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Channel: Fato e farsa!
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Efeito lunar: teoria de fato, ou uma farsa com toque folclórico?!

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O chamado “efeito lunar” é uma teoria pseudocientífica que se sobrepõe em sociologia, psicologia e fisiologia, sugerindo que há correlação entre as fases específicas do ciclo lunar na Terra e o comportamento divergente em seres humanos. Os créditos de uma correlação de fases lunares para o comportamento humano não se sustentam sob o escrutínio científico. Ao longo dos últimos 30 anos, ainda mais evidência surgiram para sublinhar que isto é uma pseudociência.


A ideia por trás do efeito lunar tem fascinado muitos estudiosos do comportamento e justificam muitas experiências e estudos. A maioria dos experimentos, no entanto, não encontrou nenhuma correlação entre as variáveis e, portanto, refutaram a hipótese.

Talvez os mais famosos mitos decorrentes desta teoria é a lenda do lobisomem; de acordo com a lenda, durante a lua cheia, o ser humano que tem raiva – doença – torna-se um ser horrível, metade homem, metade lobo/cachorro com comportamentos animalescos.


Acredita-se que, durante a lua cheia, aumentem o número de crimes violentos, o índice de homicídios, acidentes de trânsito, de suicídios e das internações nos hospícios, licantropia, vampirismo, lobisomens, alcoolismo, sonambulismo, epilepsia, entre outros. A lua cheia também é relacionada à fertilidade por isso atribuem-se que mais mulheres dão à luz na lua cheia. Uma teoria afirma que a lua tem uma relação percebida com a fertilidade é devido ao ciclo menstrual humano que corresponde em média 28 dias.

No meio rural, muitos agricultores consultam a Lua antes de plantar ou podar, pois acreditam que as colheitas são mais abundantes se as sementes forem plantadas nas fases certas da Lua; também consultam a Lua antes de podar plantas, colher frutos, fertilizar o solo, cortar madeira, realizar a pesca etc. Já nos salões de beleza e cabeleireiros muitos fazem o mesmo na hora de cortar o cabelo.

De acordo com os astrônomos mais renomados e que estudam a Lua, seu poder gravitacional é muito pequeno em relação ao poder gravitacional do Sol, por exemplo. Segundo eles, o máximo que pode ocorrer é o efeito lunar sobre as marés, causando maré alta e maré baixa.


Ator de pegadinha russa morre durante gravação na rua: fato ou farsa?!

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Nos últimos anos há uma “corrente” na internet que divulga o que seria uma pegadinha mortal divulgada pela televisão russa, em 1995. Nessa pegadinha, o rapaz, ator da rede de televisão, se esconde numa caixa de correio e termina morto por vários tiros dados por um valentão que não gostou da brincadeira. Isso causou pavor e revolta de várias pessoas da internet. Veja a pegadinha no vídeo abaixo:




Assustador, não?! Mas na verdade, essa pegadinha é uma farsa muito bem elaborada por uma equipe de publicidade. Essa pegadinha está cortada. Tratava-se de uma campanha publicitária de uma operadora de seguros da Rússia. O ator valentão aparece em várias outras pegadinhas, sempre terminando da mesma forma: sacando o revólver e atirando em todo mundo.

A mensagem da campanha é simples: como a Rússia é um país extremamente violento, o objetivo era que as pessoas se protegessem de todos os tipos de má sorte, inclusive no caso de um valentão no meio da rua. Veja os outros vídeos da campanha de publicidade:







Interessante, não?!

Epopeia de Gilgamesh: a gênese do mito bíblico de Noé?! Fato ou farsa?!

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Hoje vamos falar um pouco sobre um dos mais antigos, mais estudados, mais controversos e mais ricos mitos de toda a história da Humanidade. Trata-se da Epopeia mesopotâmica de Gilgamesh: controvertida porque se assemelha em toda sua narrativa à história de Noé, descrita na Bíblia judaico-cristã. No entanto, o heroísmo de Gilgamesh foi descrito pelos mesopotâmios setecentos anos antes que Noé aparecesse no primeiro livro bíblico, do Gênesis. Muitos fundamentalistas cristãos dizem que a história envolvendo Gilgamesh é uma cópia de Noé, datada pelos cientistas para que as pessoas desacreditassem na Bíblia, o “livro das verdades”.


A Epopeia de Gilgamesh é um antigo poema épico (contando aventuras) da região da Mesopotâmia (onde hoje se situam o Iraque e o Kuwait), sendo uma das primeiras obras conhecidas da literatura mundial. Crê-se que sua origem seja vinda de diversas lendas e poemas sumérios sobre o mitológico deus-rei Gilgamesh, que foram compilados e reunidos num só livro no século 7 a.C. pelo Rei Assusbanípal. Antes disso, esse mítico herói era lembrado nas rodas de contos orais pelos mais velhos, transmitidos para os mais jovens, desde pelo menos 1700 a.C.

