em um lar pagão, na Suécia, porque um álfablót (“sacrifício aos elfos”) estava em curso. Provavelmente, tal sacrifício envolvia uma oferenda de alimentos. Da época do ano (próxima do equinócio de outono) e da associação dos elfos com fertilidade e ancestrais, pode-se supor que isso estava relacionado com o culto dos ancestrais e da força vital da família.


A saga de Kormák, por sua vez, relata como um sacrifício aos elfos podia curar um ferimento de guerra. Considerando a tradição inglesa, a palavra “elf” do inglês moderno vem do inglês antigo “ælf”. Originalmente, referia-se aos elfos da mitologia nórdica, mas também as ninfas dos mitos gregos e romanos foram traduzidas pelos monges anglo-saxões como “ælf” e suas variantes.

A maioria dos elfos mencionada em baladas medievais inglesas é do sexo masculino e frequentemente de caráter sinistro, inclinados ao estupro e assassinato, como o Elf-Knight que rapta a rainha Isabel. A única elfa mencionada com frequência é a rainha dos elfos, ou da Elfland. Já nos contos populares do início da Idade Moderna, os elfos são descritos como entidades pequenas, esquivas e travessas, que aborrecem os humanos ou interferem em seus assuntos. Às vezes, são consideradas invisíveis. Nessa tradição, os elfos se tornaram sinônimos das “fadas” originadas da antiga mitologia céltica.

Quase tudo sobre os gnomos...
Um gnomo, muitas vezes confundido com um duende, é uma criatura mitológica, incluída entre os seres elementais da terra. São costumeiramente representados como pequenos humanoides que vivem sob a terra, em minas ou em ocos de troncos de árvores, onde guardam seus tesouros. O mais antigo texto que se conhece mencionando este ser é o “Liber de nymphis, sylphis, pygmaeis et salamandris et de caeteris spiritibus”, escrito pelo alquimista Paracelso no século 16. Na sua classificação dos espíritos elementais, Paracelso divide-os em quatro tipos: as salamandras (do fogo), as ondinas (da água), os silfos (do ar) e os gnomos (da terra).


O nome, segundo alguns autores, pode vir do latim medieval “gnomos”, originado do grego clássico “gnosis” (“conhecer”). Outra teoria é de que o nome venha do grego “genomas” (“terrestre”). Em 1583, a palavra “gnome” passou a figurar nos dicionários franceses, com o significado de “pequenos gênios deformados que habitam a Terra”.

Um pouco sobre os goblins...
Goblins são criaturas geralmente verdes que se assemelham a duendes. Fazem parte do folclore nórdico, nas lendas eles vivem fazendo brincadeiras de mau gosto. O termo “goblin” origina-se do francês antigo “gobelin”, evoluído do latim medieval “gobelinus”, que parece estar relacionado a “cobalus”, do grego “kóbalos”: “enganador” ou “desonesto”. Os goblins são normalmente associados ao mal. Diz-se que são feios e assustadores, fazem feitiçarias, estragam a comida, travam guerras contra os gnomos. Os jogos de RPG normalmente incluem goblins em sua galeria de seres.


Em algumas mitologias os goblins possuem grande força. Normalmente por serem seres de pouca inteligência e hábitos selvagens, moram em cavernas ou pequenas cabanas construídas com paus e peles de animais. Sua grande capacidade de sobrevivência os faz seres presentes em quase qualquer ambiente, sendo possível serem encontrados em montanhas, pântanos, desertos, pedreiras, florestas ou cidades. Vivem em bando, com uma comunidade precária semelhante a uma sociedade de homens primitivos. Dentre seus armamentos se encontra a clava, o machado de pedra, a zarabatana, além de pequenas lanças e pedras.


A história do boato envolvendo o “Tourist guy”: fato ou farsa?!

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Logo depois do pior atentado terrorista da história, contra os Estados Unidos, ocorrido em 11 de setembro de 2001, que ocasionou na derrubada das torres do World Trade Center, em Nova York, surgiram vários boatos e teorias da conspiração envolvendo até mesmo o nome do governo norte-americano como suposto comandante desta barbárie contra a sociedade civil. Recentemente, aqui no blog, falamos sobre as teorias conspiratórias envolvendo este atentado terrorista em outro post – que vale a pena ser conferido.


