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Considerações sobre a colônia perdida de Roanoke, nos Estados Unidos: fatos e farsas...

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A colônia de Roanoke, na Ilha de Roanoke, no condado de Dare, na atual Carolina do Norte, foi um empreendimento financiado e organizado por Sir Walter Raleigh (foto abaixo) em fins do século 16 para estabelecer um assentamento inglês permanente na colônia da Virgínia. Entre 1585 e 1587, grupos de colonos foram deixados ali com este intuito, todos os quais ou abandonaram a colônia ou desapareceram. O último grupo desapareceu após um período de três anos passado sem suprimentos vindos da Inglaterra, o que levou ao surgimento de um mistério que perdura até os dias de hoje, conhecido como “A colônia perdida”. A principal hipótese é que os colonos foram absorvidos por uma das populações indígenas locais, embora também possam ter sido massacrados, pelos espanhóis ou pelos índios powhatan.


1. Sir Walter Raleigh havia recebido uma carta régia da rainha Elizabeth para a colonização da região da América do Norte conhecida como Virgínia. A carta especificava que Raleigh tinha dez anos para estabelecer um assentamento na América do Norte ou perderia os direitos de colonização. Raleigh e Elizabeth pretendiam que o empreendimento provisse riquezas do Novo Mundo e uma base a partir da qual seriam enviados corsários para interceptar os navios carregados de tesouros da frota espanhola.

2. Em 1584, Raleigh despachou uma expedição para explorar a costa oriental da América do Norte em busca de um lugar apropriado. A expedição foi liderada por Phillip Amadas e Arthur Barlowe, os quais escolheram os Outer Banks da moderna Carolina do Norte como ponto ideal a partir do qual poderiam atacar os espanhóis, que possuíam assentamentos ao sul, e continuar fazendo contatos com os índios americanos, a tribo croatana dos pamlicos.

3. Na primavera seguinte, uma expedição colonizadora composta unicamente por homens, muitos dos quais soldados veteranos que haviam lutado para estabelecer o domínio inglês na Irlanda, foi enviada para fundar a colônia. O líder desta tentativa de assentamento, Sir Richard Grenville, ficou encarregado de avançar a exploração da área, estabelecer a colônia e voltar à Inglaterra com notícias sobre o sucesso do empreendimento.

4. O estabelecimento da colônia foi inicialmente postergado, talvez porque a maior parte dos suprimentos alimentícios dos colonos tenham sido arruinados quando a nau-capitânea Tyger encalhou num baixio na chegada aos Outer Banks. Após uma exploração inicial da costa continental e de uma recepção cordial por parte das populações indígenas ali assentadas, os nativos da aldeia de Aquascogoc foram acusados de roubar uma xícara de prata. Numa retaliação despropositada, Grenville ordenou então que a aldeia fosse incendiada.

5. Apesar deste grave incidente e da falta de comida, em agosto de 1585, Grenville decidiu deixar Ralph Lane e 107 homens para fundar a colônia inglesa no norte da Ilha de Roanoke, onde um forte havia sido construído. Prometeu retornar em abril de 1586, com mais homens e suprimentos.

6. Em abril de 1586, Grenville não apareceu, e o comportamento beligerante do ingleses (que faziam reféns e roubavam a comida dos índios) já havia despertado grande hostilidade entre as tribos vizinhas. Rumores davam conta de que Wingina, cacique da tribo de Roanoke, planejava atacar os colonos antes que estes roubassem seus suprimentos; ao tomar conhecimento disto, Lane resolveu agir primeiro.

7. Em junho, os colonos receberam a visita da frota de Sir Francis Drake, que havia feito uma pausa para descanso após uma bem-sucedida incursão às bases espanholas no Caribe e na Flórida. Drake ofereceu um barco, o Francis, e um mês de suprimentos para que os colonos retornassem à Inglaterra. Lane não parecia muito propenso a partir e, a princípio cogitou em mandar de volta somente os doentes. Todavia, uma grande tempestade (talvez um furacão) atrapalhou os planos de Drake e dos colonos, dispersando a frota e fazendo com que o Francis fosse arrastado para alto-mar. Drake, então, ofereceu um segundo navio, o Bonner, grande demais para navegar pela enseada, e Lane então decidiu que era hora de partir. Assim, em 18 de junho de 1586, terminou de forma confusa a primeira tentativa de colonização.

8. Três homens foram deixados para trás e se tornaram os primeiros “colonos perdidos”. Quando Grenville finalmente chegou, duas semanas mais tarde, com suprimentos e 400 homens, a colônia foi encontrada deserta. Grenville decidiu não deixar um grande contingente, e destacou apenas quinze homens para garantir a presença inglesa na região e proteger os direitos de Raleigh sobre a Virgínia.

9. Em 1587, Raleigh decidiu enviar outro grupo de colonizadores. Desta vez, seus planos eram muito mais ambiciosos e ele pretendia fundar não mais uma colônia, mas uma cidade: a Cittie of Ralegh, oficialmente constituída em 07 de janeiro de 1587. Em número de 115, incluindo 16 mulheres e nove meninos, os novos colonos eram pessoas que haviam investido no projeto ou que haviam se vinculado ao mesmo com suas famílias, em troca de 500 acres de terra e participação na administração da colônia.

10. Liderados por John White, um artista e amigo de Raleigh que havia acompanhado as expedições anteriores a Roanoke, o novo grupo tinha por incumbência substituir os quinze homens deixados por Grenville no ano anterior, e encontrar um local de assentamento mais ao norte, na Baía de Chesapeake, onde navios de grande porte pudessem atracar. A bordo do Lyon, embarcação de quase 120 toneladas de capacidade e acompanhados por uma pinaça e um barco rápido, o grupo deixou a Inglaterra em 08 de maio de 1587. O barco rápido desapareceu numa tempestade, ao largo da costa de Portugal. Em 16 de julho, avistaram o continente (mas fora da localização correta, por erro do piloto da frota) e em 22 de julho, finalmente chegaram a Roanoke.


11. Ao desembarcar da pinaça na Ilha de Roanoke, acompanhado por 40 homens, John White esperava fazer contato com os quinze homens de Grenville e depois velejar para o norte em busca de um bom local para estabelecer a Cittie of Ralegh. Todavia, depararam-se com o forte devastado e nenhum sinal de seus habitantes, exceto o esqueleto de um deles. Pouco tempo depois, o barco rápido desaparecido na costa de Portugal chegou à ilha.

12. Cerca de uma semana após a chegada dos ingleses, um dos colonos, George Howe, foi morto numa emboscada enquanto pescava. Foi então organizada uma patrulha de vinte homens, chefiados por Edward Stafford e acompanhada do índio croatano Manteo, intérprete do grupo. O grupo dirigiu-se para a Ilha Croatoan, lar de Manteo, em busca de pistas sobre os culpados pelo crime. Ali, os croatanos informaram a Stafford que Howe havia sido morto por membros da tribo de Wingina. Como represália, Stafford e doze dos seus homens atacaram a aldeia de Dasamonquepeuc. Só tardiamente tomaram ciência de que os roanokes haviam fugido após o assassinato, temendo a reação dos ingleses, e que os croatanos haviam ocupado a aldeia, para colher o milho abandonado pelos fugitivos.

13. Curiosamente, o índio Manteo culpou o próprio povo por não ter alertado os ingleses para esse possível mal-entendido, e, por sua lealdade, em 13 de agosto de 1587, ele tornou-se simultaneamente o primeiro ameríndio batizado pelo Protestantismo, e também a primeira pessoa a receber um título de nobreza inglês no Novo Mundo, tendo sido nomeado por Sir Walter Raleigh como Lorde de Roanoke e de Dasamonquepeuc. Em 18 de agosto de 1587, outro acontecimento trouxe alegria à colônia: o nascimento da primeira criança de pais ingleses no Novo Mundo, Virginia Dare, filha de Elinor White Dare e neta de John White.

14. Em 22 de agosto, um mês depois da chegada, tornou-se claro que a colônia, para subsistir, precisaria de mais suprimentos com urgência. Alguém teria de voltar à Inglaterra para providenciar isso, e, após um pedido por escrito assinado em peso pelos colonos, John White teve de assumir a empreitada. Antes de partir, porém, combinou com os colonos que, caso estes necessitassem abandonar o forte em virtude de um ataque, deveriam gravar o destino planejado e uma cruz-de-malta numa árvore, para orientar um eventual grupo de resgate. Finalmente, em 25 de agosto, ele zarpou de volta para casa.

15. Cruzar o Atlântico em época tão avançada do ano era um risco considerável, conforme exposto pelo piloto Simon Fernandez. Além disso, quando a frota chegou aos Açores, dos quinze marujos do barco rápido, apenas cinco estavam em condições de trabalhar. A bordo do Lyon, para desespero de White, o piloto Fernandez também parecia não ter a menor pressa de chegar à Inglaterra, preferindo passar algum tempo procurando navios espanhóis para saquear. Apesar das péssimas condições de navegação, White preferiu arriscar-se e seguir com o barco rápido, o qual somente em meados de outubro chegou às costas da Irlanda.

16. Mesmo após chegar à Inglaterra, as provações de White não terminaram. A ameaça da Invencível Armada de Filipe II da Espanha inviabilizou o envio imediato de uma frota de resgate. Embora White houvesse conseguido seis barcos pequenos, apenas após uma longa espera de quatro meses as duas embarcações menores, a barca Brave de 30 toneladas e a pinaça Roe, de 25, foram consideradas inadequadas para o plano de defesa da Inglaterra e liberadas para partir. Todavia, o Brave envolveu-se em combate contra navios franceses maiores e foi obrigado a retornar ao porto de origem. Pouco depois, o Roe tomou o mesmo rumo.

17. A batalha contra a Invencível Armada foi fatal para a ideia de um retorno rápido a Roanoke. Apenas em 15 de agosto de 1590, três anos após sua partida, White pisou novamente nos Outer Banks. No dia seguinte, os ingleses avistaram uma coluna de fumaça saindo da ilha, e supuseram que se tratava de um sinal feito pelos colonos. Todavia, não foi encontrado nenhum vestígio deles ao longo da costa. Em 18 de agosto, aniversário de Virginia Dare, os ingleses chegaram ao local da colônia. Num dos troncos da paliçada que cercava o forte, havia sido gravada a palavra “CROATOAN”, e “CRO”, numa árvore próxima, mas sem a cruz-de-malta que indicaria um ataque inimigo. No interior da paliçada, as casas haviam sido derrubadas e havia uma grande quantidade de implementos metálicos espalhados pelo chão, já cobertos pelo mato.

18. White pretendia velejar até a Ilha Croatoan para verificar se os colonos realmente estavam lá, mas problemas com as embarcações e a ameaça de uma grande tempestade inviabilizaram seu propósito. No dia seguinte, a frota levantou âncora de volta à Inglaterra. White jamais retornou a Roanoke.

19. O fim da colônia de 1587 permanece um mistério, e existem várias hipóteses sobre o destino dos colonos. A principal delas é que eles se dispersaram e foram absorvidos ou pelos índios da região, croatanos ou hatteras, ou por algum outro povo algonquino; teoricamente, isto ainda poderia ser comprovado através de análises de DNA.

20. Em “The lost colony in fact and legend”, de F. Roy Johnson, o co-autor Thomas C. Parramore escreveu: “A evidência de que alguns dos colonos perdidos ainda estavam vivos por volta de 1610 em território Tuscarora é convincente. Um mapa do interior da região do que agora é a Carolina do Norte, desenhado em 1608 por Francis Nelson, residente em Jamestown, é o testemunho mais eloquente neste respeito. Este documento, o assim chamado ‘Mapa Zuniga’, informa que ‘4 homens vestidos com roupas que vieram de roonock’ ainda estavam vivos na cidade de Pakeriukinick, evidentemente um sítio iroquês no Neuse.” Também diz que “por volta de 1609 havia rumores em Londres sobre ingleses de Roanoke vivendo sob o comando de um chefe denominado Gepanocan e aparentemente em Pakerikinick. Foi dito que Gepanocan mantinha quatro homens, dois garotos e uma jovem donzela de Roanoke como artesãos”.


21. Em 10 de fevereiro de 1885, o deputado Hamilton McMillan obteve a aprovação do “Croatan bill”, o qual oficialmente designava a população indígena em torno do condado de Robeson como croatana. Dois dias depois, em 12 de fevereiro de 1885, o “Fayetteville Observer” publicou um artigo a respeito das origens dos índios do condado. O artigo diz declara: “Eles dizem que suas tradições dizem que o povo que chamamos de índios croatanos (embora eles não reconheçam este nome como o de sua tribo, mas somente de uma aldeia, e que eles eram Tuscaroras), sempre foram amigos dos brancos; e encontrando-os empobrecidos e desesperados por jamais terem recebido ajuda da Inglaterra, persuadiram-nos a abandonar a ilha, e rumar para o continente. Eles gradualmente perderam contato com o assentamento original e finalmente fixaram-se em Robeson, quase no centro do condado”.

22. Uma lenda similar afirma que os nativos do condado de Person, Carolina do Norte, são descendentes dos colonos ingleses da Ilha de Roanoke. Com efeito, quando estes índios foram contatados por colonos subsequentes, observaram que os nativos quase falavam inglês e professavam a religião cristã. O grupo também tinha recordações dos bebês nascidos na Ilha de Roanoke e muitos exibiam características físicas dos brancos europeus mescladas com características dos ameríndios. Outros deram um desconto nessas coincidências e classificaram os habitantes do condado de Person como um ramo da tribo saponi.

23. Outros teorizam que a colônia mudou-se em peso e foi destruída posteriormente. Quando o capitão John Smith e os colonos de Jamestown chegaram à Virgínia em 1607, uma das tarefas que lhes haviam sido atribuídas era descobrir o paradeiro dos colonos de Roanoke. Os nativos contaram ao capitão Smith que havia pessoas num raio de cinquenta milhas de Jamestown, que se vestiam e viviam como os ingleses.

24. O cacique Wahunsunacock (mais conhecido como Chefe Powhatan) também falou ao capitão Smith sobre a Confederação Powhatan da Península da Virgínia, e de como esta havia dizimado os colonos de Roanoke pouco antes da chegada dos colonos de Jamestown, porque os ingleses estavam vivendo com os chesepianos, uma tribo que vivia na parte oriental da moderna sub-região de South Hampton Roads e que se recusou a juntar-se à confederação. Evidências arqueológicas encontradas em Great Neck Point, na moderna Virginia Beach, no sítio onde se ergueu a aldeia dos chesepianos, sugerem que essa tribo estava relacionada com os pamlicos, em vez dos powhatans.

25. O Chefe Powhatan alegadamente apresentou vários implementos de ferro ingleses para corroborar sua assertiva. Não foram encontrados corpos, embora houvesse relatos sobre um outeiro funerário indígena na área de Sewell’s Point em Pine Beach, atual região de Norfolk, onde a principal aldeia dos chesepianos, Skioak, pode ter estado localizada.

26. A hipótese tem sido questionada porque, de acordo com “The historie of travaile into Virginia Britanica” (de 1612) de William Strachey, os chesepianos foram eliminados porque os pajés dos powhatan os alertaram que “da Baía de Chesapeake uma nação se levantará, a qual dissolverá e porá fim ao seu império”. Strachey, que chegou na colônia da Virgínia em maio de 1610 com a Third Supply, estava cônscio do mistério dos colonos de Roanoke, mas não fez nenhuma menção a eles no conjunto de seus escritos sobre o destino dos chesepianos nas mãos dos powhatans.

27. Outros ainda especularam que os colonos simplesmente desistiram de esperar e tentaram retornar à Inglaterra por conta própria, perecendo na tentativa. Quando o governador White partiu em 1587, deixou uma pinaça com os colonos e vários barcos pequenos para exploração da costa e mudança da colônia para o continente.

28. Existe quem teorize que os espanhóis destruíram a colônia. Anteriormente, no século 16, os espanhóis destruíram as evidências da colônia francesa em Fort Charles na Carolina do Sul e depois massacraram os residentes de Fort Caroline, outra colônia francesa localizada próxima da moderna Jacksonville, Flórida. Isto, todavia, é improvável, visto que por volta de 1600, os espanhóis ainda estavam procurando a localização da mal-sucedida colônia inglesa, dez anos depois de White ter descoberto que os colonos haviam desaparecido.

29. Em 1998, uma equipe liderada pelo climatólogo David W. Stahle e pelo arqueólogo Dennis B. Blanton usou três cortes de troncos de ciprestes de 800 anos de idade da região da Ilha de Roanoke, na Carolina do Norte, e de Jamestown, na Virgínia, para reconstruir a cronologia de precipitações e temperatura. Os pesquisadores concluíram que os colonizadores da colônia perdida desembarcaram na Ilha de Roanoke no verão do pior período de seca em 800 anos.

30. Os pesquisadores sugeriram que os croatanos que foram mortos a tiros pelos colonos podem ter saqueado a vila abandonada em busca de comida, como consequência da seca. A dramática redução nas fontes de alimentos pode ter ainda forçado os colonos a abandonar Roanoke e tentar a sorte no continente.


31. Em 1998, a East Carolina University organizou o “The Croatoan project”, uma investigação arqueológica dos eventos de Roanoke. A equipe de escavação enviada à ilha descobriu um anel de sinete inglês do século 16, em ouro de 10 quilates (42% de pureza), um mosquete de pederneira e dois farthings de cobre também do século 16 no antigo lugar da capital de Croatoan, a 80 km de distância da antiga colônia de Roanoke.

32. Genealogistas foram capazes de relacionar o leão coroado do sinete à cota de armas dos Kendall e concluíram que o anel muito provavelmente pertenceu a um certo Mestre Kendall que é lembrado como tendo vivido na colônia de Ralph Lane na Ilha de Roanoke, entre 1585 e 1586. Se esse for o caso, o anel representa a primeira conexão material entre os colonos de Roanoke e os nativos da Ilha Hatteras.