Gilgamesh (imagem abaixo) tinha tanta importância para a cultura suméria que ganhou dois títulos: “Aquele que viu as profundezas” (por conta de uma narrativa em que ele vai até o inferno e voltara vivo) e “Aquele que se eleva sobre todos os reis da terra” (por causa da sua incrível inteligência e esperteza). De acordo com alguns arqueólogos, Gilgamesh provavelmente foi um monarca do fim do segundo período dinástico inicial da Suméria, por volta do século 26 a.C.


Toda epopeia gira em torno da relação entre Gilgamesh e seu companheiro de todas as horas, Enkidu, um homem selvagem criado pelos deuses como um equivalente de Gilgamesh, para que o distraísse e evitasse que ele oprimisse os cidadãos de Uruk. Juntos passam por diversas missões, que acabam por descontentar os deuses; primeiro vão às Montanhas do Cedro, onde derrotam Humbaba, seu monstruoso guardião, e depois matam o Touro dos Céus, que a deusa Ishtar havia mandado para punir Gilgamesh por não ceder às suas investidas amorosas.

A parte final do épico é centrada na reação de transtorno de Gilgamesh à morte de Enkidu, que acaba por tomar a forma de uma busca pela imortalidade. Gilgamesh intenta uma longa e perigosa jornada para descobrir o segredo da vida eterna e vem a consultar Utnapishtim, o herói imortal. Depois de ouvir Gilgamesh, o sábio proclama: “A vida que você procura nunca encontrará. Quando os deuses criaram o homem, reservaram-lhe a morte, porém mantiveram a vida para sua própria posse”. Gilgamesh, no entanto, foi celebrado posteriormente pelas construções que realizou, e por ter trazido de volta o conhecimento perdido de diversos cultos para Uruk, após seu encontro com Utnapishtim. A história é conhecida por todo o mundo, em diversas traduções, e seu protagonista, Gilgamesh, se tornou um ícone da cultura popular.

Em algumas traduções da história, Gilgamesh pode ser confundido por outro herói sumério que o Judaísmo “tomou emprestado” para a Bíblia: Utnapishtim, o primeiro homem da terra, criado pela deusa Ishtar para viver com sua companheira, sem pecado, num jardim maravilhoso, até terem comido a fruta do pecado. Esse épico entrou para a Bíblia cristã como sendo a história da criação do mundo, e a vinda à terra de Adão e Eva.

A história que envolve “Noé”...
Gilgamesh (ou Utnapishtim, dependendo da consulta da fonte), na sua busca por sabedoria, fica a par de que os deuses estavam desgostosos com a humanidade, e concederam a vida a Gilgamesh e sua família, desde que construíssem uma enorme arca para abrigar as espécies de animais e plantas, pois a terra seria varrida por um aguaceiro sem precedentes.

Segundo o épico, o nosso herói sumério fez tudo o que foi ordenado. O aguaceiro veio, ele protegeu as plantas e os casais de animais. Depois de sete dias navegando sem destino por um mar sem fim, um deus avisou-lhe que era hora de procurar por terra firme e repovoar a terra. Assim, com sua inteligência, Gilgamesh soltou um corvo que não retornou (sinal que ele encontrara terra firme, encontrando carniça dos mortos da enchente devastadora para comer).


A semelhança com o conto bíblico é incrível. De acordo com os antropólogos, teólogos revisionistas e historiadores, os judeus ouviram muito dessa história enquanto estiveram convivendo com mesopotâmios no Cativeiro da Babilônia; desta forma, agregaram para si a história do dilúvio vencida por Gilgamesh (ou Utnapishtim). Muitos teólogos conservadores afirmam que as datas estão erradas, e não há comprovação que este mito tenha sido originado séculos antes do fato verdadeiro vivido por Noé; o objetivo deles é não diminuir os fatos bíblicos nem a grandiosidade de Deus, por isso a Epopeia de Gilgamesh ainda encontra muitos críticos vorazes.

Voltando ao mito...
Seu registro mais completo provém de uma tábua de argila escrita em língua acádia do século 8 a.C. pertencente ao Rei Assurbanípal, tendo sido no entanto encontradas tábuas com excertos que datam do século 20 a.C., sendo assim o mais antigo texto literário conhecido, e seria o equivalente mesopotâmico de Noé. A primeira tradução moderna foi realizada na década de 1860 pelo estudioso inglês George Smith.

Esse registro, herdado por tradição oral dos tempos pré-históricos, de acordo com algumas teorias, terá tido a sua origem no final da última era glacial. Outras teorias dizem que foi um tombamento do eixo planetário, causado ou pela gravidade de um meteoro que passou perto da terra durante a época ou pela inversão do polo magnético da terra que acontece de tempos em tempos.

Versões de fragmentos atuais desenterrados pela arqueologia atestam, entre outras histórias, a lenda de dois seres que se amaram, Isa e Ani, geraram uma filha, Be. Porém Ani esteve na floresta de Humbaba procurando por Isa, e dizem que por algum motivo nunca mais se viram. As inscrições em cuneiforme (principalmente o assírio) atestam que ele nunca desistiu de procurar Isa, e este casal é o fundador do amor mesopotâmico.

Você já ouviu falar no Mar do Diabo, ou no Triângulo do Dragão?! Conheça no post de hoje!