O mais interessante é surgiu uma foto (imagem abaixo) do momento iminente do atentado terrorista em Nova York contra a primeira das Torres Gêmeas. Essa imagem se espalhou pelo mundo e chegou a aparecer em telejornais de vários países como a iminência de uma grande tragédia, de uma pessoa supostamente sem nome – mais um dos mais de três mil “anônimos” que perderam suas vidas neste atentado terrorista.


O rapaz da imagem passou a ser conhecido como “Tourist guy”, ou “Tourist of death”, e comprovou-se ser uma lenda urbana surgida na internet logo após os ataques de 11 de setembro. Investigadores de boatos na internet identificaram que a foto havia sido tirada em 1999, e o rapaz da foto, que não quis se expor, se chamava Waldo e estava vivo, estando a centenas quilômetros de distância de Nova York no dia dos atentados.

O “Tourist guy” é um turista que supostamente teria sido fotografado no alto de uma das torres do World Trade Center alguns segundos antes do ataque terrorista. A fotografia, produto de uma montagem simples em programas de edição de imagem, circulou primeiramente através de e-mails e depois foi reproduzida em diversos sites.

Um dos pontos principais que ajudou a desvendar a farsa está na própria roupa de Waldo. Ele está todo encasacado, numa foto tirada durante o inverno. Entretanto, o dia 11 de setembro de 2001 fazia calor em Nova York já nas primeiras horas da manhã e a estação do ano era o verão.

A foto do “turista da morte” circulou tanto que acabou se tornando um dos primeiros memes da internet: sua imagem passou a aparecer em montagens de outros eventos catastróficos da história, como batalhas da Segunda Guerra Mundial, a iminência da explosão das bombas atômicas no Japão, a queda do Muro de Berlim etc.

A história do “Tourist guy” serviu para que muitas pessoas abrissem os olhos e entendessem que a internet pode trazer informação de primeira linha, em primeira mão, mas nem sempre algumas informações são totalmente fidedignas e confiáveis.

E se os árabes tivessem invadido toda a Europa? História alternativa...

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Do século 7 d.C. até o século 15 d.C., a Península Ibérica viveu a chamada “Invasão dos mouros” – nos livros de história dos países muçulmanos, esse episódio da história é conhecido como “Conquista europeia” –, quando a expansão da fé islâmica chegou ao seu ápice em um enorme império que ia desde a Pérsia até a fronteira com a França. Desta forma, por mais de 800 anos, Portugal e Espanha foram controlados por califas islamitas que pregavam a tolerância religiosa, trazendo uma atividade cultural e científica muito forte e a convivência em relativa paz entre cristãos, judeus e muçulmanos.

Essa influência muçulmana na cultura ibérica fez com que o idioma árabe se tornasse o segundo mais influente nas línguas espanhola e portuguesa. Palavras como: xadrez, sorvete, xilindró, azulejo, elefante, azul, álcool, alquimia etc. fossem agregadas ao nosso costume vocabulário. Herança destes 800 anos de convivência.


A incrível história da batalha de Poitiers...
Com a marcha praticamente invencível dos muçulmanos e seus califas sobre a Península Ibérica nos séculos 7 e 8 depois de Cristo, ficou iminente que eles queriam mais – muito mais! E, assim, partiram para a tentativa de conquista da França, em 732. Entretanto, os exércitos francófonos empreenderam grandes estratégias para “segurar” o inimigo oriental através da sangrenta e histórica batalha de Poitiers.

De acordo com os historiadores medievalistas, foi esse conflito, vencido pelos cristãos, que evitou uma expansão descomunal dos muçulmanos por toda Europa, deixando um legado ainda maior e mais impressionante em outras culturas e outros idiomas no centro do continente europeu. A partir deste conflito, os califas ibéricos deixaram de tentar uma expansão maior sobre a França e a Itália.


E se os muçulmanos tivessem tomado Poitiers?
Muitas pessoas acreditam, erroneamente, que a cultura islâmica no período medieval tivesse sido atrasada. Pelo contrário: a Europa cristã estava atrasadíssima frente aos estudiosos árabes, que no século 13 já usavam óculos de graus, conheciam os clássicos filósofos gregos, não eram carolas religiosos e ignorantes, acreditavam na esfericidade do planeta Terra, já tinham conhecimento dos números hindu-arábicos como os conhecemos atualmente e tinham a noção do zero na matemática, além da álgebra, da geometria e da trigonometria.