33. Desde 2005, uma nova tentativa está em curso através do Lost Colony Center for Science and Research, para usar testes de DNA para provar ou desmentir a afirmação de que alguns sobreviventes da colônia perdida foram assimilados pelas tribos indígenas locais, seja através de adoção ou de escravização. Uma grande porcentagem de sobrenomes dos colonos desaparecidos existe entre membros destas tribos. Além disso, foram descobertas escrituras e testamentos que dão suporte a essa teoria.


A história do Jack o’Lantern, a abóbora mais famosa do Halloween...

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Quem conhece o mínimo de cultura e folclore dos Estados Unidos, sabe muito bem que o Halloween, ou Dia das Bruxas, é uma data muito importante por lá. Há várias abóboras com caras monstruosas enfeitando os jardins, e elas são conhecidas popularmente por vários nomes: Jack o’Lantern, Stingy Jack, Jack Smith ou Drunk Jack. No post de hoje vamos conhecer um pouco sobre a história deste interessante personagem.


Como diz a lenda, há vários séculos, perambulava entre as ruas de cidades e vilas na Irlanda um bêbado conhecido como Jack Smith. Jack era conhecido em toda a parte como um embusteiro, manipulador e outras péssimas qualidades. Em uma noite fatídica, o diabo ouviu sobre as maldades de Jack. Insatisfeito (e com inveja) dos rumores, o diabo foi até a Irlanda para descobrir por si mesmo se Jack merecia ou não ficar vivo.

Típico de Jack, ele estava bêbado e vagando pelos campos à noite, quando ele se deparou com um corpo em seu caminho. O corpo tinha uma careta estranha em seu rosto, e era o diabo. Jack percebeu na hora que este seria o seu fim; o diabo tinha finalmente chegado para recolher sua alma malévola. Jack fez um último pedido: pediu ao demônio que o deixasse beber antes de ele partir para o inferno. Não encontrando nenhum motivo para não consentir o pedido, o diabo levou Jack ao bar local e lhe forneceu muitas bebidas alcoólicas. Após a saciar sua sede de álcool, Jack pergunta se o diabo poderia pagar a conta do bar. Então, convenceu-o a se transformas em uma moeda de prata para que pudesse pagar a conta. Astutamente, Jack colocou a moeda (na verdade o demônio) em seu bolso, que continha também um crucifixo. A presença do crucifixo impediu que o diabo fugisse de sua forma. Coagido, o demônio teve que aceitar a exigência de Jack: em troca da liberdade do diabo, ele só poderia ter a alma de Jack em 10 anos.


Dez anos depois da data em que Jack enganou o diabo, ele se viu novamente na presença do demônio. Mesmo com o acordo de antes, Jack consentiu que era a sua hora de ir para o inferno para sempre. Com o diabo preparado para levá-lo ao submundo, Jack pergunta se ele poderia comer uma maçã para alimentar sua barriga faminta. Tolamente, o diabo mais uma vez atendeu a esse pedido, e então subiu nos galhos de uma macieira nas proximidades. Jack, muito esperto, colocou em torno da base da árvore vários crucifixos. O diabo, frustrado com o fato de que ele foi aprisionado novamente, exigiu a sua libertação. Assim como Jack fez antes, ele fez uma exigência: que sua alma nunca seria tomada pelo demônio. O diabo concordou e foi libertado.


Eventualmente, a vida adulterada e instável teve seus efeitos sobre Jack, pois morreu do jeito que viveu. Porém, logo após a sua morte, ele se deparou diante das portas de São Pedro. Entretanto, como a vida de Jack fora simplesmente uma bebedeira infindável, ele não foi aceito no céu. Jack, triste, foi aos portões do inferno e pediu para entrar no submundo. O diabo, cumprindo sua obrigação com Jack, não poderia ter sua alma. Para assombrar os outros, o demônio deu a Jack uma lanterna feita com nabo oco e carvão, e marcou-lhe como um habitante do submundo. Daquele dia em diante, até a eternidade, Jack está condenado a vagar no mundo entre o bem e o mal, com apenas a lanterna do diabo para iluminar seu caminho.

Você já ouviu falar nos “meninos-peixe” do Peru?! Fato ou farsa?!

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Na cidade de Pucallpa, localizada na província peruana de Coronel Portillo, três irmãos – Samuel, Jesús e George, com 9, 11 e 13 anos de idade – sofrem de uma condição genética extremamente rara e assustadora chamada ectodermia (Síndrome de Christ-Siemens-Touraine ou Displasia ectodérmica hipohidrótica), que os obriga a permanecerem dentro da água para evitar danos à saúde, principalmente à pele, ou então podem acabar morrendo.

A cidade onde eles moram fica no coração da Amazônia Peruana e é muito quente e úmida, fazendo mal a qualquer pessoa que não esteja acostumada ao clima equatorial. Está também localizada próxima à fronteira do Brasil, na borda com o Acre.


Em consequência de uma das características mais nefastas dessa diferença genética, os meninos não têm glândulas sudoríparas (ou, quando os portadores têm elas tais glândulas são atrofiadas, não funcionam). Eles não suam e, por isso, devem ser mantidos em temperaturas abaixo de 20ºC. Nessa condição, residindo em uma região na qual as temperaturas chegam facilmente a 30ºC, os garotos precisam ser molhados a cada dez minutos para poder sobreviver.

A rotina dos meninos chega a ser parecida com a de qualquer criança, mas só em termos. Frequentam a escola com o auxílio de baldes de água colocados próximos a cada um deles, necessários para manter a umidade que não produzem e que, evaporando-se, deveria refrescar e ajudando o metabolismo a manter a temperatura do corpo. Além disso, não podem correr porque isso seca a pele e aumenta sua temperatura. Durante a noite, devem acordar de tempos em tempos para se refrescarem, ou então dormem, os três, numa piscina de plástico.

Além disso, como não suam, os meninos ficam privados desse importante agente de eliminação de toxinas deletérias ao organismo: a sudorese. Em Pucallpa, são conhecidos como os “meninos-peixe”. Olivia Oré, mãe das crianças conta: “Meu bebê chorava muito e eu não sabia o porquê, mas, ao molhar sua cabeça, ele dormiu”. Os três garotos, de idades diferentes, padecem do mesmo mal. Quando vão passear em terra a mãe tem de levar recipientes com água para mantê-los frescos. O casal (o pai, Olímpio Oré) tem duas outras filhas que não portam a anomalia porque esta somente é transmitida a indivíduos do sexo masculino.

A divulgação do caso mobilizou as autoridades da região, especificamente, a Defensoría Municipal del Niño y Adolescente (DEMUNA) de Pucallpa, que disponibilizou todo apoio às crianças. Os garotos foram levados para a capital do país, Lima, onde, no Instituto Nacional de Salud del Niño, poderão receber cuidados mais adequados. O representante do DEMUNA informa que eles não tinham identificação (documentos) então, providenciaram a papelada para que eles tenham acesso ao seguro de saúde integral do país. Os médicos disseram que eles precisam de tratamento especializado.

O ator norte-americano Michael John Berryman (foto abaixo) também é portador da mesma displasia que os meninos-peixe do Peru. Ele desenvolveu uma carreira como ator, trabalhando, geralmente em filmes e séries de terror e ficção científica como “Star Trek: The Next Generation” e “Arquivo X”.


A ectodermia produz malformações na pele, como escamas de peixe e os portadores dessa mutação precisam manter-se em constante contato com a água para sobreviver. Os principais sintomas dessa estranha condição são: ausência de suor, queda de cabelo e má formação dos dentes, que são pontiagudos.

Luzes de terremotos e tsunamis: você já ouviu falar nesse estranho fenômeno?! Fato ou farsa?!

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Há uma situação sobre terremotos e tsunamis que muitas pessoas não sabem e nunca ouviram falar. Há séculos, avistamentos de luzes no céu momentos antes dos grandes terremotos e tsunamis são relatos comuns, mas pouco pesquisados pela comunidade científica. Existe até um verbete da Wikipédia em inglês sobre o fenômeno, chamado de “earthquake lights”, e segundo ele, essas luzes no céu são avistadas próximas a áreas de atividade sísmica ou tectônica e erupções de vulcão. No episódio do fortíssimo tsunami de 2004, que varreu países da Ásia e da África, muitas pessoas relataram terem visto luzes no céu horas antes do ocorrido.

Fenômenos como esse são pratos cheios para os teóricos da conspiração e ufólogos, especialmente porque durante muito tempo a ciência foi incapaz de explicar o que eram aquelas luzes no céu que previam alguns desastres naturais. As luzes, de acordo com os relatos, costumam ter formatos semelhantes aos de auroras, frequentemente são azuladas – mas também se manifestam com um espectro de cores mais variável – e ficam visíveis por períodos de tempo que variam de segundos a dezenas de minutos. Em 2010, o terremoto que atingiu o Chile foi precedido por luzes azuladas no céu parecidas com relâmpagos.



Há na internet vários vídeos mostrando essas luzes de terremotos. Há um vídeo mostrando luzes coloridas no céu cerca de meia hora antes do terrível terremoto que, em 2008, destruiu a região de Sichuan, na China. Verdadeiros ou não, o que importa é que a ciência já reconheceu os fenômenos como verdadeiro, mas pelo menos até recentemente, não era capaz de explicá-los. Mas um estudo publicado na revista “Nature” promete trazer a solução para o mistério.

O geólogo Robert Thériault, do Ministério de Recursos Naturais do Canadá, avaliou dezenas de relatos considerados confiáveis sobre as luzes que datam desde 1600 até os dias de hoje para encontrar padrões e semelhanças. Ele descobriu que 63 dos 65 avistamentos relatados foram feitos perto de falhas geológicas, que nada mais é que uma “fratura” ou descontinuidade no volume da rocha. Durante abalos sísmicos, os dois lados dessa fartura entram em fricção, e o estudo sugere que esse estresse produz cargas elétricas que podem interagir com a atmosfera e gerar as luzes.



A ideia é que esse conhecimento se espalhe e ajude a salvar vidas. Se todo mundo soubesse que luzes esquisitas no céu podem anunciar um terremoto ou uma erupção vulcânica, talvez haja tempo de se abrigar em um lugar seguro. Ainda que frequentemente elas sejam avistadas minutos antes ou mesmo durante os abalos sísmicos, muitos relatos também dão conta de cores no céu até mesmo algumas horas antes dos terremotos.

Em pelo menos um dos casos pesquisados, a luz emanada antes de um terremoto foi usada como sinal de alerta, segundo o estudo. Próximo de L’Aquila, na Itália, em abril de 2009, um homem viu luzes brancas refletindo em seus móveis da cozinha nas primeiras horas da manhã e tirou sua família de casa, por segurança. Duas horas depois, um grande terremoto abalou a região.

A esperança é que este primeiro estudo possa fazer o que a meteorologia, com o tempo de estudos chegou até nossos dias. Poder prever o clima e também a possibilidade de terremotos e alertas de tsunamis horas antes de estes ocorrerem. Apesar de ser um sonho ainda distante, o primeiro passo para a desbanalização do mito Ovni já foi dado.

Erupção do Krakatoa: a tragédia climática que mudou a vida do Homem em todo planeta...

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No dia 27 de agosto de 1883, a Ilha de Krakatoa, localizada no Estreito de Sunda, entre as ilhas de Sumatra e de Java, na Indonésia, na época colônia do neoimperialismo holandês, Simplesmente desapareceu quando o vulcão de mesmo nome, no monte Perboewatan – supostamente extinto – entrou em erupção. É considerada a pior erupção vulcânica da história, e que maiores danos causou. Danos estes colocados como os de maior peso em vários acontecimentos históricos nos cinco continentes, nos sete mares.


Segundo relatos, a sucessão de erupções e explosões durou 22 horas e o saldo foi de mais de 36 mil mortos. Sua explosão atirou pedras a aproximadamente 27 quilômetros de altitude e o som da grande última explosão foi ouvida a cinco mil quilômetros, na ilha de Rodrigues, tendo os habitantes ficado surpresos com o estrondo, supondo significar uma batalha naval. O barulho chegou também até a Austrália, as Filipinas e a Índia.

Os efeitos atmosféricos da catástrofe, como poeira e cinzas circundando o globo, causaram estranhas transformações na Terra, como súbita queda de temperatura e transformações no nascer e pôr do Sol por aproximadamente 18 meses e levando até anos para voltar ao normal. Todas as formas de vida animal e vegetal da ilha foram destruídas. Por causa das explosões, vários tsunamis ocorreram em diversos pontos do planeta. Perto das ilhas de Java e Sumatra, as ondas chegaram a mais de 40 metros de altura.


A cratera do vulcão era monstruosa, possuía aproximadamente 16 quilômetros de diâmetro. O vulcão não parou de cuspir lava e houve ainda outras erupções durante todo o ano. Antes da erupção, a ilha possuía quase dois mil metros de altitude, mas após a erupção a ilha foi riscada do mapa, tendo-se um lago formado na cratera do vulcão, onde hoje vivem várias espécies de plantas e pássaros.

Atualmente, na região da cratera, há uma nova formação rochosa em andamento chamada Anak Krakatau, “Filho do Krakatoa” em indonésio, que já possui mais de 800 metros de altura, sendo que a cada ano aumenta cinco metros aproximadamente, podendo haver mudanças.


Efeitos das estrondosas e escandalosas explosões...
Além de as explosões produzidas pelo Krakatoa terem levado a um barulho estrondoso em várias partes do mundo, a milhares de quilômetros de distância do ponto nevrálgico da situação, os cientistas dizem que, muito provavelmente, o tsunami mais destrutivo registrado na história originou-se da explosão do vulcão, em uma série de quatro explosões que espalharam cinzas pelo mundo e geraram uma onda sentida nos oceanos Índico e Pacífico.

O escritor Simon Winchester descreveu o evento como “o dia em que o mundo explodiu”. Livros de história contam como uma série de grandes ondas tsunami, algumas com altura de quase 40 metros acima do nível do mar, mataram mais de 36 mil pessoas em cidades e aldeias costeiras ao longo do Estreito de Sunda. A maioria das vítimas foi morta pelo tsunami e não pela erupção que destruiu dois terços da ilha. Ondas tsunami geradas pela erupção foram observadas em todo o Oceano Índico, no Pacífico, na costa oeste dos Estados Unidos, na América do Sul e até mesmo no Canal da Mancha. Elas destruíram tudo em seu caminho e levaram para a costa blocos de corais de até 600 toneladas.


Um navio que se encontrava próximo à área do Krakatoa foi arrastado terra adentro, tendo sua tripulação morrido. De acordo com Winchester, corpos apareceram em Zanzibar e o som da destruição da ilha foi ouvido na Austrália e na Índia.

De acordo com os meteorologistas, as cinzas do Krakatoa fizeram a temperatura na Terra cair de 1°C a 2°C, o que comprometeu totalmente o regime de chuvas em todo planeta, levando a uma seca na Europa e comprometendo a agricultura, levando a mais fome e miséria entre os pobres. Foi por isso que neste período da história vamos observar uma série de ondas migratórias de europeus para os Estados Unidos, Brasil, Argentina, África do Sul e Austrália.

Futuro do Anak Krakatoa...
Cientistas afirmam que a nova formação (vulcão) Anak Krakatoa pode ser ainda muito mais poderosa que o antigo Krakatoa. Com a antiga explosão, os três montes foram transformados em um só, criando uma caldeira que chega a 50 quilômetros subterrâneos. Um gigantesco depósito de lava.

Acredita-se que se Anak Krakatoa atingir altura próxima à de seu pai e se uma nova grande erupção daquela dimensão acontecer, parte da população mundial e grande parte de toda a fauna e flora pode morrer. Ele ainda é um vulcão extremamente ativo e quase sempre é colocado em estado de alerta nível 2. Os cientistas não sabem afirmar quando ele vai entrar em erupção crítica, mas já disseram que vai acontecer.


Homens de Preto (MiB) teriam aparecido em aeroporto argentino: fato, farsa ou erro de identificação?!

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O fato aconteceu em um ensolarado domingo de inverno, em 24 de junho de 2012, por volta das 10h da manhã, na cidade de San António de Padua de la Concordia, na província argentina de Entre Rios (mapa abaixo) , no Aeroporto Comodoro Pierrestegui. Várias pessoas que estavam no local testemunharam como positivos e verdadeiros os fatos descritos nesta postagem.


(Há algum tempo publicamos um artigo neste blog falando sobre a história dos “homens de preto”, conhecidos popularmente nos Estados Unidos como “men in black”, ou “MiB”)

Algumas testemunhas recearam acabar sendo ridicularizadas pela imprensa e pela população argentina, então contaram aos ufólogos e demais especialistas utilizando nomes fictícios, como é o caso de Claudia, que contou: “Eu e meu marido observamos um ‘homem de preto’ como os ‘MiB’ junto a um pequeno avião estacionado no pátio de embarque e desembarque deste pequeno aeroporto sem tanta importância para o fluxo de passageiros argentinos”.


De acordo com todas as dezessete testemunhas ouvidas, o homem chamou a atenção não apenas por suas vestes, mas porque era extremamente alto, medindo mais de dois metros de altura, rosto fino, pernas e braços igualmente longos, cabelos cortados e vermelhos, pele muito branca, usava óculos escuros com lentes redondas e seus movimentos pareciam mecanizados, caminhando em passos curtos e robotizados.

Nas palavras das testemunhas, não veio em nenhum automóvel: surgiu do nada, próximo a uma pista de aeronaves carregando duas maletas, uma em cada mão. Aproximando-se de um pequeno avião, colocou dentro dele as maletas e, então, toda a cena simplesmente desapareceu (o homem, o avião, o automóvel).