Desta forma, já podemos adiantar que, de acordo com os historiadores, a Europa não poderia ficar pior do que já estava naquele período medieval, pois o cristão medievo estava afundado num mundo extremamente religioso, obscuro, analfabetizado, rural etc. desde que o mundo romano ocidental caiu aos pedaços, ruindo no século 5 d.C. Enquanto isso, no mundo dos califas, era imprescindível saber ler e escrever, as pessoas eram incentivadas a estudar e o comércio florescia junto com a urbanização.


De acordo com os historiadores, se os muçulmanos ibéricos tivessem vencido a batalha travada em Poitiers, na França, eles não encontrariam nenhuma dificuldade em avançar pela Europa Central, uma vez que não havia, ali, nenhum reino forte o suficiente com um exército nacional já formado, a não ser o próprio exército franco que barrou o avanço no território francês. No entanto, como estamos falando de história alternativa, um novo campo de estudos, muitas suposições ficam no ar como condicionais – o “e se tivesse sido diferente”.

Os medievalistas mais “animados” dizem que, muito provavelmente, o Cristianismo seria uma religião pequena e distante porque a expansão do Islamismo com sua “jihad” era esmagadora frente à contraofensiva católica. Além disso, muito provavelmente, o alfabeto latino seria letra morta nos dias atuais: os alfabetos grego e árabe poderiam ser os mais usados (imagine você aprendendo alemão dentro de uma cultura muçulmana, seguindo o Islamismo como religião familiar). A história alternativa é tão complexa que faz com que pensemos ainda mais longe: se os califas tivessem implantado os califados europeus, como seriam as colonizações do continente americano?!


A incerteza nos faz terminar este post com uma série enorme de perguntas – todas elas iniciadas com “E se...”. Mas sabemos que, com certeza, a presença islamita na Península Ibérica foi muito importante até mesmo para as Grandes Navegações, pois a ciência dos árabes ajudou, e muito, portugueses e espanhóis a se lançarem ao mar e chegarem até os confins da América, da África, da Ásia e da Oceania, desbravando territórios, mas, infelizmente, a um preço extremamente caro: com matanças de populações nativas, conversões forçadas e exploração da mão de obra local e africana.

Explicando os fatos e as farsas envolvendo os supostos ectoplasmas...

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O termo “ectoplasma” – de origem do grego “ektós”, “por fora”; e “plasmá”, “substância que sai” – foi introduzido na parapsicologia por Charles Richet a fim de designar uma espécie de substância esbranquiçada, muito curiosa, que pode exteriorizar-se para fora do corpo de determinados médiuns, mais frequentemente pela boca, mas que pode sair por qualquer parte do corpo. É também supostamente sensível a determinados impulsos, se exterioriza visível a partir do corpo de determinados indivíduos com características especiais (sensitivos, por exemplo), permitindo a materialização de formas de corpos humanos distintos daquele de onde saiu ou de formas de membros tais como mãos, rostos e bustos. Apesar de existirem muitos registros de atividade ectoplásmica, incluindo vasto material fotográfico, sua existência, até o momento, não foi comprovada pelo método científico.


O ectoplasma é alegadamente uma substância fluídica, de aparência diáfana, sutil, que flui do corpo de um médium apto a produzir fenômenos físicos, principalmente a materialização. O pesquisador Ernesto Bozzano relata em seu livro, “Pensamento e vontade”, que a substância ectoplásmica já era bem conhecida pelos alquimistas do século 17, como Paracelso, que a denominou “mysterium magnum”, e Thomas Vaughan, que a definiu por “matéria prima”. Também o polímata Emanuel Swedenborg, grande espiritualista do século 18, realizou experimentos com a substância sem empregar o termo “ectoplasma”, registrou sobre “uma espécie de vapor que lhe saía de todos os poros, um vapor d’água assaz visível, que descia até roçar no tapete”.

O criador do termo, Richet, ganhador do Prêmio Nobel de Medicina em 1913, por ter descoberto a anafilaxia, uma espécie de reação alérgica, dedicou-se a trabalhos espíritas com o intuito de descrever experiências sobre os fenômenos de materialização produzidos por Eva Carrière e alguns outros médiuns famosos do início do século 20.

O psiquiatra italiano Enrico Imoda produziu o livro “Fotografias de fantasmas”, com prefácio de Richet. Nesse livro, Imoda mostra uma teoria elaborada a partir das experiências de ideoplastia, onde propôs três formas para o ectoplasma: a invisível, a fluídica-visível e a concreta. Posteriormente, o psiquiatra francês Gustave Geley, primeiro diretor do Instituto Metapsíquico Internacional de Paris, alegou nas sessões de materializações que o ectoplasma, ainda na forma invisível, girava em torno das pessoas antes da produção dos fenômenos.


O professor Geley afirmava que, nestas sessões, que realizou na Europa e nos Estados Unidos junto a outros cientistas, espíritos, ou “operadores” como Geley os chamavam, agiam sobre o cérebro do médium para provocar a emanação do ectoplasma, que ia se acumulando até que fosse empregado por esses mesmos espíritos para produzir diversos tipos de fenômenos mediúnicos de efeito físico, tais como a materialização e o poltergeist. Infelizmente esses trabalhos realizados no fim do século 19 e início do século 20 ocorreram sem o uso concreto do método científico e até hoje a existência do ectoplasma não foi provada por meio de tal método.

O ectoplasma é descrito como um fenômeno natural mediúnico que produz uma substância etérea (semimaterial) com a propriedade ou possibilidade de adensar-se até ficar ao alcance dos cinco sentidos humanos, tornando-se visível, tangível e, ainda, sob o influxo da vontade dos espíritos, moldável, assumindo a forma e algumas características de objetos ou seres orgânicos, inclusive corpos humanos completos. As pesquisas científicas em relação ao ectoplasma foram feitas em proporção relativamente grande até a década de 1920.


O ectoplasma seria uma substância fria e úmida. Às vezes de consistência um pouco viscosa e no geral inodora. Aqui estão listados alguns relatos de sua composição hipotética: (1) o pesquisador James Black teria pesquisado a química do ectoplasma chegando até mesmo a postular a fórmula molecular: C120H1184N218S5O249; (2) Albert von Schrenck-Notzing teria citado que o ectoplasma se constitui por restos de tecido epitelial e gorduras; (3) Dombrowsky alegou ter encontrado, além disso, matéria derivada de albumina e células orgânicas sem amiláceos e açúcares; (4) Júlia Alexandre Bisson e Liebdyinski teriam verificado ao microscópio também leucócitos, minerais e células semelhantes as de bactérias; (5) o médico psiquiatra Luciano Munari, no entanto, suspeita que o ectoplasma propriamente dito teria sido contaminado pelas substâncias citadas, uma vez que deixam o corpo do médium. Exames bioquímicos teriam confirmado a presença de proteínas, aminoácidos, lipídios, minerais e água em abundância.

Teorias conspiratórias envolvendo a morte do Papa João Paulo I: fato ou farsa?!

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O Papa João Paulo I (foto abaixo) morreu em setembro de 1978, pouco tempo depois de completar um mês de sua eleição para o papado. A superbrevidade de seu pontificado e as contradições, erros e imprecisões na versão do Vaticano sobre esta suscitam até hoje especulações a respeito de que ele teria sido vítima de uma conspiração. Apesar da falta de provas e conclusões, há muita fantasia na hipótese de que o Papa tenha sido envenenado durante a noite.


A fundamentação da teoria de conspiração...
O Vaticano afirma que o Papa João Paulo I morreu de um ataque cardíaco em sua cama, e que a autópsia não foi realizada devido à oposição de alguns membros da família. Alguns aspectos desta declaração oficial, no entanto, foram mais tarde contrariados: não foi o irlandês John Magee (então bispo), que foi secretário pessoal dos papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, a primeira pessoa a encontrar o cadáver do Papa, mas sim uma das freiras que cuidavam de afazeres domésticos, como foi conhecido em 1988; a família do falecido papa, em 1991, revelou que não faleceu em sua cama, mas em seu escritório; e, além disso, teria sido feito uma autópsia, de acordo com outros relatórios. Estas inconsistências oficiais, juntamente com outros fatores de desenvolvimento econômico, têm dado origem a teorias conspiratórias que apontam para um envenenamento do pontífice.