A ufóloga argentina Silvia Simondini ouviu todas as dezessete testemunhas, desde funcionários do aeroporto a funcionários das pequenas empresas aéreas e civis que estavam ali para transporte. Silvia Simondini passou a investigar o caso e descobriu que as pessoas, mesmo sem se conhecerem, contaram a mesma história com a mesma riqueza de detalhes. Segundo a ufóloga argentina, um detalhe chama atenção: “De acordo com o operador da torre de controle de voos, naquele dia o aeroporto registrou somente uma decolagem, de um avião que seguia para Córdoba, e não era um avião particular; e esse controlador de voo também viu esse pequeno avião ali, mas não há registros de pousos e decolagens dele”, aponta.


Com medo de ter havido alguma espécie de falha mecânica nos equipamentos antigos deste pequeno aeroporto, a investigadora foi até o centro de controle aéreo central, em Buenos Aires, e descobriu que realmente naquele aeroporto interiorano, naquele dia, só houve um voo às 13 horas para Córdoba. Horário diferente das 10 horas da manhã do que relatam as testemunhas do “homem de preto argentino”.

Após ter este panorama, Silvia deu entrevista a uma rádio local comentando o fato incidental. O radialista Matías Hojeman decidiu ir à polícia e fez um boletim de ocorrência sobre o fato, alegando que a população da pequena cidade poderia estar correndo um perigo desconhecido. Isso fez o caso tornar-se regionalmente um grande sensacionalismo jornalístico.

Em entrevista a um grande jornal da província de Entre Rios, a ufóloga comentou porque tentou investigar o caso com maior afinco: “Em 1998, tivemos um caso extremamente idêntico a este, com o mesmo personagem, mas na cidade de Victoria. Parece que está acontecendo no mundo inteiro porque este ‘homem’ é visto em pequenos aeroportos em várias partes do planeta São pessoas [os ‘homens de preto’] que não mantêm contato com os seres humanos e destacam-se pela aparência e modo de andar bem comuns e misteriosos. Não sabemos muito sobre eles mas estão relacionados com algo extraterrestre. Frequentemente estão associados às apariçãos de objetos voadores não identificados. Suspeitamos que se utilizam até de hologramas para criar a ilusão de uma realidade para esconder o que de fato está ocorrendo”.

Jesus Cristo: fatos sobre sua história e de outros profetas mitológicos. Coincidência?!

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Desde 10 mil antes de Cristo aparecem várias comprovações de que diversos povos adoravam o Sol, o grande astro, como um deus. E isso é simples de entender: todas as manhãs ele volta trazendo visão, calor, segurança etc. salvando do frio e da escuridão da noite. Sem ele, as culturas compreenderam que não haveria vida ou agricultura no planeta. Todavia, muitos também estavam com suas atenções voltadas para o céu noturno através das estrelas. Com as constelações, os povos podiam prever acontecimentos astronômicos, como: estações do ano, eclipses e aparecimento de cometas.


A cruz do zodíaco (foto abaixo)é a cruz mais antiga que se tem notícia. Ela representa o trajeto do Sol ao longo do céu no período de um ano; para cada casa, um mês; para cada quatro casas, uma estação do ano. As culturas antigas deram formas humanas e animais às estrelas através de constelações, o que fez surgir uma série de mitos e mitologias sobre o nascimento desses seres celestiais. Assim, o Sol, com seu poder criador e de luz, também acabou tornando-se um importante deus em diversas culturas.



Hórus é o deus-Sol do Egito de cinco mil anos atrás. Ele é o Sol antropomorfizado e sua vida aparece com uma série de mitos que explicam o movimento celeste do astro-rei. E nos hieróglifos aprendemos muito sobre esse “messias solar”, por exemplo: Hórus era o Sol, a claridade, e tinha como inimigo o deus Set, que era o representante da noite, do frio e da escuridão. Assim, para os egípcios antigos, todas as manhãs Hórus ganhava a batalha contra Set, e no final da tarde era a vez de Set ser o vencedor mandando o Sol para a escuridão.

O maniqueísmo do Bem contra o Mal, da luz contra as trevas, tem sido um importante composto ao longo dos séculos para diferentes culturas e religiões. Assim, no geral, a história mitológica de Hórus (foto abaixo) é a seguinte: nasceu no dia 25 de dezembro da deusa-virgem Ísis; seu nascimento foi acompanhado do aparecimento de uma estrela no céu, que guiou três deuses em busca da aceitação do bebê Hórus; aos doze anos já era conhecido pelas suas habilidades e aos 30 anos foi batizado pelo deus Annup; Hórus ainda teve doze deuses-acompanhantes e viajou o Egito Antigo promovendo milagres, curas e adoração, além de ser conhecido por ter andado sobre as águas do Rio Nilo. Hórus também era conhecido no Egito daquela época como: “o cordeiro”, “a luz da verdade”, “a luz da vida” e “bom pastor”. Depois de ter sido traído por um deus, Hórus foi crucificado, enterrado por três dias e então ressuscitou.


Esta história mítica influenciou a mesma narrativa para outros deuses de culturas diferentes. Áthis, da Frígia, nasceu em 25 de dezembro da deusa-virgem Nanna, foi crucificado, ficou morto por três dias e ressuscitou. Krishna, do hinduísmo, também nasceu de uma deusa-virgem, cujo nascimento foi anunciado por uma estrela a deuses indianos, fez milagres e ressuscitou depois da sua morte. Dionísio, da Grécia, nasceu de uma virgem terrena, fazia aniversário também no dia 25 de dezembro, era um mestre peregrino, transformou água em vinho, era conhecido como “rei dos reis” e “alfa e ômega” e após sua morte, ressuscitou. O deus Mitra, da Pérsia, nasceu em 25 de dezembro de uma virgem, teve doze discípulos e fazia milagres notáveis na comunidade, até morrer, ser enterrado e três dias depois também voltar à vida, ressuscitado, era chamado de “a verdade” e “a luz”; curiosamente, o dia sagrado de adoração a Mitra era o domingo.

O importante salientar é que tivemos vários salvadores em lugares diferentes da Terra, mas com uma história igual ou pelo menos parecida. E nisso tudo uma pergunta não se cala: por que esses mesmos atributos em lugares tão díspares e diferentes, às vezes antagônicos? Para entender vamos começar a analisar o messias solar mais conhecido e vitorioso nessa história: Jesus de Nazaré – história que todos nós já conhecemos por vivermos na cultura ocidental judaico-cristã-islâmica.


Em primeiro lugar, a sequência do nascimento de Jesus é totalmente astrológica e astronômica. Na noite do dia 25 de dezembro, no Hemisfério Norte, a estrela mais brilhante do céu é Siris, alinhada para leste com o cinturão de Órion (as Três Marias), conhecido no Oriente como Três Reis, ou Três Magos. Essa constelação aponta para o leste onde o Sol nasce nesta data, por isso teríamos o mito dos reis-magos seguindo Jesus ao nascer.

A Virgem Maria é a representação da constelação de Virgem, constelação também conhecida como “casa do pão”, e a representação da constelação do zodíaco é uma mulher segurando um feixe de trigo colhido fresco, pois o signo aparece no céu justamente na época da colheita no Norte. Por sua vez, Belém é a tradução literal para o hebraico antigo de “casa do pão”. Belém também é como os hebraicos antigos conheciam a constelação de Virgem.

Existe, ainda, outro fenômeno interessante que ocorre em 25 de dezembro. É o solstício de inverno no Norte. Do verão até o inverno o nascer do Sol vai abaixando no horizonte, tornando os dias cada vez mais curtos e frios, até o Sol ir perdendo sua força, praticamente “morrendo” no céu. No inverno vinha o frio, a noite, o fim das colheitas; assim, o deus-Sol perdia suas forças e era traído pelo tempo. Por volta do dia 22 de dezembro, o Sol atinge o ponto mais baixo do horizonte, sendo sua “morte”. É quando algo curioso acontece: o Sol para de se mover por três dias e fica estático perto da constelação do Cruzeiro do Sul (o Sol é “crucificado”). Então em 25 de dezembro o Sol volta a se erguer aos poucos no horizonte, “ressuscitando”, trazendo a perspectiva de calor e a aproximação da primavera. Assim, o Sol é morto na “cruz”, fica enterrado três dias, e volta a vencer as intempéries.


De acordo com os antropólogos e folcloristas, é assim que Jesus de Nazaré e outros tantos deuses do Hemisfério Norte nascem em dezembro, morrem, são enterrados por três dias e depois ressuscitam gloriosamente trazendo luz, conforto e calor. Todavia, a festa da ressurreição destas figuras só acontece no equinócio da primavera, quando nós temos nossa Páscoa, quando a vida volta a verdejar nos campos e as colheitas podem ser preparadas. O dia passa a vencer, aos poucos, a escuridão e a noite vai ficando menor.

Outra analogia importante da mitologia são os doze apóstolos de Jesus. Eles são interpretados como as doze casas do zodíaco, os doze signos, que estão ao redor do Sol e ao redor de Jesus. Outro fato é que o número 12 está muito presente na Bíblia: doze tribos, doze apóstolos de Jesus, doze filhos de Jacó, doze juízes de Israel, doze grandes patriarcas, doze profetas, doze reis de Israel, doze príncipes de Israel etc. Voltando à cruz do zodíaco, o elemento central da vida é o Sol, e nela encontramos no símbolo central a cruz. Assim, a cruz não é um elemento cristão, mas uma adaptação da cruz zodiacal.

Por isso nas suas primeiras representações, Jesus sempre aparece com a cabeça numa cruz com auréola. Jesus é o Sol, o elemento central desta cruz de doze homens importantes representando os signos do zodíaco. Sua coroa de espinhos, às vezes, é interpretada como sendo os raios solares. Em todo Novo Testamento vemos as observações apontando Jesus para o céu, como o imponente Sol, assim como os textos egípcios faziam por Hórus.


Outro conceito importante no Novo Testamento é o de “eras”. Através de vários versículos bíblicos há muitas referências a essa “era” vindoura. Para compreendermos um pouco precisamos entender um fenômeno chamado precessão dos equinócios; os egípcios foram os primeiros a compreender que a cada 2.150 anos a primavera acontecia em uma casa zodiacal diferente. Isso tem a ver com a lenta oscilação da Terra sobre seu próprio eixo. É uma precessão porque o zodíaco, neste fenômeno, roda de trás para frente. Todo esse fenômeno ocorre a cada 26 mil anos, conhecido pelos babilônios como “grande ano”. Assim, cada 2.150 anos formata uma “era”.

De 4300 a.C. até 2150 a.C. tivemos a era de Touro, de 2150 a.C. até 1 d.C. temos a era de Áries, e de 1 d.C. até 2149 é a era de Peixes, a que estamos vivendo, e por volta de 2115 até 4300 vamos viver na era de Aquário, a nova era. Assim, a Bíblia fala claramente de três eras; no Velho Testamento, Moisés se irrita ao ver seu povo adorando um bezerro de ouro, que estava em voga por aquela era ser a de Touro, adorado pelos caldeus. Moisés representava a nova era, de Áries, o novo tempo; esta é a razão de os judeus usarem o shofar, o chifre do carneiro para os anúncios (está tudo na Bíblia). Mitra é um deus pré-cristão que segue na mesma linha em sua mitologia histórica: mata o touro com a ajuda de um carneiro.

Agora Jesus é o portador da era seguinte a Áries, a nova era, o novo tempo, a era de Peixes. O simbolismo de peixes é muito presente no Novo Testamento; assim como Jesus alimenta o povo com cinco pães e dois peixes (a constelação de Peixes é representada como dois peixes) e é acompanhado em seu ministério por dois pescadores irmãos. Poucos compreendem o símbolo de Jesus como um peixe, mas é uma lembrança de que ele é a nova era, a nova vida. Um assunto astronômico e astrológico.


É importante notar que o nascimento de Jesus, por volta de 4 a.C., é justamente o tempo quando começa a era de Peixes. Outro ponto interessantíssimo é que Jesus fala aos discípulos que seguissem, no futuro, o carregador de água, uma forte referência à era de Aquário (a constelação é representada como um homem que carrega um jarro). Desta forma, o apocalipse poderá acontecer somente nesta nova era, a partir do ano 2115.

As semelhanças entre Jesus Cristo e o deus Hórus são gigantescas. Historiadores, antropólogos e folcloristas enumeraram mais de 200 equiparações entre as duas histórias. Não podemos afirmar que Jesus tenha sido um mito vitorioso, presente até os dias de hoje, mas temos uma história no mínimo curiosa.

As curiosas Luzes de Marfa: fato ou farsa?!

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As Luzes de Marfa, também conhecidas como Luzes Fantasmas de Marfa, têm sido observadas próximo à Rota 67, próximo à cidade de Marfa, no Texas (mapa abaixo). Elas ganharam fama internacional como um fenômeno paranormal entre os parapsicólogos e ufólogos, colocando essas tais luzes como fenômeno fantasma e/ou extraterrestre.


Histórico do fenômeno...
A primeira vez que as luzes são citadas é na revista “Coronet Magazine”, na edição de julho de 1957. A matéria cita que desde meados do século 19 há avistamentos destas estranhas luzes na localidade. Relatórios descrevem brilhantes esferas incandescentes, do tamanho de bolas de basquete, flutuando acima do solo. As cores são as mais variadas: branco, amarelo, laranja, vermelho, verde, mas azul é a cor mais comum. As bolas de energia pairam sobre o ar na altura dos ombros de um homem mediano, e movem-se lentamente para frente e para trás, como se estivessem seguindo o vento. Também segundo os relatórios, aparecem em pares ou em pequenos grupos, se dividindo e se fundindo, aparecendo e desaparecendo rapidamente. Outros relatos de pesquisadores convocando testemunhas já conseguiram um padrão: as Luzes de Marfa aparecem de 10 a 20 vezes por ano.


De acordo com as pessoas que afirmam terem visto as tais luzes misteriosas, elas podem aparecer a qualquer hora da noite, geralmente ao sul da Rota 90 e a leste da Rota 67, a uns quinze quilômetros da cidade de Marfa, no Texas, em direções imprevisíveis e distâncias aparentes. Elas aparecem em frações de segundos ou durar horas. Evidentemente, não existe nenhuma conexão entre as Luzes de Marfa e qualquer outra luz noturna, o que intriga os pesquisadores. Eles aparecem em todas as estações do ano e em qualquer tempo. Elas às vezes têm sido observadas durante o crepúsculo da tarde até o início da madrugada, quando a paisagem é pouco iluminada e torna-se mais fácil de serem observadas.

O mais interessante é que os mapas turísticos do Texas já colocam as Luzes de Marfa como um ponto de interesse, e a cidade criou até uma plataforma para que os interessados possam assistir ao “espetáculo sobrenatural”, geralmente frequentado mais por ufólogos e paranormais que pesquisam os fenômenos há anos.


Possíveis explicações...
A maioria das pessoas associam tais luzes a fenômenos paranormais, e não fenômenos alienígenas; outras dizem que essas luzes são reflexos distantes de automóveis e tratores, luzes de fazendas etc. Os céticos apontaram que a 14 quilômetros do local onde há tais avistamentos estranhos existe uma base militar norte-americana, o que explicaria a ocorrência de luzes como reflexos dos holofotes da base. Os ufólogos creem que exista uma estreita relação entre as Luzes de Marfa e essa base militar, numa suposta associação entre aliens e o governo norte-americano. Já entre os físicos especialistas em fenômenos de óptica, a explicação dominante é que as luzes são uma espécie de miragem provocada por gradientes de temperatura acentuadas entre as camadas quentes e frias de ar. Marfa está localizado a uma altitude de 1.429 metros acima do nível do mar, e diferenciais de temperatura de 28 a 33 graus Celsius entre alta e baixa temperatura são bastante comuns.

Pelo menos quatro estudos empreendidos em 1965, 1977, 1987 e 2004 apontaram que luzes de automóveis podem alcançar o local de avistamento das luzes, esse reflexo pode ser potencializado pela neblina próxima ao asfalto. Os estudos também disseram que reflexos dos faróis da Rota 67 podem alcançar o ponto de vista onde as pessoas afirmam ter maior “atividade paranormal das luzes”. O estudo de 2004, claro, foi o mais preciso por usar maior número de tecnologias variadas; este relatório teve as seguintes conclusões:


- As luzes da Rota 67 são bem visíveis do ponto de visualização das Luzes de Marfa;
- A frequência das luzes está diretamente relacionada ao tráfego na Rota 67. Ou seja, se há muito tráfego, as luzes aparecerão em maior número e intensidade;
- O movimento que as tais Luzes de Marfa faz está diretamente relacionado ao caminho que os veículos fazem na Rota 67;
- Quando há engarrafamento na referida estrada, as luzes também param de se movimentar e se concentram nos pontos, pois os veículos estão parados.

Em 2008, a Universidade de Dallas começou um estudo que não foi concluído pela falta de verbas do governo do texano. Entretanto, de acordo com os responsáveis por este estudo, as primeiras conclusões eram as mesmas deste estudo em tópicos acima. Ou seja, as Luzes de Marfa são uma espécie de reflexo distante das luzes dos carros numa autoestrada em meio à neblina comum na região por causa de sua altitude. Não é um fato ou uma farsa, mas sim um simples erro de identidade que fez muitas pessoas acreditarem piamente no sobrenatural.


O mistério envolvendo a figura do Papa João XX: fato ou farsa?!

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Ao consultar com bastante atenção a lista sucessória de papas, constata-se que nunca houve nenhum João XX, nem como papa, nem como antipapa. Esse é motivo de uma série de teorias conspiratórias envolvendo o feminismo e a Igreja católica; tema de filmes, seriados, romances e livros de história teológica. De acordo com os especialistas no tema, se tivesse existido, João XX teria tido que governar, logicamente, entre os pontificados de João XIX (1024 a 1032) e João XXI (1276 a 1277); muito provavelmente este último deveria ser considerado João XX, e os seus sucessores com nome João teriam sido igualmente renumerados, o que faz aumentar ainda mais o número de teorias contra o catolicismo.