Um dos inúmeros boatos surgidos após a morte de João Paulo I diz que seu pontificado entrara em choque com ideias e interesses da Opus Dei. Sua saída repentina do cenário daria espaço a setores da Igreja ligados à Cúria Romana mais empenhados em combater as tendências socialistas então emergentes no clero em vários países. Alguns especuladores reforçaram a tese com a eleição de João Paulo II, um pontífice conservador em relação a diversas questões, como contracepção e política. De fato, o ainda bispo Luciani desejara ao menos uma revisão das posições tradicionais da Igreja católica sobre estes temas, consultando-se com especialistas em reprodução humana e com filósofos e pensadores de distintas religiões – provocando o chamado ecumenismo.

Existem também algumas teses que defendem que os negócios pouco claros entre o Banco Ambrosiano e o Banco do Vaticano foram o motivo do seu assassinato perpetrado pela alta hierarquia da Igreja em cumplicidade com a máfia ligada ao Banco Ambrosiano e as irmandades secretas maçônicas, já que o objetivo deste Papa seria a denúncia de crimes econômicos e tencionando começar esse desafio pessoal dentro da Igreja.

Alguns teóricos da conspiração ligam a morte de João Paulo (em setembro de 1978) com a imagem do “bispo vestido de branco”, dito ter sido visto por Lúcia Santos e os seus primos Jacinta Marto e Francisco Marto, durante as visitas de Nossa Senhora de Fátima em 1917 . Em uma carta a um colega, João Paulo disse que ele estava profundamente comovido por ter encontrado com Lúcia e prometeu realizar a Consagração na Rússia.


O livro de David Yallop...
O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra “Em nome de Deus”, na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I. Ao dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no Banco do Vaticano, que possuía muitas ações do Banco Ambrosiano.

O Banco do Vaticano perdeu cerca de um quarto de bilhão de dólares. Logo após eleger-se Papa, ele ficara a par de inúmeras irregularidades no Banco Ambrosiano, então comandado por Roberto Calvi, conhecido pela alcunha de “Banqueiro de Deus” por suas íntimas relações com o Vaticano. Esta corrupção foi real e é conhecida por ter envolvido o chefe do Banco do Vaticano, Paul Marcinkus, juntamente com Calvi. Calvi era um membro da “P2”, uma loja maçônica italiana ilegal. Ele foi encontrado enforcado numa ponte em Londres, depois de ter desaparecido antes da corrupção se tornar pública. Sua morte foi inicialmente dada como suicídio, e um segundo inquérito – ordenado por sua família –, em seguida, retornou a um “veredicto aberto”.


Entre os envolvidos no esquema estaria o então secretário de Estado do Vaticano e Camerlengo, Jean Villot, o mafioso siciliano Michele Sindona, o cardeal de Chicago John Cody e o bispo Paul Marcinkus, então presidente do Banco do Vaticano. As nebulosas movimentações financeiras destes não passaram despercebidas pelo “Papa Sorriso”. Também são citados supostos membros da loja maçônica “P2”, como Licio Gelli (deve-se ressaltar que pertencer a essa comunidade secreta sempre foi e ainda é considerado motivo de excomunhão pela Igreja católica).

A Cúria Romana como um todo teria rechaçado o perfil humilde e reformista de João Paulo I. Diversos episódios no livro corroborariam essa tendência: o “Papa Sorriso” sempre repudiou dogmas, ostentação, luxo e formalidades; para ficar num exemplo, ele detestava a sedia gestatória, a liteira papal (argumentando que, por mais que fosse o líder espiritual de quase mil milhões de católicos, não se sentia importante a ponto de ser carregado nos ombros de pessoas). Após muita insistência curial, ele passou a usá-la.

Yallop cita a digitalina (veneno extraído da planta com o mesmo nome) como a droga usada para pôr fim ao pontificado de João Paulo I. Essa toxina demora algumas horas para fazer efeito; Yallop defende que uma dose mínima de digitalina, acrescentada à comida ou à bebida do Papa, passaria despercebida e seria suficiente para levar ao óbito. E para o autor de “Em nome de Deus”, teria sido muito fácil, para alguém que conhecesse os acessos à cidade do Vaticano, penetrar nos aposentos papais e cometer um crime dessa natureza. Outras obras de investigação também lançam a teoria de envenenamento: o livro “El día de la cuenta”, do sacerdote espanhol Jesús López Sáez, pressume que o Papa foi envenenado com uma forte dose de um vasodilatador. Sem se deter na morte de João Paulo I, Yallop ainda insinuou que João Paulo II seria conivente com todas as irregularidades detectadas no pontificado de seu breve antecessor.