De acordo com vaticanistas, a ausência do Papa João XX da lista dos papas explica-se por um erro de contagem dos papas João que o precederam. Assim, alguns historiadores papais dos séculos XI e XII julgaram ter existido um papa chamado João entre o Antipapa Bonifácio VII (984 a 985) e o Papa João XV (985 a 996); assim sendo, as séries numéricas dos papas João XV a João XIX foram incorretamente numeradas de XVI a XX.

Foi com base nesse pressuposto que o português Pedro Hispano, ao ser eleito para o trono de São Pedro, adotou o nome de João XXI; logicamente, os dois remanescentes papas chamados João (João XXII e João XXIII), foram assim também numerados devido a essa confusão de terem existido vinte Papas João antes do papa português.


Desta maneira, para os vaticanistas, o Papa João XX foi desta forma extirpado da lista dos papas, mas como a numeração dos subsequentes já se encontrava firmemente estabelecida desde há séculos (tendo todos eles assumido o numeral respectivo a quando da subida ao sólio pontifício), é pouco provável que qualquer retificação possa vir a ser feita.

Teorias da conspiração em cena...
Essas explicações não são suficientes para explicar um erro tão grande que vem se perpetuando há muitos séculos. Para alguns conspiracionistas, essa descontinuidade na numeração explicaria a existência da hipotética Papisa Joana, que teria governado sobre o Vaticano como um homem, sob o nome de João, justamente no período entre os papas João XIX e João XXI. A Igreja, entretanto, nega tais informações e dizem que a história da suposta papisa foi inventada na Alemanha pré-Reforma justamente para macular a imagem do catolicismo.

Ufologia: relatando o clássico caso do Forte de Itaipu, no Brasil...

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O caso do Forte de Itaipu é um dos clássicos dos estudos da ufologia em todo mundo, atraindo os olhos de muitos especialistas em todo mundo, até os dias de hoje. Refere-se a um suposto ataque alienígena a dois sentinelas no Forte de Itaipu, na cidade de Praia Grande, no litoral do estado de São Paulo, no dia 04 de novembro de 1957. Embora os dois estivessem armados com submetralhadoras, misteriosamente não atiraram contra o agressor nem soaram o alarme para alerta de todo forte.


Sequência dos misteriosos eventos...
Por volta das duas horas da manhã, dois sentinelas do forte notaram um brilho intenso no céu e perceberam que se tratava de um objeto descendo em altíssima velocidade em direção ao forte. A uns 300 metros do forte o tal objeto parou no ar, e nessa proximidade os sentinelas puderam ver que o objeto voador não identificado era circular, com cerca de 30 metros de diâmetro.

Repentinamente, o Ovni começou a emitir um forte zumbido, e uma intensa onda de calor atingiu os sentinelas, embora não houvesse nenhuma chama ou luz visível. As roupas deles se incendiaram, e um deles desmaiou. O outro se protegeu debaixo de um canhão. Seus gritos alertaram as tropas que estavam por ali, mas a energia elétrica caiu antes que pudessem reagir.

Um minuto depois, a energia voltou assim que a onda de calor cessou. Alguns soldados conseguiram chegar a tempo de ver o suposto disco voador rumando ao céu. Os sentinelas queimados foram levados para dentro e receberam atendimento médico. O comandante do forte enviou uma mensagem ao quartel general do exército brasileiro.


Como os Estados Unidos detinham mais conhecimento sobre Ovni’s, as autoridades brasileiras pediram que a embaixada americana ajudasse nas investigações. Membros do exército brasileiro e da força aérea americana foram para o forte, com mais alguns investigadores da força aérea brasileira. Os investigadores ouviram os sentinelas e discutiram sobre o que teria levado o Ovni a atacá-los.

Até hoje, não houve uma resposta oficial para o caso. Um oficial da força aérea americana, buscando a razão que levou o Ovni a atacar os sentinelas, lembrou-se de um relatório do Projeto Sign, no qual membros disseram acreditar que uma raça avançada esteve observando a Terra. Sobre o caso, ele afirmou:

Tal civilização poderia observar que na Terra nós possuímos agora bombas atômicas e estamos aperfeiçoando rapidamente os foguetes espaciais. Em vista da história pregressa da humanidade – guerra frequentes mostrando uma raça humana beligerante – eles devem ter ficado alarmados. Nós deveríamos, portanto, esperar nessa época principalmente, receber tais visitas. De acordo com isso, o principal objetivo dos alienígenas seria vigiar os nossos aperfeiçoamentos espaciais, temendo que possamos nos tornar uma ameaça para outros planetas. Se essa hipótese for exata, ela pode ser ampliada para ligar o lançamento dos Sputiniks com o ataque ao Forte Itaipu. Porém, isso pareceu absurdo para todos os investigadores. Significaria que os alienígenas estariam preocupados com os nossos primeiros passos no espaço, e por espaçonaves pequenas tão primitivas que pareceriam uma canoa comparada com um transatlântico. Isso significaria também que aquelas queimaduras tinham a finalidade de demonstrar as armas superiores que eles poderiam usar contra os exploradores agressivos vindos da Terra. Porém, nós estávamos ainda longe do voo espacial tripulado, até mesmo para a Lua. Pela lógica humana, nós não poderíamos ameaçar uma nave espacial superior – agora e nem depois”.


Em 2008, um documento relatando o incidente foi escrito na embaixada brasileira nos Estados Unidos. E até hoje o caso é um clássico da ufologia sem respostas.

Profecias e premonições sobre mortes: fato ou farsa?!

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Na noite de 11 de abril de 1865, Abraham Lincoln (foto abaixo) recebia convidados na Casa Branca. Apesar de Robert Lee ter se rendido no tribunal de Appomattox apenas dois dias antes e a Guerra de Secessão estar praticamente ganha pelo norte, o presidente americano estava triste. Os convidados passaram a falar de sonhos, e Lincoln comentou que eles eram muito citados na Bíblia, acrescentando: “Se acreditamos na Bíblia, temos de aceitar a ideia de que antigamente Deus e os anjos surgiam e se manifestavam em sonhos”. Contou então um sonho que tivera e que o incomodava há vários dias.


No sonho, Lincoln percorre os cômodos da Casa Branca, que estava tomada por um silêncio mortal, quebrado apenas pelo som de soluços. O presidente acabou entrando na Sala Leste, onde viu um caixão num estrado alto guardado por soldados e cercado por pessoas enlutadas. Perguntou a um guarda quem havia morrido e ouviu que o presidente fora assassinado. Nessa altura, Lincoln ouviu um terrível lamento e acordou. “Não consegui mais dormir e, embora fosse apenas um sonho, fiquei muito perturbado”, disse ele aos convidados. Três dias depois, Lincoln foi atingido a tiros por John Wilkes Booth, quando assistia a uma peça de teatro em Washington, e morreu às 7h22 da manhã seguinte.

Prevendo a própria desgraça...
Existem, claro, argumentos racionais que podem explicar fenômenos desse tipo – por exemplo: Lincoln sabia que aqueles que apoiavam o sul na Guerra de Secessão, vencido, tinham ódio dele e havia bons motivos para temer um assassinato em emboscada. Mesmo assim, há histórias que não são fáceis de explicar. Uma delas ocorreu no século 18, com o plantador de fumo Robert Morris, cujo filho e homônimo ficou conhecido como “o banqueiro que financiou a Revolução Americana”. Morris tentou cancelar a inspeção de um navio de guerra depois de sonhar que fora morto pelo tiro de um dos canhões da embarcação. Acabou se convencendo a ir, mas só quando o capitão do navio prometeu que os canhões dariam as salvas depois que ele estivesse seguro em terra. O grupo de Morris inspecionou o navio e estava voltando para terra quando o capitão levantou o braço para afastar uma mosca. Um canhoneiro confundiu o gesto com a autorização para as salvas; Morris foi atingido por estilhaços e morreu conforme tinha previsto no sonho.

Um caso mais antigo ainda trata de um membro ilustre da família italiana Sforza, o qual sonhou em 1523 que morrera afogado. No dia seguinte, passando perto do castelo de Pescara, viu uma criança cair no rio e mergulhou para tentar salvá-la. Mas o peso da armadura que usava fez com que afundasse, e ele morreu. Morreu afogado conforme havia sonhado dias antes.


Mensageiro da morte...
Outro caso de morte vista em sonho foi na Londres do século 18. No dia 24 de novembro de 1779, Thomas Lyttelton, um nobre de 35 anos, teve o sono perturbado pouco depois da meia-noite pelo som parecido com o de um pássaro preso entre as cortinas do dossel da cama. Viu então uma mulher de branco apontando para ele, acusadora, e dizendo que morreria três dias depois.

A história logo circulou pelos cafés da cidade a à previsão de morte do jovem lorde se tornou o tema das conversas. Ele estão se recolheu à sua casa de campo para passar os três dias de prazo. Quando os ponteiros do relógio chegavam ao final do dia 27 de novembro, ele sentiu um alívio, pois estava se sentindo muito bem. Foi para o quarto às onze da noite, certo de que não tinha o que temer. Seu criado o ajudou a trocar de roupa e saiu do quarto, voltando minutos depois para encontrar o patrão passando mal. Antes que o relógio marcasse meia-noite, Lorde Lyttelton tinha morrido. Teve um ataque cardíaco, e o aviso se confirmou.

O aviso de morte nem sempre chega por sonho. Outra pessoa famosa que previu o próprio fim foi o conhecido escritor norte-americano Mark Twain. Ele disse a um amigo que, como havia nascido num ano em que o Cometa Halley passou perto da Terra, esperava morrer na próxima passagem. E assim foi. Twain morreu no dia seguinte à volta do cometa, 75 anos depois, em 20 de abril de 1910.


O compositor Arnold Schöenberg era supersticioso com números, principalmente com o 13. Convenceu-se de que morreria aos 76 anos de idade, pois é a soma do número 13. No final de 1950, aos 76 anos, esperava com apreensão o dia 13 de cada mês. Em julho de 1951, quando caiu numa sexta-feira 13, ele resolveu não sair da cama, mas o cuidado não adiantou. Schöenberg morreu faltando exatos 13 minutos para a meia noite!

Previsão de morte de outra pessoa...
A previsão da própria morte pode se confirmar porque, claro, o estresse causado pelo medo pode acabar causando um ataque cardíaco mortal. Por isso, prever a morte de outra pessoa é mais difícil de explicar, mas tais premonições aparecem em todas as culturas.

Um exemplo clássico deste tipo de previsão está na obra de Nathaniel Wanley, “Maravilhas do pequeno mundo”, um interessante livro publicado em 1788. Conta a história de um cavalheiro inglês que morava em Praga e acordou um dia com a certeza de que o pai tinha falecido na Inglaterra. Ficou tão assustado com o realismo do sonho que anotou a hora e os detalhes numa agenda, que guardou numa caixa com outros documentos e mandou para a Inglaterra. Logo soube do falecimento do pai, e quatro anos depois voltou para seu país, onde reuniu as irmãs e alguns amigos da família para assistir à abertura da caixa. As pessoas puderam então confirmar que o dia em que anotou o sonho tinha sido, mesmo, o dia da morte do pai.

Segundo o autor do livro, o mesmo cavalheiro dizia ter previsto junto com o irmão a morte da mãe, anos antes de ocorrer. Quando eram estudantes, os dois sonharam juntos na mesma noite que a mãe lastimava não poder comparecer à formatura dos filhos em Cambridge. A se acreditar na história, uma “premonição” pode ter vida independente e ser experimentada por mais de uma pessoa.

Visões que salvam vidas...
Às vezes, a premonição pode salvar vidas. Há muitos relatos de pessoas que escaparam da morte por acidente graças a um sonho ou uma intuição. Nesse caso, há também exemplos bastante curiosos, inclusive do poeta renascentista Francesco Petrarca. Um amigo dele estava muito mal de saúde, e Petrarca sonhou com o doente avisando que receberia a visita de uma pessoa que poderia ajudar muito a salvá-lo. Pouco depois, o poeta acordou e ouviu alguém batendo à porta: era o médico do amigo avisando que o doente estava bastante mal. Graças ao sonho, Petrarca pediu ao médico que não perdesse a esperança e voltasse à cabeceira do doente. Depois de algumas providências, o doente se recuperou.

Um caso ocorrido na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) sugere que acontecimentos maiores do que a morte de um indivíduo podem aparecer em sonhos. É a curiosa história de um cabo alemão de 28 anos, em serviço na região francesa de Somme, que não estava conseguindo dormir no abrigo que dividia com 12 companheiros. Sonhou que estava soterrado sob toneladas de terra e um anjo o avisava de mau agouro e, ao acordar, achou que poderia ser um aviso, embora na hora houvesse uma trégua no frequente bombardeio das artilharias às trincheiras imundas e cheias de água e feridos. Aproveitando a trégua, o cabo saiu para pegar ar puro. Curiosamente, assim que saiu, ouviu o silvo da granada. Virou-se e viu que ela caíra bem na trincheira onde estava. Quase todos os seus companheiros morreram na hora, e ele seria um deles se não tivesse saído de lá avisado pelo anjo no sonho. Nesse caso, a própria história nos conta que poderia ter havido outro rumo, pois o jovem cabo era Adolf Hitler!


Fatos, farsas e curiosidades envolvendo Calígula, o imperador romano...

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Hoje vamos falar algumas curiosidades e desmistificar algumas histórias envolvendo Caio Júlio César Augusto Germânico, mais conhecido popularmente pelo seu apelido: Calígula. Um dos imperadores mais famosos e cheios de histórias do Império Romano. Regente de Roma de 37 d.C. até 41 d.C., teve um governo de curto período mas suficiente para muitas polêmicas históricas.


1. O nome “Calígula” significa, do latim, “Botinhas”, posta pelos soldados das legiões comandadas pelo seu pai, que achavam graça em vê-lo vestido de legionário com pequenas botinhas nos pés para proteção.

2. Após a morte de seu pai, a família de Calígula passou por uma série de mortes bastante misteriosas. Vários historiadores dão a autoria desses crimes ao próprio Calígula, que tinha total interesse em herdar o trono romano, pois o imperador anterior a ele era seu tio.

3. Os exageros no jeito de governar fizeram uma crise econômica de enorme gravidade, principalmente por conta das suas reformas urbanísticas de Roma e das cidades vizinhas, cujo objetivo era mostrar opulência do seu governo, que culminou em falta de dinheiro no governo e fome.

4. Uma das loucuras de Calígula foi durante a campanha do exército romano na Grã-Bretanha, pois em vez de mandar lutar, o imperador ordenou que as legiões catassem conchas das praias e levassem para Roma as mais bonitas para uma coleção particular de Calígula.

5. Um dos escândalos mais proeminentes, de acordo com os historiadores, foi o fato de Calígula manter relações sexuais incestuosas com suas irmãs, obrigar seus cunhados a fazerem sexo com ele e prostituir a mãe e as irmãs, sendo o cafetão delas recebendo uma porcentagem de cada programa.

6. Existem poucas fontes sobreviventes que descrevam o seu reinado, nenhuma das quais refere de maneira favorável. Pelo contrário, as fontes centram-se na sua crueldade, extravagância e perversidade sexual, apresentando-o como um tirano demente.

7. Até os três ou quatro anos de idade acompanhou o pai nas incursões do norte da Germânia, tornando-se o “mascote” da legião, chegando a aprender a matar e a se defender com essa tenra idade. É nesse período que ganha o apelido que o eternizou: “Calígula”, ou “Botinha”. Depois de grande, ao que tudo indica, ele passou a odiar esse apelido, muito usado por seus adversários políticos.

8. De acordo com muitos historiadores especializados em Roma Antiga, Calígula era um “ótimo ator”. Ou seja, sabia atuar como falso aliado e agente duplo entre aqueles que sabia ser de moral duvidosa. Foi desta maneira que conseguiu se libertar da prisão domiciliar que vinha sofrendo há seis anos, desde a morte do pai e dos avós.

9. Os historiadores escrevem que Calígula armou uma forte coalizão de políticos ao seu redor para que ele conseguisse subir ao poder como imperador, uma vez que, aos poucos, foi galgando espaço entre os imperadores e, por sua atuação, ganhando a simpatia dos generais das legiões. Alguns psicólogos e psiquiatras veem nesse comportamento do nosso personagem um grave toque de psicopatia social.

10. Diz a história que quando Calígula subiu ao trono, foi extremamente aclamado por todo o povo, desde os generais do exército e os aristocratas até o povo mais humilde e escravos, pois prometera uma série de reformas. Durante sua aclamação, por já ser conhecido pelo exército como pequeno mascote e por ser muito novo, foi chamado em coro nas ruas de Roma como “Nosso bebê”.


11. Os primeiros atos de Calígula como imperador foram generosos com o povo e o exército embora. O imperador concedeu à guarda pretoriana e às tropas urbanas e fronteiriças uma generosa recompensa pelos serviços prestados, a fim de ganhar o apoio do exército. Destruiu os documentos nos quais ficaram registrados os nomes dos acusados de traição durante o mandato de Tibério, declarou que os juízos por traição eram coisa do passado e chamou para Roma os exilados.

12. Logo depois de ser nomeado como imperador, Calígula caiu gravemente doente. De acordo com os historiadores da época, todos entraram no mesmo consenso: o governante acabou amigo dos excessos: muita comida, muita gordura, muita bebida, muito fumo, uso de drogas etc.

13. Curiosamente, após recobrar a saúde, Calígula ordenou assassinar várias pessoas que prometeram as suas vidas aos deuses se o imperador se recuperava. Forçou a cometer suicídio àqueles exilados durante o seu reinado: a sua esposa; o seu sogro, Marco Silano; e o seu primo, Tibério Gemelo.

14. Em 38, a administração de Calígula focou-se nas reformas públicas e políticas que precisava o império. Foi publicado um documento com os registros das despesas que realizara o imperador, algo nunca feito durante o reinado de Tibério; os afetados pelos incêndios foram ajudados; foram abolidos certos impostos; e impulsionados os eventos desportivos. Também foram admitidos novos membros nas ordens senatorial e equestre. Talvez o mais significativo deste período seja a volta das eleições democráticas.

15. A política de Calígula, pontuada pela generosidade e a extravagância, esgotou as reservas financeiras do Império. Os historiadores antigos afirmam que Calígula reagiu acusando falsamente alguns senadores e cavaleiros para multa-los e até mesmo executá-los com o propósito de se apoderar do seu patrimônio. Com o objeto de fazer face à crise, Calígula pôs em funcionamento uma série de medidas desesperadas, algumas das quais são descritas pelos historiadores; como pedir dinheiro ao povo nos atos públicos. Estabeleceu novos impostos nos juízos, casamentos e prostíbulos, e implementou leilões pela venda dos gladiadores nos espetáculos.

16. Uma das excentricidades do governo de Calígula foi ter feito a população romana passar fome enquanto os barcos que eram usados para abastecimento de cereais passaram a ser usados simplesmente como pontes flutuantes.

17. Outro ponto alto é que, no meio da crise alimentar pela qual a capital do império passava, Calígula desprendeu esforços para a construção de infraestruturas particulares, como palácios de amigos e aliados políticos, portos privados para comércio com o Egito, construção de anfiteatros e de teatros fechados, além de casas de banho.

18. Além disso, o imperador tinha um lazer extremamente extravagante. Além de prostituir a mãe e as irmãs, e fazer sexo com seus cunhados depois de longas bebedeiras, mandou construir circos em todo império e, no Lago Nemi, mandou montar as duas maiores embarcações da sua época para poder desfrutar o verão no leito do lago como os ricos fazem em suas enormes lanchas iates de vários pés.

19. Outro ponto nevrálgico da história do nosso personagem no post de hoje é que ele era extremamente vingativo, e por isso mandou executar vários políticos, senadores, supostos aliados e, principalmente, os seus inimigos causando a revolta do Senado Romano, que se sentia coagido com um imperador à beira da loucura.

20. Em 40, Calígula desenvolveu uma série de políticas muito controvertidas que fizeram da religião um importante elemento do seu papel político. O imperador começou a realizar as suas aparições públicas vestido de deus e semideus, como Hércules, Mercúrio, Vênus e Apolo. Referia a si mesmo como um deus quando comparecia ante os senadores, e ocasionalmente aparecia nos documentos públicos com o nome de Júpiter. Erigiu três templos dedicados a si mesmo.


21. Durante a governança de Calígula, ele teve que enfrentar várias revoltas populares de cunho religioso, além de gravíssimas conspirações do exército e dos demais políticos. Uma das revoltas mais proeminentes foi a do Egito, quando gregos e judeus se recusaram insistentemente a adorarem Calígula como um deus.

22. Os historiadores contemporâneos ao imperador colocam Calígula como uma pessoa demente, vaidoso, caprichoso, debochado, tarado e enfermo sexual. Foi acusado de estuprar as mulheres de seus ministros e fazer sexo com seus cunhados, além de matar por pura diversão.

23. De acordo com outras fontes históricas da época, Calígula tinha um temperamento muito forte, “pavio curto”, era esquentado e de poucos amigos. Em relação à sua fisionomia, era alto, grande, pernas grossas, olhos fundos, poucos cabelos, testudo, corpo peludo, rosto feio e era extremamente feroz com qualquer um.

24. Outras histórias também são incomuns, tais como: mandar legiões para exercícios irreverentes (como catar conchinhas na praia na Grã-Bretanha), prostituir a família, transformar o palácio em um bordel, além da história mais famosa de todas envolvendo o seu nome: o imperador quis nomear o seu cavalo, Incitatus, cônsul e sacerdote.

25. Segundo Josefo, as ações do imperador desencadearam uma série de conspirações na sua contra, até finalmente ser assassinado; no mesmo, viram-se envolvidos os integrantes da guarda pretoriana, liderados por Cássio Querea. Embora o complô fosse concebido somente por três homens, é provável que muitos senadores, soldados e equites estivessem a par do mesmo e, de certa forma, envolvidos.

26. Apesar da fama de louco, das crises políticas e econômicas, a morte de Calígula através do seu assassinato mostrou como o exército permanecia leal a ele, impedindo a instauração da república, e a população pediu nas ruas de Roma que os responsáveis pela morte do imperador fossem condenados à morte.

27. Das poucas fontes sobreviventes, não existe nenhuma que ofereça uma visão favorável do imperador. A escassez e parcialidade dessas fontes deu lugar a importantes lacunas a respeito do seu reinado. Dos seus dois primeiros anos no trono não sobreviveu praticamente nada e, além disso, os importantes eventos acontecidos durante o seu reinado, tais como a anexação da Mauritânia, a campanha na Britânia e as diferenças com o senado, não foram descritas devidamente.

28. Suetônio escreve que Calígula padeceu epilepsia quando era novo. Os historiadores modernos teorizaram que o imperador vivia com um profundo e contínuo medo a sofrer um ataque associado à sua doença. Apesar de que aprender a nadar era parte da educação imperial, o imperador não o fez, pois os epiléticos podem sofrer ataques causados pela luz que se reflete na água. Também é dito dele que falava com a lua cheia, e a lua é relacionada ocasionalmente com a epilepsia. Muitos historiadores defenderam que Calígula padecia hipertiroidismo.


Você já ouviu falar na conspiração americana conhecida como “Business Plot”? Fato ou farsa?

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O chamado “Business Plot” – também conhecido como “Complô dos empresários”, “Complô contra o presidente Roosevelt” ou “Putsch da Casa Branca” – foi uma conspiração política de 1933 contra o presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt (foto abaixo) e seu New Deal, envolvendo os grandes negócios. Na época, o general reformado Smedley Butler alegou que empresários ricos estavam tramando criar uma organização fascista com veteranos e usá-la num golpe de estado para derrubar o presidente Roosevelt, sendo que Butler teria sido convidado para ser o líder dessa organização. Em 1934, Butler prestou declaração a um comitê do Congresso a respeito destas alegações. Na opinião do comitê, essas alegações eram verídicas. Ninguém foi punido.


Embora os historiadores ainda não tenham chegado a um consenso a respeito da elaboração do golpe, a maior parte concorda que um esquema vago de conspiração foi contemplado e discutido. A mídia contemporânea não deu crédito ao complô, afirmando que Butler havia disseminado uma grande mentira. Entre as corporações e bancos mencionados no processo estavam: DuPont, National City Bank, JPMorgan Chase e Goodyear. Essas referências foram suprimidas nas publicações oficiais do comitê pela força do capitalismo financeiro crescente na época.

A eleição de Roosevelt foi perturbadora para muitos empresários conservadores da época, pois estes temiam sua campanha de providenciar empregos para todos os desempregados e também viam tais políticas como uma ponte para o socialismo. O complô é visto pela história como uma possível tentativa de colocar o fascismo no poder na América, já que esse regime estava em voga na: Alemanha, Itália, Portugal e Espanha, além de governos simpáticos ao nazifascismo no Brasil e na Argentina.

A administração Hoover havia defendido firmemente o padrão ouro mesmo quando o Reino Unido o abandonou em setembro de 1931. Com uma moeda desvalorizada, os bens manufaturados britânicos se tornaram mais baratos que os americanos resultando num ônus pesado para a indústria norte-americana. A campanha de Roosevelt havia prometido reavaliar o compromisso americano com o padrão ouro, e por meio de várias ações de março a abril de 1933, ele foi abandonado.


Empresários conservadores e outros apoiadores do padrão de ouro ficaram consternados. Hoover, que havia defendido o padrão ouro, escreveu que seu abandono era o primeiro passo em direção ao “comunismo, fascismo, socialismo, estatismo, economia planejada”. Ele alegou que o padrão era necessário para impedir que o governo “confiscasse as economias das pessoas via manipulação da inflação e da deflação. Temos ouro porque não podemos confiar nos governos”. Roosevelt também dissolveu todas as cláusulas-ouro nos contratos públicos ou privados que garantissem pagamento em ouro. Essa cláusula era parte de todo o acordo governamental e corporativo.

Com o fim do padrão ouro investidores conservadores estavam horrorizados. Eles viam a moeda que não possuía lastro em ouro como inflacionária, prejudicando ambas as fortunas privadas e dos negócios e levando à falência nacional. Roosevelt era acusado de ser socialista ou comunista, destruindo a iniciativa privada para subsidiar os pobres. O fim do padrão ouro permitiu que o país escapasse do ciclo da deflação, mas a mudança não foi sem traumas. Uma vez que os preços mais altos não eram acompanhados de salários mais altos, a inflação significava uma renda real mais baixa para aqueles sortudos o suficiente para arranjarem emprego. Até que os efeitos do crescente gasto em investimento se ramificassem através da economia, havia pouca razão para que o consumo aumentasse drasticamente. A produção industrial permaneceu volátil.

Outra política de Roosevelt teve um importante efeito para a recuperação: o ato da recuperação da indústria nacional, de junho de 1933. Ele estabelecia salários mínimos de 40 centavos por hora, aumentando o custo dos trabalhadores. Tais políticas desagradavam intensamente os empresários conservadores.


Investigações e alegações de conspiração...
Em novembro de 1934, Butler alegou a existência de uma conspiração política “de Wall Street” para derrubar o presidente Roosevelt, alegação que se tornou conhecida na mídia da época pelo nome de “Business Plot”. Um comitê especial da Casa dos Representantes dos Estados Unidos, liderado pelos representantes John W. McCormack de Massachusetts e Samuel Dickstein de Nova York, escutou o relato. O comitê McCormack-Dickstein foi o precursor do comitê de atividades antiamericanas.

Butler contou ao comitê que um grupo de empresários, alegando estarem amparados por um exército privado de 500 mil veteranos e outros, tinha a intenção de estabelecer uma ditadura fascista. Butler foi convidado para liderar estas forças, ele disse, por Gerald P. MacGuire, um vendedor ligado à Murphy & Co. O “New York Times” relatou que Butler havia dito aos amigos que o general Hugh S. Johnson, um antigo oficial da Administração de Recuperação Nacional, deveria ser instalado como ditador. Butler disse que MacGuire o havia contado que o golpe seria financiado por três milhões de dólares, e que os 500 mil homens provavelmente se reuniriam em Washington no ano seguinte. Todos os envolvidos na história, inclusive Johnson, disseram que a história não era verdadeira, chamando-a de “piada e fantasia”. Nesse relato, o comitê afirmou que era incapaz de confirmar as alegações de Butler outras que não a proposta de MacGuire, que foi considerada parcialmente confirmada pelos relatórios europeus de MacGuire. Nenhum processo ou investigação se seguiu, e os historiadores se perguntam se um golpe estava realmente próximo de se realizar, embora a maioria concorde que havia um vago esquema já contemplado e discutido. Inicialmente, os grandes jornais desprezaram a denúncia, caracterizando-a como uma “fraude gigantesca”. Quando o relatório final do comitê foi publicado, contudo, a revista “Time” disse que seus membros “pretendiam relatar que uma investigação de dois meses os havia convencido de que a história de uma marcha fascista em Washington era alarmantemente verdadeira” e “(...) também alegou que foram encontradas provas definitivas de que a marcha fascista em Washington, que seria liderada pelo aposentado General Smedley Butler, foi realmente contemplada”.


O comitê McCormack-Dickstein confirmou algumas das acusações de Butler em seu relatório final. “Nas últimas semanas de existência deste comitê, recebemos evidência mostrando que certas pessoas fizeram uma tentativa de estabelecer uma organização fascista neste país. Não há dúvida de que essas tentativas foram discutidas, planejadas e possivelmente colocadas em execução quando e se os seus financiadores as consideraram possíveis”.

Separadamente, o veterano das guerras estrangeiras James E. Van Zandt disse aos jornais que ele fora abordado pelos agentes de Wall Street para liderar uma ditadura fascista nos Estados Unidos sob o disfarce de uma organização de veteranos menos de dois meses depois de o general Butler o alertar para a situação. Paul Comly French, jornalista do “Philadelphia Record” e do “New York Post”, confirmou algumas das alegações de Butler em seu relato, mencionando empresas como Du Pont, Remington Arms Co. e o National City Bank. Butler alegou que o comitê havia deliberadamente ignorado suas descobertas relacionadas aos empresários considerados conspiradores.

Ele disse: “Como ocorre com a maior parte dos comitês, foram punidos os pequenos e escaparam os grandes. Os mais importantes sequer foram chamados a testemunhar. Por que esses nomes foram suprimidos do testemunho?”. O comunista americano John L. Spivak publicou, ainda em 1934, em dois artigos do jornal “Novas Massas”, trechos dos testemunhos do comitê que haviam sido descartados como mera “especulação”. Para Spivak, os políticos preferiram não culpar os grandes empresários, a despeito da evidência.

Você conhece a história dos possíveis irmãos de Jesus Cristo, mais conhecidos como “Desposyni”? Fato ou farsa?!

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Os possíveis irmãos de Jesus, conhecidos nas Igrejas Ortodoxas do Oriente como “Desposyni”, de origem do grego “despósunoi” – plural de uma palavra que significaria “pertencente ao mestre” –, de referiria à família co-sanguínea de Jesus Cristo. O termo foi aplicado pela primeira vez por Sexto Júlio Africano, um escritor do século III d.C.. Entre os argumentos dos estudiosos está o de que os parentes de Jesus ocupavam posições proeminentes na Igreja Antiga. Os cristãos da Igreja católica romana e ortodoxa oriental, assim como a maioria dos anglicanos e alguns luteranos rejeitam a ideia de que Jesus tenha tido irmãos verdadeiros, uma vez que suas igrejas defendem a doutrina da virgindade perpétua de Maria.


De acordo com o Evangelho Apócrifo dos Hebreus e os Evangelhos de Marcos e Mateus, Jesus tinha irmãos. Entretanto, ao mesmo tempo, nesses mesmos textos há referências de que essas pessoas são “verdadeiros parentes de Jesus”. Os Evangelhos Canônicos nomeiam quatro possíveis irmãos, mas apenas Tiago é conhecido historicamente. Após a morte de Jesus, Tiago, o “irmão do Senhor” era o líder da congregação em Jerusalém e os parentes de Jesus parecem ter tido posições de autoridade nas redondezas da cidade.

Conforme a doutrina da perpétua virgindade de Maria se desenvolveu, principalmente no Oriente, os cristãos passaram a considerar os irmãos de Jesus como sendo filhos de José de um outro casamento, e Jerônimo prosseguiu argumentando que os “irmãos” e “irmãs” eram, na verdade, primos. Os termos “irmão” e “irmã”, como utilizados neste contexto, realmente estão abertos a diversas interpretações. As línguas hebraica e aramaica possuem termo apropriado para indicar os primos, e os designam com a mesma palavra que significa irmãos no verdadeiro sentido. Portanto, poderia ser um suposto erro de tradução.


De acordo com os críticos da Bíblia, a história dos possíveis irmãos de Jesus se rompe a partir do momento da crucificação, quando somente Maria (sua mãe) e Maria Madalena (suposta esposa) aparecem sofrendo aos pés da cruz junto de Jesus, e nenhum outro parente “Desposyni”. Não existe uma conclusão definitiva no Novo Testamento se Jesus tinha ou não irmãos de Maria e de José, como aceitavam alguns membros da Igreja Antiga, posteriormente rotulados como antidicomarianitas. Mas quando Helvídio propôs esta ideia no século 4, Jerônimo, que, ao que parece, já tinha expressado a opinião geral da Igreja na época, defendia que a Maria tinha permanecido sempre virgem, argumentando que os que eram chamados de irmãos e irmãs eram na verdade filhos de Cléofas, um cunhado de Maria. Outras interpretações eram de que essas crianças seriam filhas de José em outro casamento, filhos de uma irmã de Maria ou de uma irmã de José. Estudiosos críticos dizem que a doutrina da virgindade perpétua há muito tem impedido o reconhecimento de que Jesus tinha irmãos.


De acordo com o Evangelho de Marcos, a mãe e os irmãos de Jesus estavam, no começo, céticos sobre o Seu ministério, mas depois se tornaram parte do movimento cristão. Tiago, o “irmão do Senhor”, presidiu sobre a igreja de Jerusalém após a dispersão dos apóstolos. Os parentes de Jesus provavelmente exercitaram realmente alguma liderança entre as comunidades até que os judeus foram expulsos da área com a fundação da Élia Capitolina nas ruínas de Jerusalém.

Em um estágio anterior também, Tiago, “irmão do Senhor”, e a quem Jesus teria dado a graça especial de aparecer após a ressurreição era, juntamente com Pedro, considerado um líder da igreja de Jerusalém e, quando Pedro partiu, Tiago se tornou a principal autoridade e era tido na mais alta estima pelos cristãos. Hegésipo relata que ele foi executado pelo Sinédrio em 62 d.C.

O Novo Testamento nomeia Tiago, o Justo, José, Simão e Judas como os “adelphoi” de Jesus. “Delphys” é a palavra grega para “útero” e, por isso, “adelphos” significaria, literalmente, “do mesmo útero” neste contexto. Porém, há muita controvérsia sobre esta interpretação. Porém, Eusébio de Cesareia e Epifânio de Salamina, importantes teólogos do Cristianismo primitivo aderiram à doutrina da perpétua virgindade de Maria e, portanto, não aceitavam que Maria pudesse ter tido outros filhos além de Jesus. Eusébio e Epifânio defendiam que estes eram filhos de José em um outro casamento, não registrado. Jerônimo, outro importante teólogo da mesma época, também seguia a doutrina, mas argumentava que os “adelphoi” eram filhos de uma irmã de Maria, também chamada Maria. Uma proposta moderna afirma que estes homens eram filhos de Cleofas (irmão de José, de acordo com Hegésipo) e Maria de Cleofas (não necessariamente a irmã de Maria, mãe de Jesus).