O livro de John Cornwell...
As teorias defendidas por Yallop foram parcialmente refutadas pelo escritor John Cornwell, também britânico, em seu livro “A thief in the night”. Em diversos tópicos, como o horário e a causa da morte do Papa, Cornwell contesta as afirmações e provas de Yallop e oferece sua versão, mantendo o debate aberto. Os que defendem as teses expostas em “Em Nome de Deus” afirmam que Cornwell seria ligado a personalidades influentes da Cúria Romana, embora apontem como ocorrências incomuns a estranheza da maneira como se deu o rápido embalsamamento do papa, as notícias contraditórias sobre quem encontrou o corpo e o fato de João Paulo I não ter sido devidamente atendido por médicos através de procedimentos para a prevenção de sua morte e a corrupção que envolvia Marcinkus.

A visão de Abbé Georges de Nantes...
O teólogo tradicionalista Abbé Georges de Nantes passou grande parte de sua vida construindo um caso de assassinato contra o Vaticano, coletando depoimentos de pessoas que conheceram o Papa, antes e após a sua eleição. Seus escritos entram em detalhes sobre os bancos e sobre a suposta descoberta de João Paulo I de alguns sacerdotes maçons no Vaticano, juntamente com uma série de suas propostas de reformas e devoção a Fátima.


Suposta previsão de Nostradamus...
Em sua obra “Centúrias”, o profeta francês do século 16 Nostradamus teria previsto a morte de um Papa em circunstâncias muito semelhantes às de um suposto assassinato de João Paulo I (profecia relatada na Centúria 10, Quadra 12), embora não estejam específicas outras circunstâncias, como nome e época: “O Papa eleito será traído por seus eleitores, / Esta pessoa prudente será reduzida ao silêncio. / Eles o matarão porque ele era muito bondoso, / Atacados pelo medo, eles conduzirão sua morte à noite”.

Considerações importantes sobre o chamado “Efeito ideomotor”...

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Efeito ideomotor” é o nome dado à influência da sugestão sobre movimentos corporais involuntários e inconscientes. O fenômeno foi originalmente descrito pelo naturalista britânico William Benjamin Carpenter em 1852, em um artigo sobre radiestesia. Porém, o químico francês Michel Chevreul havia se deparado com a mesma ideia já em 1808.


O experimento de Chevreul...
Em 1808, um químico chamado Gerboin, de Estrasburgo, escreveu um livro sobre a utilização de pêndulos para realizar análises químicas. O método consistia em manter um pequeno anel de metal seguro por um cordão delgado sobre uma placa inscrita com as letras do alfabeto. O anel supostamente se moveria em direção às letras da substância a ser examinada, da mesma forma em que hoje o tabuleiro ouija responde às perguntas de participantes das sessões.

Michel se espantou com os resultados dos testes com o novo método, a princípio surpreendentes, mas manteve-se cético. Inicialmente, ele utilizou o pêndulo sobre uma placa de mercúrio e observou que o pêndulo continuava funcionando. Em uma segunda etapa, percebeu que quando o mercúrio era coberto por uma placa de vidro, o anel de metal diminuía seu movimento até parar. Finalmente, repetiu a primeira experiência com os olhos vendados, pedindo a um assistente para colocar e retirar a placa de vidro sem que ele soubesse. O resultado foi que o anel não se movia, não importando se havia ou não a placa de vidro. Como conclusão para o experimento, Michel escreveu: “Enquanto eu acreditava que o movimento era possível, ele aconteceu; mas depois de descobrir suas causas eu não conseguia mais reproduzi-lo”. De acordo com ele, seus experimentos mostram como é fácil “ver ilusões como verdades, sempre que somos confrontados com fenômenos em que os sentidos humanos estão envolvidos em situações mal analisadas”.