A doutrina oficial da católicos e dos ortodoxos é de que Maria teria sido uma virgem perpétua, assim como muitos dos primeiros protestantes, incluindo Martinho Lutero, Calvino e Zuínglio, assim como John Wesley, o líder metodista do século 18. De fato, a maioria dos primeiros cristãos parece não ter questionado esta doutrina. A Igreja católica, seguindo Jerônimo, conclui que os “adelphoi” eram primos de Jesus, enquanto que os ortodoxos, seguindo Eusébio e Epifânio, argumenta que eles eram filhos de José, mas de um outro casamento.

Estudiosos do Jesus Seminar sugerem que a doutrina da perpétua virgindade de Maria impediu o reconhecimento de que Jesus teria tido irmãos e irmãs. Alguns protestantes modernos geralmente consideram os “adelphoi” como sendo os filhos biológicos de Maria por José uma vez que estas igrejas entendem geralmente que Jesus é o filho de Deus ao invés de filho de José, os “adelphoi” são vistos, portanto, como sendo meio-irmãos de Jesus.


De acordo com os evangelhos sinóticos, particularmente de Marcos, Jesus estava uma vez ensinando para uma grande multidão perto da casa de sua própria família. Quando eles perceberam, foram vê-lo e “eles” (não especificado) disseram que Jesus estava “fora de si”. Na narrativa dos Evangelhos sinóticos e no Evangelho de Tomé, quando Jesus foi informado que Maria e os “adelphoi” estavam do lado de fora da casa em que está ensinando, Jesus diz que os que fazem o que Pai deseja são seus irmãos e sua mãe. De acordo com Kilgallen, a resposta de Jesus foi uma forma de sublinhar que a sua vida tinha mudado de tal forma que sua família era então menos importante do que os seus ensinamentos sobre o Reino de Deus. A visão negativa da família de Jesus representada nos Atos e nos Evangelhos pode estar relacionada ao conflito entre Paulo de Tarso e os judeus-cristãos, que mantinham alto apreço pela família de Jesus, por exemplo no Concílio de Jerusalém

Mitos, curiosidades, fatos e farsas (39)

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Ao longo da história as sociedades passaram inúmeros mitos e curiosidades que foram – e ainda são – encarados como fatos. No entanto, não passam de folclores que escondem farsas incríveis e bastante inventivas. Vamos, então, descobrir um pouco delas? Voilà!

É verdade que encontramos na Bíblia poesias eróticas?
Sim, é verdade. Isso acontece no curtíssimo livro que é conhecido por dois nomes: Cânticos dos cânticos, ou Cânticos de Salomão. Nele há uma série de poesias de Salomão para as suas esposas, e de suas esposas declarando amor e sensualidade de Salomão. Em muitas traduções modernas o tom erótico foi diminuído para algo mais romântico e menos vulgar, mas nos textos em latim fala-se em “seios redondos e gêmeos”, “pernas bem torneadas”, “peito másculo e ardente”, “corpo feminino que chama atenção” etc. Apesar do tom erotizante, o livro é riquíssimo em detalhes sobre o comportamento da corte do Rei Salomão passando em Jerusalém e nas cidades vizinhas. Entretanto, ainda há muita controvérsia entre os teólogos e religiosos em relação a esse tom erótico na Bíblia, como dito anteriormente atenuado nas traduções mais atuais.


Colesterol muito baixo também é sinal de problemas?!
Todos nós já vimos na mídia os médicos falando sobre os riscos à saúde que levam o nível elevado do colesterol. Mas será que ele em níveis baixos também compromete nosso bem-estar? Ao que tudo indica, sim. O colesterol também é um elemento imprescindível à nossa sobrevivência. No famoso estudo Framingham Heart Study demonstrou-se que as pessoas mais idosas e com baixo colesterol total efetuavam testes mentais com resultados piores dos que tinham o colesterol total maior do que 240. Há nove coisas que não são possíveis sem colesterol: produzir vitamina D, sintetizar progesterona, sintetizar estrogênio, sintetizar cortisol, sintetizar DHEA, proteger o cérebro em relação à capacidade de aprender e em relação à memória, digerir os nutrientes lipossolúveis como as vitaminas A, E e K e ter uma imunidade saudável. Ou pondo as coisas de maneira diferente, sem adequados níveis de colesterol: aumenta o risco de suicídio, aumenta o risco de depressão, aumenta o risco de comportamento violento, aumenta o risco de AVC hemorrágico, aumenta o risco de câncer no fígado, aumenta o risco de osteoporose, por redução de vitamina D e dos níveis hormonais, aumenta a fadiga e a ansiedade e diminui a capacidade cerebral.

O que foram os chamados “castrati” e “eunucos”?
Os castrati formavam um grupo seleto de meninos cantores, entre os séculos 15 e 18, com idade entre 9 e 14 anos. Mas por que tinham esse nome? Simplesmente porque as meninas não podiam cantar, e para que os corais tivessem vozes agudas – característica das mulheres –, alguns meninos eram castrados antes da puberdade para que a voz não engrossasse; desta forma, os meninos ganhavam características femininas e uma fisionomia um pouco andrógina. Já os eunucos viviam nos califados do Oriente Médio e Turquia; eram os homens que guardavam e protegiam os haréns dos califas, mas para garantir que não se divertissem com essas mulheres tão importantes, eram castrados para não terem os hormônios sexuais, sendo uma castração forçada a fim de garantir a assexualidade destes homens. Atualmente há enormes críticas por parte de quem defende o canto dos castrati, sendo a prática considerada como desumana, principalmente por ser infligida em menores de idade.



A inauguração do cinema, em 1895, foi um evento grandioso?
Não foi. Em dezembro de 1895, quando os irmãos Lumière inauguraram o cinematógrafo, as pessoas não sabiam bem o que era aquele invento e para que ele iria servir futuramente; nem mesmo os inventores tinham ideia. Naquele dia frio, em Paris, os Lumière cobraram o equivalente a R$ 37 atuais pelo ingresso para que as pessoas assistissem a um filme de apenas um minutinho. Pouco mais de 30 pessoas apareceram e tudo aconteceu sem nenhuma cobertura grandiosa dos jornais franceses. O filme exibido foi a chegada de trem à estação, e há a informação de que as pessoas saíram correndo com medo de o trem da imagem atropelá-las, mas isso é mito. Nada disso aconteceu com relação ao primeiro filme exibido. De resto, a inauguração do cinema não foi um grande evento, como décadas depois, na inauguração da televisão nos arredores do mundo.

Qual a história envolvendo o Lago Guatavita, na Colômbia?
Esse lago seria o lugar onde estaria o lendário lugar que os espanhóis tanto procuraram, o Eldorado. Os chibchas adoravam o sol e acreditavam que seu chefe tribal era descendente direto dele. Segundo relatos, uma vez por ano esse chefe passava por um ritual bem complexo: ele era lambuzado com óleo vegetal e sopravam em seu corpo ouro em pó. De acordo com antropólogos que hoje estudam aquela sociedade, ele era o Eldorado, “aquele que é dourado”, “aquele feito de ouro”. Depois faziam uma procissão com animais também besuntados com ouro em pó até o Lago Guatavita, onde eram lançadas oferendas em favor do sol. Esse lago realmente existe, mas tudo isso não passava de lenda folclórica até 1969, quando dois agricultores procuravam seu cão de estimação perdido na floresta; ao entrarem numa gruta depararam-se com ornamentos feitos de ouro puro – sendo elas oito estátuas pequenas de um homem “vestido de sol”. No entanto, o Lago Guatavita continua a ser um mistério fechado em seus possíveis tesouros. O espanhol Gonzalo Quesada, que conquistou a região em 1540, obrigou mais de 8 mil índios a abrirem uma brecha nas margens do lago para baixar o nível da água, mas as paredes do canal desmoronaram-se e os índios, receando a ira do sol, interromperam os trabalhos e mais material cedeu – toneladas de pedras. Ainda em 1823 e em 1900 foram feitas outras três tentativas de drenar o Lago Guatavita, mas em vão. Foram encontradas ao longo desses anos outras peças de ouro no fundo do leito, mas a população local diz que, realmente, o lugar é sagrado e se recusa a evidenciar seus tesouros escondidos. As oferendas ficarão escondidas dos olhos da história.





Sonhos premonitórios: fato, farsa ou algo que o ser humano ainda não pode compreender?!

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As mensagens rabiscadas em muros, os grafites e pichações, são um fenômeno muito antigo, por isso a frase “LEMBREM-SE DE PEARL HARBOR” na calçada em frente a uma escola primária em Owensville, Indiana, nos Estados Unidos, não causou nenhuma estranheza. O estranho é a data em que foi escrita: 07 de dezembro de 1939, dois anos antes do ataque japonês à base naval norte-americana no Havaí (foto abaixo). A menos que alguém do local tivesse motivos particulares para homenagear a base naval, ou que o grafiteiro, depois do fato, houvesse cometido um anacronismo, a frase parece uma premonição. Se assim for, o exemplo não é único. Há registros de previsão de desastres até antes dos tempos clássicos. O fenômeno é bem similar às premonições de morte, mas ocorre numa escala maior, envolvendo guerras, crimes violentos e catástrofes da natureza, assim como o destino de pessoas.


Profeta da destruição...
Um exemplo antigo de previsão acertada foi citado pelo historiador judeu-romano Flávio Josefo sobre a Guerra Judaica. Ele fala num tal de Jesus, filho de Ananias, que previu a tragédia de Jerusalém quatro anos antes da revolta de 66 d.C., que terminou com a destruição do templo por legionários romanos e na diáspora judaica. Jesus, filho de Ananias, foi preso e torturado, mas continuou prevendo desgraças para a cidade antes e depois da luta, e até a hora em que se daria o cerco de Jerusalém. Quando a tragédia que previra com tanta antecedência ocorreu, ele foi finalmente calado em meio à batalha ao ser atingido na cabeça por uma pedra.

Assassinato previsto...
Talvez por ocorrer de forma súbita e dramática, o assassinato de políticos parece ser tema de sonhos e premonições. A mais conhecida previsão dos últimos tempos foi da morte do presidente John F. Kennedy em Dallas, em novembro de 1963. A previsão foi de Jeanne Dixon, clarividente que ganhou fama com suas colunas em jornais de todos Estados Unidos e aparições na televisão. Na sua biografia, Jeanne afirma ter tido várias premonições de tragédias, a partir de 11 anos antes e até o próprio dia, quando contou a duas senhoras com as quais estava almoçando que um horrível estava prestes a ocorrer. Chegou a citar uma entrevista que dera à revista “Parade” em 1956, prevendo que um “presidente democrata, de olhos azuis, eleito em 1960” seria assassinado.


Na verdade, a entrevista, que não era tão precisa, dizia: “Quanto às eleições de 1960, a senhora Dixon acha que serão dominadas pelo Partido Trabalhista, mas vencerá um candidato democrata que será assassinado ou vai morrer no mandato, não necessariamente no seu primeiro mandato”. Mesmo assim, a previsão é impressionante – só fica um pouco menos incrível se considerarmos a conhecida coincidência de presidentes mortos durante o mandato, eleitos em anos terminados em zero. Além de Kennedy (1960) e Lincoln (1860), Garfield (1880) e McKinley (1900) foram mortos, ao passo que Warren Hardings (1920) e Roosevelt (1940) morreram no exercício do cargo. A coincidência finalmente acabou com Ronald Reagan (1980), que sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1981 e cumpriu dois mandatos na Casa Branca.

De certa forma, a previsão que fez John Williams, engenheiro de mineração da Inglaterra, é mais convincente. Na noite de 11 de maio de 1812, ele sonhou que estava no Parlamento de Westminster com um homem baixo, de paletó azul e colete branco. Apareceu então outro homem, de paletó marrom e botões amarelos, que apontou um revólver e atirou no primeiro. O atirador foi preso, e Williams ouviu dizer que o homem atingido era ministro das Finanças do Reino Unido. Ao acordar, contou à esposa, dormiu de novo e teve o mesmo sonho. No dia seguinte, relatou o sonho a todas as pessoas com quem esteve.

No final do dia, Williams soube pelo filho que o carro postal tinha chegado de Londres com a notícia de um assassinato no Parlamento, na tarde anterior. A vítima era Spencer Perceval, primeiro-ministro e ministro das Finanças, assassinado por um corretor falido de Liverpool chamado John Bellingham. Embora não conhecesse nenhum dos dois, o sonho de Williams correspondia perfeitamente à descrição física e às roupas deles. Quando esteve depois em Londres, conseguiu também dizer o lugar onde ocorrera o assassinato sem que ninguém lhe mostrasse.


Premonições de catástrofes...
Os acidentes em terra, ar e mar são tão comuns em sonhos premonitórios quanto o assassinato de políticos. Há muitas provas de pessoas que se salvaram graças a um sexto sentido que as impediu de entrar num trem, navio ou avião que depois se acidentou. A acreditar na curiosa pesquisa feita por um matemático americano na década de 1960, tais previsões chegaram a milhares. William Cox pesquisou o número de passageiros que viajaram em trens acidentados e o comparou com o de outros dias comuns nesses mesmos trens. Descobriu que, misteriosamente, o número era muito menor nos dias de acidentes. Exemplo: um trem de Chicago bateu em 15 de junho de 1952 com apenas nove passageiros, enquanto a média de passageiros nas quatro semanas anteriores foi de mais de 50 passageiros. Embora muitos fatores – como condições do tempo – possam ter influído, Cox acredita que os números mostram um fenômeno de “previsão de acidente” calcado em premonições inconscientes.

A ideia de previsões de desastres isolados, individuais, em geral a distância, é mais aceita. Um caso bastante conhecido é o de David Booth, de 23 anos, dos Estados Unidos, que sonhou dez noites seguidas com um acidente da American Airlines. Certo de que se tratava de um sonho premonitório, entrou imediatamente em contato com a empresa aérea e a Aviação Civil Norte-americana para alertar contra o perigo iminente, sem poder detalhar a hora e o local do acidente. Este ocorreu três dias depois, em 25 de maio de 1979, no aeroporto O’Hare de Chicago. Um avião da American Airlines caiu ao decolar, matando 273 pessoas – o pior desastre da aviação norte-americana até então.

Houve muitas tentativas de criar centros de premonição que pudessem se beneficiar de avisos como o de David Booth, mas nenhum deu resultado devido à falta de informações precisas. Sem o dia e o local, nem as autoridades receptivas à ideia podem fazer alguma coisa, por mais que queiram.


Uma catástrofe muito pesquisada depois foi a que atingiu uma comunidade galesa de mineradores pouco após as 9 horas da manhã de 21 de outubro de 1966. Depois de dois dias de chuvas fortes, restos de carvão empilhados num monte de escória perto de Aberfan atingiram de repente a aldeia, soterrando uma escola primária, várias casas e uma fazenda. Ao todo, 28 adultos e 116 crianças morreram.

Após o fato, um psiquiatra londrino pediu para ser procurado por quem tivesse pressentido a tragédia. Ele recebeu 76 respostas e considerou que 60 mereciam ser investigadas. Depois de ouvir detalhes e procurar testemunhas, deu crédito a 24 premonições pelo fato de terem sido comunicadas e outras pessoas antes. Quase todos os avisos foram em sonhos. Um idoso viu a palavra “Aberfan” brilhando; uma mulher de Kent viu uma escola atingida por uma avalanche de carvão; um espírita disse ter visto um menino apavorado ao lado de um homem de boné que fazia o resgate – e reconheceu ambos depois na televisão, na cobertura do resgate.

A história mais triste foi contada pela mãe de uma criança morta na avalanche. Duas semanas antes da tragédia, a fila de 9 anos teve um sonho e disse à mãe que não tinha medo de morrer porque sabia que estaria com seus amiguinhos. Na véspera da tragédia, teve outro sonho – desta vez, viu a escola coberta de preto. A menina morreu na escola naquela manhã junto com os amigos cujos nomes citara após o primeiro sonho.

Considerações sobre a simbologia envolvendo a figura do pentagrama...

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Um pentagrama – palavra de origem do grego antigo “pentágrammos” – é uma estrela composta por cinco retas e cinco pontas. Na língua portuguesa, pentagrama significa uma palavra com cinco silabas. Também é, em música, as cinco linhas paralelas que compõem a partitura. Entretanto, nosso objetivo no post de hoje é tentar desmistificar e tentar explicar o que o pentagrama significa para os esotéricos, para a mitologia, para o Cristianismo e para as correntes satanistas.


O pentagrama no contexto da mitologia...
Talvez conhecido pelos antigos mesopotâmios, foi muito considerado por Pitágoras que observou sua relação com o número áureo. A maioria dos autores opina que o pentagrama foi primeiro conhecido e estudado pelos babilônios, e daí em diante o tomaram os pitagóricos, devido à coincidente associação do pentágono regular com o cosmos e ordem divina, ainda assim, existe quem ponha em dúvida, pois o sumário atribuído aos neoplatônicos, Eudemo de Rodas e Proclo, menciona que os pitagóricos, apenas conheciam a três das figuras cósmicas poliedros regulares, desconhecendo ao octaedro e ao icosaedro. A explicação dada é que eles os conceberam da forma dos cristais naturais e ao surgiram de uma dedução matemática, o que iria contra a herança babilônica.