O experimento de Michael Faraday...
O físico inglês Michael Faraday envolveu-se em um amplamente divulgado experimento envolvendo as mesas girantes em 1853. Neste fenômeno, pessoas se sentavam em torno de uma mesa redonda com as mãos sobre ela, e, depois de algum tempo, a mesa inclinava-se sobre uma de suas pernas, chegando a mover-se pela sala. Segundo os espíritas, os movimentos são causados por espíritos desencarnados.

Faraday convidou algumas pessoas que considerava sérias e que haviam participado com sucesso de sessões com a mesa girante. Ele preparou a mesa cobrindo-a com uma pilha de folhas, presas por um elástico. As folhas se moviam facilmente, de forma que ficava possível identificar a origem dos movimentos. Assim, Faraday queria isolar a origem do movimento: a mesa ou as mãos dos participantes.

Segundo Faraday, se a mesa fosse a origem dos movimentos e se movesse da direita para a esquerda, as folhas formariam uma escada subindo da esquerda para a direita, já que a folha em contato com a mesa seria a primeira a se mover. As outras folhas, devido ao atrito com as inferiores, também se moveriam, mas seriam retardadas pelo atrito com as mãos dos participantes do experimento.

Como o físico esperava, o que aconteceu foi o contrário: se a mesa se movia para a esquerda, as folhas formavam uma escada para a esquerda e vice-versa, supostamente denunciando que o movimento partia das mãos dos participantes.


O experimento de Ray Hyman...
O professor de psicologia Ray Hyman, da Universidade do Oregon, realizou em 1992 um experimento com a finalidade de demonstrar como funciona o efeito ideomotor. Primeiramente, explicou a um grupo de alunos o funcionamento das varinhas de radiestesia. Então, andou pela sala, fazendo com que as varinhas se encontrassem em um lugar arbitrário. Depois, pediu para os alunos repetirem a experiência, dizendo que naquele local provavelmente se encontrava uma tubulação de água: quase todos sentiram uma força incomum que fazia com que as varinhas se cruzassem naquele mesmo local. Então, repetiu exatamente a mesma experiência para outro grupo, mas fazendo as varinhas se cruzarem em outro ponto arbitrário. O resultado foi que as varinhas dos alunos se cruzaram também no ponto em que eles acreditavam que elas se cruzariam.

Voltando ao assunto do efeito ideomotor...
Céticos e cientistas utilizam as demonstrações do efeito ideomotor para explicar fenômenos como os tabuleiros ouija, as mesas girantes e vários fenômenos relacionados à radiestesia. O famoso debunker americano James Randi oferece um prêmio de um milhão de dólares a quem provar habilidades paranormais; no rol dos participantes, a grande maioria é de radiestesistas; os experimentos para provar as habilidades dos candidatos são baseados nas ideias dos cientistas que estudaram o efeito ideomotor. Porém, o efeito ideomotor se manifesta em ocasiões de rotina, como quando, durante uma partida de futebol, “chutamos a poltrona quando o atacante hesita diante do gol” ou quando “procuramos o pedal do freio a cada manobra arriscada do amigo que está no volante”.


Críticas...
Espiritualistas e até mesmo alguns cientistas não consideram o efeito ideomotor suficiente para explicar muitos fenômenos parapsicológicos. A Associação de Radiestesia do Canadá afirma que o efeito radiestésico é provocado pela intuição de quem segura as varinhas, que funcionariam como antenas, aumentando a percepção humana. Outras explicações envolvem anomalias magnéticas ou elétricas, em que a condutividade da pele é um fator predominante.

Alfred Russel Wallace, cofundador da teoria da evolução com Charles Darwin, acreditava que os experimentos de Faraday com as mesas girantes não eram suficientes para explicar o fenômeno. Ele participou de várias sessões das mesas girantes e observou que “há um poder obscuro revelado pelos corpos das pessoas, quando se coloca as mãos sobre uma mesa e nos conectamos através dela”. Wallace também disse ter presenciado situações em que as mesas levitaram durante algumas sessões.

George P. Hansen, em um artigo acadêmico para o “Journal of the Society for Psychical Research”, fez uma compilação de vários experimentos envolvendo a radiestesia. O resultado a que chegou foi inconclusivo, devido a muitas fraudes e experimentos mal conduzidos e mal documentados.

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