Desde então se deu um uso ao mesmo tempo místico-mágico e outro científico; na magia o pentáculo com sua ponta voltada para cima significa o ser humano (de fato durante a Idade Média se esboçavam longos pentalfas para logo sobre eles desenhar se as figuras humanas, e isto pode se verificar no célebre escrito de Leonardo Da Vinci para o livro “A divina proporção” de Luca Pacioli (foto abaixo)), a magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais.


Na ciência propriamente dita a estrela pentagrama é um interessante diagrama que descreve várias leis matemáticas: se encontra como representante nos logaritmos, na sucessão de Fibonacci, a espiral logarítmica e por isto também nos fractais etc.

O pentagrama no contexto da magia e na cabala...
A magia tem o pentagrama como um de seus símbolos principais. Originalmente símbolo da deusa romana Vênus, foi associado a diversas divindades e cultuado por diversas culturas. O símbolo é encontrado na natureza, como a forma que o planeta Vênus faz durante a aparente retroação de sua órbita. Trata-se, também, de um dos símbolos pagãos mais utilizados na magia cerimonial, pois representa os quatro elementos (água, terra, fogo e ar) coordenados pelo espírito, sendo considerado um talismã muito eficiente.

O pentagrama é conhecido também como o símbolo do infinito, pois é possível fazer outro pentagrama menor dentro do pentagrama maior, e assim sucessivamente. Possui simbologia múltipla, sempre fundamentada no número cinco, que expressa a união dos desiguais. Representa uma união fecunda, o casamento, a realização, unindo o masculino, o 3, e o feminino, o 2, simbolizando ainda, dessa forma, o andrógino.

O pentagrama é um símbolo muito utilizado pelos eruditos da Escola Francesa de Cabala. Autores como Eliphas Levi e Papus o estudaram a fundo e o estabeleceram como um símbolo de proteção contra o mal, além de ser a boa vontade e a bondade.


Pentagrama na matemática, na astronomia e na natureza...
O pentagrama era usado como emblema da Escola Pitagórica na Grécia Antiga, que também chamavam a figura de “pentalfas”; nesta escola, o lema principal era “Tudo é número”. Os pitagóricos rendiam verdadeiro culto ao número natural, considerando-o como a essência de todas as coisas.

Astronomicamente, o planeta Vênus descreve um pentagrama perfeito no céu através do plano eclíptico do céu a cada oito anos. Conjunções inferiores sucessivas dele se repetem numa ressonância orbital muito próxima a 13:8 (a Terra orbita oito vezes para cada 13 órbitas de Vênus), criando uma sequência de precessão pentagrâmica.

A representação dos pentagramas no âmbito religioso...
Para os pagãos, cada ponta do pentagrama representa um dos cinco elementos da natureza: ar, fogo, água, terra, e um espírito que a todos coordena. Atualmente, muitos usam um pentagrama no pescoço como símbolo de orgulho da sua religião e representando a sua fé, ou ainda como um amuleto de proteção. É importante notar que isso não é nenhuma obrigação para qualquer religião.

Além do seu significado primordial, dos cinco elementos, o pentagrama também representa o corpo humano (os quatro membros e a cabeça). Para alguns o pentagrama passa ainda a ser conhecido como “estrela do microcosmo” (pequeno universo), que simboliza o mago dominando o espírito sobre a matéria, inteligência sobre instintos, mente sobre o corpo.

Nos rituais da religião wicca, além de ser um dos símbolos da deusa, o pentagrama às vezes é usado como símbolo da terra, outras vezes para consagrar os instrumentos ritualísticos, objetos e amuletos. O pentagrama pode ser feito de qualquer material (metal, madeira, argila, vidro, etc.) e até desenhado em pedaços de pano ou mesmo no chão.


As questões relacionadas ao pentagrama invertido...
O pentagrama invertido, com as duas pontas para cima, (foto abaixo) significa a verdade sobre o fato de o espírito ser apenas uma faceta da matéria. Pode-se observar também que o pentagrama com duas pontas para cima parecia um dos símbolos de Baphomet. Assim sendo, o pentagrama invertido possui significados paralelos.


O pentagrama – podemos também afirmar que são as cinco pontas do corpo humano, onde, através delas que são levados para o interior do corpo tudo que o Homem adquire com tais pontas (braços, pernas e cabeça). Mas é adquirido de acordo com cada ser humano, pois, uns levam estas pontas onde desejam, e é de acordo com esses desejos que são introduzidos e exteriorizados a ação e a reação causadas por essas ondas captadas, que logo introduzidas no ser são revertidas em conhecimentos e repassadas a outrem de acordo com o eu de cada ser humano.

Um dos símbolos mais antigos da terra, usado mais de quatro mil anos antes de Cristo, também é um símbolo religioso pagão. Mas não um símbolo de adoração ao demônio conforme muitos compreendem.



Também tem ligação com a astronomia, foi símbolo oficial das Olimpíadas, mas foi modificado na última hora pelos anéis interligados. O simbolismo do pentagrama foi distorcido através dos milênios. O símbolo foi distorcido pela Igreja primitiva. Era uma campanha do Vaticano pra erradicar as religiões pagãs e converter as massas ao Cristianismo, definindo símbolos pagãos como símbolos do mal.

Calendário das festas pagãs e a relação com o Cristianismo: fato ou farsa?!

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Nos últimos tempos, nosso blog tem mostrado como tem sido curiosa a história do Cristianismo e do Judaísmo ao longo dos séculos e dos milênios, principalmente por serem religiões tipicamente “agregadoras”; ou seja, agregam elementos sociais, culturais e teológicos de outros povos e de outras religiões e remetem a si como cultos genuínos, únicos e verdadeiros.

Na postagem de hoje vamos mostrar como as principais festas cristãs estão ligadas a elementos tipicamente pagãos da Antiguidade, quando a Igreja primitiva tentou diminuir os cultos greco-romanos e transformá-los em cultos e festividades disfarçadas de cristandade. Assim, percebemos como o calendário de celebrações cristão é mais pagão do que supúnhamos.


ATENÇÃO! GROSSO MODO FAREMOS UM RESUMO RÁPIDO DAS RELAÇÕES ENTRE A RELIGIÃO CRISTÃ E O PAGANISMO NAS FESTAS RELACIONADAS ABAIXO. PARA MAIS DETALHES, FAVOR CONFERIR SITES ESPECIALIZADOS E ENCICLOPÉDIAS...

- Carnaval: a festa que marca o início da Quaresma, os quarenta dias de jejum dos católicos, na realidade era uma festa romana que marcava muita bebida, muito sexo e muitas orgias ao som de muita música e exageros gastronômicos. O nome ainda é uma referência ao nome latino da festança romana: Carnavália, ou seja, “sem carne”, quando o tal jejum era praticado já nos tempos anteriores à vinda de Cristo ao mundo.

- Páscoa: esta é uma festa antiquíssima de origem mesopotâmica em homenagem ao início da primavera, dando honras à deusa-mãe Ishtar (por isso, em inglês, a Páscoa é “Easter”). Depois do inverno quando tudo ficava seco, a primavera trazia a “ressurreição” da natureza com o brotar das flores. Por isso os judeus também passaram a fazer esta festa, mas com um novo simbolismo, e os cristãos com um outro simbolismo dos judeus, mais próximo ao mesopotâmico: o renascimento. Dentro desta importante festa todos os elementos são pagãos: os ovos, o coelho etc.

- Festas Juninas: dizem que o ponto alto da temporada de festas juninas é a noite de São João, em 24 de junho. Tradicionais na França, Portugal e Espanha, trazidas para o Brasil pelos colonizadores, essas festas marcam a data de celebração de Santo Antônio de Pádua (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho). Entretanto, essas celebrações são muito mais antigas do que essas celebrações medievais; a tradicional fogueira de São João era um marco para o início do solstício de verão no Hemisfério Norte: época em que os pagãos faziam festas e cultos ao “renascimento” do deus-Sol, o deus mais importante em qualquer mitologia e religião antiga (dita como “pagã”). Assim sendo, as festas juninas marcariam, na verdade, não a celebração de santos tão populares, mas a chegada do plantio para uma nova colheita futura, esperando um verão de calor depois de uma temporada obscura de muito frio no inverno.

- Dia de Todos os Santos: a festa dedicada a todos os santos do catolicismo está intimamente ligada ao Halloween, ou Dia das Bruxas. O Dia de Todos os Santos é em 1º de novembro, entre o Halloween (31 de outubro) e Finados, Dia dos Mortos, (02 de novembro). Esta festividade tem origem pagã britânica, quando os celtas acreditavam que os mortos voltavam à terra para passar o dia com seus familiares, mas os portões do mundo dos mortos também liberava terríveis demônios que passavam a assombrar as pessoas (daí o surgimento do Halloween). Também é uma festa ligada à agricultura, que durante o período do Império Romano, marcava o fim do período da colheita com grandes comilanças e bebelanças, preparando o terreno para o frio do inverno rigoroso da Europa.

- Natal: talvez esta seja a festa romana mais pagã de todas entre o Cristianismo. No antigo império, esta era a festa que marcava o reino do “Sol invicto”, ou seja, a festa que marcava o início do inverno e a esperança do deus-Sol vencer todo o tempo de frio e escuridão, trazendo luz, calor, segurança e conforto. Em várias culturas diferentes essa festa era celebrada entre 20 e 25 de dezembro por motivos astronômicos e astrológicos. Só por volta do século 2 d.C. que a Igreja primitiva decidiu cristianizar esta festa pagã do deus-Sol em festa do nascimento e celebração do Messias Jesus Cristo.


Fadas de Cottingley: uma das maiores farsas contemporâneas da história mitológica...

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As fadas de Cottingley aparecem em uma série de cinco fotografias tiradas por Elsie Wright e Frances Griffiths, duas jovens primas que viviam em Cottingley, na Inglaterra, na época da Primeira Guerra Mundial. Em 1917, quando as duas primeiras fotos foram tiradas, Elsie tinha 16 anos e Frances tinha nove. As fotos chamaram a atenção do escritor Sir Arthur Conan Doyle (autor dos clássicos de Sherlock Holmes), que as usou para ilustrar um artigo sobre fadas que ele havia sido contratado para escrever para a edição de Natal de 1920 da revista “The Strand Magazine”. Conan Doyle, como um espiritualista, estava entusiasmado com as fotografias, e as interpretou como uma evidência clara e visível de fenômenos psíquicos. A reação do público foi mista: alguns aceitaram as imagens como autênticas, mas outros acreditavam que tinham sido falsificadas.


O interesse pelas fadas de Cottingley diminuiu gradualmente após 1921. As duas meninas se casaram e viveram no exterior por um tempo depois que cresceram, mas as fotografias continuaram a deter a imaginação do público; em 1966, um repórter do jornal “Daily Express” rastreou Elsie, que até então tinha voltado para o Reino Unido. Elsie deixou em aberto a possibilidade de que ela acreditava que tinha fotografado seus pensamentos, e a mídia, mais uma vez ficou interessada na história.

No início de 1980, Elsie e Frances admitiram que as fotos foram forjadas, usando recortes de papelão de fadas retirados de um popular livro para crianças da época, mas Frances afirmou que a quinta e última fotografia era real. As fotografias e duas das câmeras usadas estão em exposição no National Media Museum.

As fotografias de 1917...
Em meados de 1917, Frances Griffiths, de nove anos de idade, e sua mãe – ambas recém-chegadas ao Reino Unido vindas da África do Sul – estavam com a tia Frances, a mãe de Elsie Wright, na aldeia de Cottingley; Elsie tinha então 16 anos idade. As duas meninas frequentemente brincavam juntas ao lado do córrego no fundo do jardim, para grande aborrecimento de suas mães, porque elas frequentemente voltavam com os pés e as roupas molhadas. Frances e Elsie disseram que só foram ao córrego para ver as fadas, e para provar, Elsie pegou emprestado a câmera de seu pai. As meninas voltaram cerca de 30 minutos depois, triunfantes.

O pai de Elsie, Arthur, era um fotógrafo amador, e tinha criado o seu próprio darkroom. A imagem na chapa fotográfica que ele revelou mostrou Frances atrás de um arbusto em primeiro plano, no qual quatro fadas pareciam estar dançando. Sabendo da habilidade artística de sua filha, e que ela havia passado algum tempo trabalhando no estúdio de um fotógrafo, ele rejeitou as figuras considerando-as recortes de papelão. Dois meses depois, as meninas pegaram a câmera emprestada de novo, e desta vez voltaram com uma fotografia de Elsie sentada no gramado estendendo a mão para um gnomo de 30 centímetros. Irritado com o que ele acreditava ser “nada mais que uma brincadeira”, e convencido de que as meninas deviam ter adulterado sua câmera de alguma forma, Arthur Wright se recusou a emprestá-la novamente. Sua esposa Polly, no entanto, acreditava que as fotografias eram autênticas.


No fim de 1918, Frances enviou uma carta a Johanna Parvin, uma amiga da Cidade do Cabo, na África do Sul, onde Frances tinha vivido a maior parte de sua vida, colocando a foto dela com as fadas. Na parte de trás, ela escreveu: “É engraçado, eu não costumava vê-las na África. Deve ser muito quente para elas aí”.

As fotografias tornaram-se públicas em meados de 1919, após a mãe de Elsie participar de uma reunião da Sociedade Teosófica em Bradford. A palestra naquela noite foi sobre “Vida das fadas”, e, ao final da reunião, Polly Wright mostrou as duas fotografias de fadas tiradas por sua filha e sobrinha para o palestrante. Como resultado, as fotografias foram exibidas na conferência anual da sociedade em Harrogate, realizada alguns meses mais tarde. Lá, eles chamaram a atenção de um dos principais membros da sociedade, Edward Gardner. Uma das crenças centrais da Teosofia é que a humanidade está passando por um ciclo de evolução, no sentido de aumentar a perfeição, e Gardner reconheceu o potencial significado das fotografias para o movimento.

Primeiras análises das fotografias...
Gardner enviou as gravuras juntamente com os negativos de vidro de placa originais para Harold Snelling, especialista em fotografia. A opinião de Snelling foi que “os dois negativos são inteiramente autênticos, fotografias não-falsas. Nenhum vestígio de qualquer trabalho de estúdio envolvendo modelos de cartão ou de papel”. Ele não foi tão longe a ponto de dizer que as fotografias mostravam fadas, afirmando apenas que “estas são fotografias cruas de o que quer que seja que estava na frente da câmera no momento”. Gardner teve as gravuras esclarecidas por Snelling e novos negativos produzidos, “mais propícios para impressão”, para uso nas palestras ilustradas que ele deu em todo o Reino Unido. Snelling forneceu as impressões fotográficas que estavam disponíveis para venda nas palestras de Gardner.

O autor e proeminente espiritualista Arthur Conan Doyle soube das fotografias pelo editor da publicação dos espiritualistas “Light”. Ele tinha sido autorizado pela “The Strand Magazine” a escrever um artigo sobre fadas para a sua edição de Natal, e as fotografias de fadas “devem ter parecido uma dádiva de Deus”, segundo o radiodifusor e historiador Magnus Magnusson. Conan Doyle contatou Gardner em junho de 1920 para determinar o plano de fundo para as fotografias, e escreveu a Elsie e seu pai para pedir a permissão do último para usar as fotos em seu artigo. Arthur Wright ficou obviamente impressionado que Conan Doyle estava envolvido, e deu a sua autorização para publicação, mas ele recusou o pagamento, alegando que, se verdadeiras, as imagens não deveriam ser “sujas” por dinheiro.


Gardner e Conan Doyle buscaram uma segunda opinião de especialistas da empresa fotográfica Kodak. Vários dos técnicos da empresa analisaram as fotos aprimoradas e, embora eles tenham concordado com Snelling que as imagens “não mostraram sinais de terem sido falsificadas”, eles concluíram que “isso não poderia ser tomado como evidência conclusiva. Que eram fotografias autênticas de fadas”. A Kodak se recusou a emitir um certificado de autenticidade. Gardner acreditava que os técnicos da Kodak podem não ter examinado as fotografias de forma inteiramente objetiva, observando que um tinha comentado: “afinal de contas, as fadas não poderiam ser verdadeiras, as fotografias devem ter sido falsificadas de alguma forma”. As fotos também foram examinadas por outra empresa fotográfica, Ilford, que relatou de forma inequívoca que havia “algumas evidências de falsificação”. Gardner e Conan Doyle, talvez um tanto otimistas, interpretaram o resultados das três avaliações de peritos como duas a favor da autenticidade e uma contra.

Conan Doyle também mostrou as fotos para o físico e pesquisador psíquico pioneiro Oliver Lodge, que acreditava que as fotografias eram falsas. Ele sugeriu que uma trupe de dançarinos se disfarçara de fadas, e manifestou dúvidas quanto aos seus “penteados distintamente parisienses”.

As “novas” fotografias de 1920...
Conan Doyle estava preocupado com a organização de uma turnê de palestras na Austrália, e em julho de 1920 enviou Gardner para conhecer a família Wright. Frances estava então morando com seus pais em Scarborough, mas o pai de Elsie disse a Gardner que ele estava tão certo de que as fotografias eram falsas que enquanto as meninas estavam fora, ele examinou o quarto delas e a área em torno do córrego, procurando por restos de imagens ou recortes, mas não encontrou nada incriminador.

Gardner acreditava que a família Wright era honesta e respeitável. Colocar a questão da autenticidade das fotografias além de qualquer dúvida, ele voltou para Cottingley no final de julho com duas câmeras Kodak Cameo e 24 placas fotográficas secretamente marcadas. Frances foi convidada a ficar com a família Wright durante as férias de verão da escola para que ela e Elsie pudessem tirar mais fotos das fadas.

Até 19 de agosto, o clima estava inadequado para fotografar. Pelo fato de Frances e Elsie insistirem que as fadas não iriam se mostrar se outros estivessem assistindo, a mãe de Elsie foi convencida a visitar a irmã para tomar chá, deixando as meninas sozinhas. Na sua ausência, as garotas tiraram várias fotografias, duas das quais pareceram revelar fadas. Na primeira, “Frances and the Leaping Fairy” (Frances e a Fada que Pula), Frances é mostrada de perfil com uma fada alada perto do nariz. A segunda, “Fairy offering Posy of Harebells to Elsie” (Fada oferecendo um ramalhete de Harebells para Elsie), mostra uma fada ou pairando ou na ponta dos pés em um galho, e oferecendo Elsie uma flor. Dois dias depois, as meninas tiraram a última foto, “Fairies and Their Sun-Bath” (Fadas e seu Banho de Sol).

As chapas foram acondicionadas em algodão e voltaram para Gardner, em Londres, que enviou um extático telegrama para Conan Doyle, até então em Melbourne. Conan Doyle escreveu de volta: “Meu coração ficou muito contente quando aqui, na distante Austrália, que eu recebi seu bilhete e as três fotos maravilhosas que são confirmatórias de nossos resultados publicados. Quando nossas fadas forem admitidas, outros fenômenos psíquicos vão encontrar uma aceitação mais pronta... Tivemos mensagens contínuas em sessões por algum tempo de que um sinal visível estava chegando”.


Publicação das fotos e reação do público...
O artigo de Conan Doyle, na edição de dezembro de 1920 do “The Strand” continha duas imagens em alta resolução das fotografias de 1917, e esgotou em poucos dias de publicação. Para proteger o anonimato das meninas, Frances e Elsie eram chamadas de Alice e Iris, respectivamente, e a família Wright foi referida como os Carpenters. Como um espiritualista entusiasta e empenhado, Conan Doyle esperava que se as fotografias convencessem o público da existência de fadas, então eles poderiam aceitar mais facilmente outros fenômenos psíquicos.

A cobertura inicial da imprensa foi mista, geralmente uma combinação de constrangimento e perplexidade. O romancista histórico e poeta Maurice Hewlett publicou uma série de artigos no jornal literário “John O’ London’s Weekly”, no qual concluiu: “Conhecendo crianças, e sabendo que Arthur Conan Doyle tem pernas, eu decido que as Srtas. Carpenters puxaram uma delas”. O jornal “Truth”, de Sydney, em 05 de janeiro de 1921, expressou uma opinião semelhante: “Para a verdadeira explicação para estas fotografias de fadas, o que se deseja não é um conhecimento de fenômenos ocultos, mas o conhecimento de crianças”.

Algumas figuras públicas foram mais simpáticas. Margaret McMillan, a reformadora educacional e social, escreveu: “Como é maravilhoso que, para estas queridas crianças, um presente tão maravilhoso foi concedido”. O romancista Henry de Vere Stacpoole decidiu tomar as fotografias de fadas e as meninas pelo valor nominal. Em uma carta a Gardner, ele escreveu: “Olhe para o rosto de Alice [France]. Olhe para o rosto de Iris [Elsie]. Há uma coisa extraordinária chamada VERDADE que tem 10 milhões de rostos e formas – é a moeda corrente de Deus e nem o batedor mais inteligente ou um falsificador pode imitá-la”.

Major John Hall-Edwards, um fotógrafo afiado e pioneiro dos tratamentos médicos de raios-x na Grã-Bretanha foi um crítico particularmente vigoroso: “Com as provas, eu não tenho nenhuma hesitação em dizer que essas fotos podem ter sido falsificadas. Eu critico a atitude daqueles que declararam que há algo de sobrenatural nas circunstâncias presentes para a adoção dessas fotos porque, como médico, acredito que a proposta de tais ideias absurdas nas mentes de crianças irão resultar na vida adulta, em manifestações, desordem nervosa e distúrbios mentais”.

Conan Doyle usou as fotografias mais recentes, em 1921, para ilustrar um segundo artigo na “The Strand”, no qual ele descreveu outros relatos de avistamentos de fadas. O artigo estabeleceu a base para seu livro “The Coming of the Fairies”, de 1922. Tal como antes, as fotografias foram recebidas com credulidade mista. Céticos observaram que as fadas “pareciam suspeitosamente como as fadas tradicionais de contos infantis” e que tinham “penteados muito na moda”.

A última visita de Gardner...
Gardner fez uma visita final a Cottingley em agosto de 1921. Ele mais uma vez trouxe câmeras e placas fotográficas para Frances e Elsie, mas foi acompanhado pelo clarividente Geoffrey Hodson. No entanto, nenhuma das meninas afirmaram ter visto quaisquer fadas, e não houve mais fotografias. A essa altura, Elsie e Frances estavam cansadas de todo o negócio de fadas. Anos mais tarde, Elsie olhou para uma fotografia de si mesma e Frances tirada com Hodson e disse: “Olha isso, farta de fadas!”. Ambas, Elsie e Frances, mais tarde, admitiram que elas fingiram acreditar em Hodson sem más intenções, e que o consideravam uma farsa.

Investigações posteriores das fotografias...
O interesse do público nas fadas de Cottingley diminuiu gradativamente após 1921. Elsie e Frances eventualmente se casaram e moraram no exterior por muitos anos. Em 1966, um repórter do jornal “Daily Express” rastreou Elsie, que estava, até então, de volta à Inglaterra. Ela admitiu em uma entrevista dada naquele ano que as fadas poderiam ter sido “frutos da minha imaginação”, mas deixou em aberto a possibilidade de que ela acreditava que tinha de alguma forma conseguido fotografar seus pensamentos. A mídia, posteriormente, tornou-se novamente interessada nas fotografias de Frances e Elsie. O programa de televisão “Nationwide”, da BBC, investigou o caso em 1971, mas Elsie se prendeu à sua história: “Eu já lhe disse que são fotografias de frutos de nossa imaginação, e mantenho assim”.

Elsie e Frances foram entrevistadas pelo jornalista Austin Mitchell em setembro de 1976, durante um programa transmitido na Yorkshire Television. Quando pressionadas, ambas concordaram que uma pessoa racional não vê fadas, mas negaram terem fabricado as fotografias. Em 1978, o mágico e cético James Randi e uma equipe do Comitê para a Investigação Científica de Alegações do Paranormal examinaram as fotografias, através de um processo de tratamento por computador. Eles concluíram que as fotografias eram falsas, e que as cordas podiam ser vistas apoiando as fadas. Geoffrey Crawley, editor do “British Journal of Photography”, empreendeu uma grande investigação científica das fotografias e os acontecimentos em torno delas, publicada entre 1982 e 1983, a primeira grande análise pós-guerra do caso. Ele também concluiu que as imagens eram falsas.


Confissão da farsa...
Em 1983, as primas admitiram em um artigo publicado na revista “The Unexplained” que as fotografias tinham sido falsificadas, embora ambas sustentaram que elas realmente tinham visto fadas. Elsie tinha copiado ilustrações de fadas de um livro infantil popular do tempo, “Princess Mary’s Gift Book”, publicado em 1914. Elas disseram que, em seguida, recortaram as figuras de papelão e apoiaram-nas com alfinetes de chapéu, descartando seus adereços no córrego, uma vez que a fotografia tinha sido tirada. Em uma entrevista de 1985, Elsie disse que ela e Frances estavam muito envergonhadas para admitirem a verdade depois de enganarem Conan Doyle, autor de “Sherlock Holmes”. Na mesma entrevista, Frances disse: “Eu nunca pensei nisso como sendo uma fraude – era apenas Elsie e eu tendo um pouco de diversão e eu não consigo entender até hoje por que eles foram enganados – eles queriam ser enganados”.

Frances morreu em 1986, e Elsie, em 1988. Cópias de suas fotografias das fadas, juntamente com alguns outros itens, incluindo uma primeira edição do livro de Conan Doyle “The Coming of the Fairies”, foram vendidos em leilão em Londres por 21.620 libras em 1998.

Você conhece as diferenças entre os calendários gregoriano, juliano, judaico e muçulmano?! Conheça hoje...

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Hoje vamos falar um pouco sobre o tempo cronológico, aquele concebido pelo ser humano para medir o tempo, criação da humanidade, para medir quando fazer sacrifícios, quando mudam as estações do ano, quando é hora de plantar, quando é hora de colher etc. Prova de que o tempo é uma criação humana é o tipo como medimos este tempo: os vários calendários. No post de hoje vamos trazer informações dos principais calendários usados nos países do Ocidente, o gregoriano, o juliano, o muçulmano e o judaico.


O calendário gregoriano...
Trata-se de um calendário de origem europeia, utilizado oficialmente pela grande maioria dos países do mundo. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de fevereiro do ano 1582 em substituição do calendário juliano implantado pelo líder romano Júlio César em 46 a.C. Como convenção e por praticidade o calendário gregoriano é adotado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre as nações. Essa unificação decorre do fato de a Europa ter, historicamente, exportado seus padrões para o resto do globo.

O Papa Gregório XIII reuniu um grupo de especialistas para corrigir o calendário juliano. O objetivo da mudança era fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época. Após cinco anos de estudos, foi promulgado.

A bula pontifícia também determinava regras para impressão dos calendários, com o objetivo que eles fossem mantidos íntegros e livres de falhas ou erros. Era proibido a todas as gráficas com ou sem intermediários de publicar ou imprimir, sem a autorização expressa da Santa Igreja Romana, o calendário ou o martirológio em conjunto ou separadamente, ou ainda de tirar proveito de qualquer forma a partir dele, sob pena de perda de contratos e de uma multa de cem ducados de ouro a ser paga à Sé Apostólica. A não observância ainda punia o infrator a pena de excomunhão.


Oficialmente o primeiro dia deste novo calendário foi 15 de outubro de 1582. Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias entre 05 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 04 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro. Os anos seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Desta forma a diferença (atraso) de três dias em cada quatrocentos anos observada no calendário juliano desaparecem. Corrigiu-se a medição do ano solar, o ano gregoriano dura em média 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja, 27 segundos a mais do que o ano trópico.

Apesar de corrigir muitos problemas, o calendário gregoriano apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias), além disso a semana, adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários. Outro problema é a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril, perturbando a duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais.

A mudança para o calendário gregoriano deu-se ao longo de mais de três séculos. Primeiramente foi adotado por Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e de modo sucessivo, pela maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o anglicanismo tardariam a adotá-lo, caso da Alemanha (1700) e Grã-Bretanha (1752). A adoção deste calendário pela Suécia foi tão problemática que até gerou o dia 30 de fevereiro. A China aprova-o em 1912, a Bulgária em 1916, a Rússia em 1918, a Romênia em 1919, a Grécia em 1923 e a Turquia em 1926.


O calendário juliano...
O calendário juliano foi implantado pelo líder romano Júlio César, em 46 a.C., como uma importante e substancial alteração no calendário romano. Foi modificado ainda mais em 8 d.C., pelo imperador Augusto, e os nomes dos meses sofreram ainda várias mudanças ao longo do Império Romano. O calendário juliano acabou sofrendo sua última modificação em 1582, pelo Papa Gregório XIII, dando origem ao calendário gregoriano que foi adotado progressivamente por diversos países, e hoje é utilizado pela maioria dos países ocidentais.

O calendário juliano, com as modificações feitas por Augusto, continua sendo utilizado pelos cristãos ortodoxos em vários países. Nele, os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença para o calendário gregoriano de 13 dias.

Em 46 a.C., Júlio César, percebendo que as festas romanas em comemoração à estação mais florida do ano, marcadas para março (que era o primeiro mês do ano), caíam em pleno inverno, determinou que o astrônomo alexandrino Sosígenes corrigisse o calendário. As modificações realizadas a partir desses estudos modificaram radicalmente o calendário romano: dois meses, Unodecembris e Duocembris foram adicionados ao final do ano de 46 a.C., deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano de 45 a.C.. Os dias dos meses foram fixados numa sequência de 31, 30, 31, 30... de Januarius a Decembris, à exceção de Februarius, que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, teria 30 dias.

Com estas mudanças, o calendário anual passou a ter doze meses que somavam 365 dias. O mês de Martius, que era o primeiro mês do ano, continuou sendo a marcação do equinócio. Foi abandonado o formato luni-solar do calendário romano se fixando para um calendário predominantemente solar, se substituiu o mês intercalar Mercedonius de 22 e 23 dias por apenas um dia chamado de dia extra que deveria ser incluso após o 25º dia de Februarius, que, em função da forma de contagem dos romanos acabou criando o conceito de ano bissexto, de 366 dias que deveria ocorrer de três em três anos.

Os anos bissextos definidos no calendário juliano aproximavam o ano trópico por 365,25 dias, incorporando pequenos erros no alinhamento das estações ao longo dos anos. O imperador Augusto acabou corrigindo essas diferenças em 8 d.C., determinando que os anos bissextos ocorressem de quatro em quatro anos.


Pela inclusão destes dois meses Unodecember e Duodecember e mais o mês intercalar Mercedonius, este ano de 46 a.C. acabou ficando com uma aparente duração de 445 dias uma vez que os romanos estavam acostumados a que o ano só findava ao término de Februarius. Na realidade, os meses de Januarius e Februarius, que seriam os últimos meses do ano de 46 a.C. com a inclusão destes dois meses a mais, passaram a ser os primeiros meses do ano de 45 a.C. Pela confusão que ocorreu, este ano 46 a.C. foi chamado pelos romanos de “ano da confusão”, pois, no calendário anterior, os anos já vinham com uma sequência irregular de 355, 377, 355 e 378 dias.

O calendário judaico...
Calendário judaico é o nome do calendário utilizado dentro do judaísmo. Atualmente os judeus ortodoxos o utilizam no cotidiano para a determinação das datas de aniversário, falecimento, casamento entre outras, enquanto a maior parte dos judeus o utiliza somente para fixar as festividades, os serviços religiosos e outros eventos da comunidade. O calendário hebraico é um calendário do tipo lunissolar cujos meses são baseados nos ciclos da Lua, enquanto o ano é adaptado regularmente de acordo com o ciclo solar. Por isso ele é composto alternadamente por anos de 12 ou 13 meses. Provavelmente o calendário lunissolar foi adotado pelos judeus a partir do calendário grego, antes dos judeus serem dominados pelos gregos. Neste calendário lunissolar, torna-se necessário o uso do mês intercalar, adicionado durante a estação da primavera.

Nos tempos bíblicos a determinação do começo do mês era realizada pela observação direta de testemunhas designadas para este fim, método seguido pelos caraítas até os dias de hoje, os quais determinam o primeiro mês do ano como Abib. Hoje em dia segue-se um cálculo o qual já leva em conta outros parâmetros religiosos adicionados por rabinos da época do Talmude. O cilclo lunar é de aproximadamente 29 dias e meio, o que gera uma alternação de meses com 29 ou 30 dias. A duração média de um mês hebreu é de 29,530594 dias, muito próximo ao mês sinódico (entre duas luas novas).

No calendário judaico atual, os meses são fixados por um cálculo complexo que leva em conta mais uma série de fatores, como por exemplo, a determinação talmúdica de que o primeiro dia do ano não pode cair nem num domingo, nem numa quarta-feira nem numa sexta-feira – ou outras regras ligadas ao horário exato da lua nova. O ano judaico deve ser periodicamente ajustado ao ciclo solar devido à determinação da Torá de que o mês de Nissan deve cair sempre na primavera do hemisfério norte, ou mais precisamente, de acordo com a determinação dos rabinos da época do Talmude o equinócio da primavera tem que estar dentro do mês de Nissan.


Para este ajuste precisamos determinar a diferença de dias entre um ano solar (aproximadamente 365 dias e 6 horas) e o período de 12 meses lunares (aproximadamente 354 dias): ele equivale aproximadamente a 11 dias e 6 horas. Ou seja, a cada dois ou três anos é necessário acrescentar um mês de 29 dias.

De acordo com a tradição judaica, a contagem é feita a partir da criação de Adão, o primeiro homem. Ou seja, os dias se iniciaram, segundo o Velho Testamento, ao por do sol na noite de quinta-feira, 07 de outubro de 3.761 a.C. Para o cálculo do ano judaico, basta acrescentar 3760 ao ano do calendário gregoriano. Por exemplo: o ano de 2013 seria o ano de 5773 judaico, mas a partir do dia 05 de setembro de 2013 começou o ano de 5774 judaico.

O calendário islâmico...
O calendário islâmico, ou calendário hegírico, é um calendário lunar composto por doze meses de 29 ou 30 dias ao longo de um ano com 354 ou 355 dias. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira – a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622. O mês começa quando o crescente lunar aparece pela primeira vez após o pôr do sol. Tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar.

Este calendário baseado no ano lunar não corresponde aos calendários do ano solar. Os meses islâmicos retrocedem a cada ano que passa em relação aos calendários baseados no ano solar, como o calendário gregoriano, por exemplo. Uma vez que o calendário islâmico é cerca de 11 dias mais curto que o calendário solar, os feriados muçulmanos acabam por circular por todas as estações. O ano atual para os islâmicos é o de 1436.

Os 12 meses do ano se alternam em durações de 29 e 30 dias. Dentro de um ciclo de 30 anos, 11 deles recebem um dia a mais (30 dias no último mês). São, assim, a cada 30 anos, 19 anos de 354 dias e 11 de 355 dias. O início desse calendário é tido como sexta-feira (o sétimo dia da semana islâmica), 16 de julho de 622 d.C. do calendário juliano.


A partir deste artigo nós temos a certeza de que o tempo é algo concebido pelo Homem para se situar em um espaço temporal e em determinado lugar; por ser uma criação humana temos várias formas de contar o tempo. Portanto, neste momento que estamos no ano de 2015 d.C. no calendário gregoriano, estamos ao mesmo tempo no ano 2768 do calendário da fundação romana, em 4711 no ano chinês, em 5776 no calendário judaico, em 1394 no ano persa e em 1438 no calendário muçulmano.

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