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Hoje vamos falar sobre um ponto curioso no planeta; pouco conhecido do público no Ocidente, mas extremamente temido pelos povos do extremo Oriente desde tempos medievais. Trata-se do Mar do Diabo (o nome já pode assustar os mais crédulos, esperando a história que o post contém), mas também conhecido popularmente como “Triângulo do Dragão” e “Triângulo das Bermudas do Pacífico”.


O chamado Mar do Diabo (Triângulo do Dragão) é uma região do Oceano Pacífico ao redor da Ilha Miyake, cerca de cem quilômetros ao sul da Baía de Tóquio, no Japão. De acordo com os crédulos, um dos lados do triângulo pode estar na Ilha de Guam. Apesar de o nome ser usado popularmente no Japão, na China, na Rússia e nas duas Coreias, não aparece nas cartas náuticas de nenhuma parte do mundo (as histórias envolvendo esta parte do mundo não são muito conhecidas no Ocidente).

Junto com o mito envolvendo o Triângulo das Bermudas (tema já abordado por este blog há algum tempo), os orientais creem que no Mar do Diabo (Triângulo do Dragão) também ocorram eventos inexplicáveis, ufológicos, paranormais, parapsicológicos e de natureza duvidosa. Há muito sensacionalismo envolvendo esta parte do mundo, e japoneses, chineses e coreanos acreditam que, nesta parte do globo terrestre, aviões e barcos perdem o destino e simplesmente desaparecem.


De acordo com os geógrafos que já trabalharam no mito do Mar do Diabo (Triângulo do Dragão), ao contrário de muitas declarações, nem lá no Pacífico nem o Triângulo das Bermudas estão localizados na linha agônica, onde o norte magnético se iguala ao norte geográfico. A declinação magnética nesta área é de cerca de cinco graus. O que realmente existe é que, curiosamente, o Triângulo das Bermudas situa-se diretamente na mesma linha de latitude do Mar do Diabo (Triângulo do Dragão), 35 graus, levando muitos pesquisadores a acreditar que possa existir um “buraco de minhoca”, um tipo de túnel que poderia ligar o Triângulo das Bermudas com o Triângulo do Dragão, dando a entender que um dos dois triângulos serve como buraco negro e o outro como um buraco branco.



Entre os fenômenos reportados no local do Mar do Diabo (Triângulo do Dragão) estão: perdas de barcos, desaparecimentos de aviões (em número maior até que os casos relatados nas Bermudas), avistamentos de supostos navios-fantasmas, barcos piratas, objetos submarinos não-identificados (OSNI’s), discos voadores, perdas de memória, enjoos repentinos, perdas de intervalos de tempo etc. De acordo com os céticos, os casos relatados estão ligados aos excessos de superstição nas culturas do Japão, da China e das duas Coreias.

Opinião de Charles Berlitz...
O escritor de ficção norte-americano Charles Berlitz escreveu um livro chamado “O Triângulo do Dragão”, publicado originalmente em 1989. Segundo ele, o local aparece como uma zona perigosa nos mapas japoneses desde os tempos feudais. Também afirma que, nos anos de paz entre 1952 e 1954, o Japão perdeu cinco embarcações militares com um total de tripulação desaparecida que supera 700 pessoas. O governo japonês, a fim de saber o motivo da perda de barcos e pessoas, financiou uma embarcação de investigação tripulada com mais de cem cientistas para estudar o Mar do Diabo. Depois, a embarcação desapareceu com todos os cientistas, e o Japão declarou a área como zona perigosa.

No entanto, apesar de as histórias publicadas no livro, muitas delas são pura ficção que os franceses chamam de “intoxicação da informação”. Ou seja, factoides de informações envolvendo espaço e tempo sem anacronismo, fazendo tais ficções parecerem com verdade, levando à confusão das pessoas. Haja vista que em nenhum mapa japonês há esse alerta de que aquela zona seja perigosa.

Reputação...
Segundo a investigação de Larry Küsche, essas “embarcações militares” eram embarcações de pesca, e alguns deles se perderam fora do Mar do Diabo, tão longe como perto de Iwo Jima (cerca de mil quilômetros ao sul do Japão). Também assinala que, naquela época, a cada ano se perdiam centenas de barcos de pesca ao redor do Japão.

A embarcação japonesa de investigação que Berlitz mencionou, chamada “Kaiyo Maru 5”, com uma tripulação de 31 pessoas a bordo (não cem como dizem), foi destruída por uma erupção em 24 de setembro de 1952, em uma missão de investigação sobre a atividade de um vulcão submarino, o Myojinsho, a uns 300 quilômetros ao sul do Mar do Diabo. Alguns restos foram recuperados.

Fatos, farsas e demais curiosidades sobre o Apocalipse, o livro mais temido da Bíblia...

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No post de hoje, vamos falar um pouco de um assunto teológico bastante controverso: o livro do Apocalipse, por vezes conhecido como o livro da Revelação e, ainda, Apocalipse de São João. Trata-se do último livro do cânon bíblico; controverso porque, de acordo com o Cristianismo, ele falaria sobre os sinais do fim dos tempos, quando Cristo estaria para retornar e, assim, iniciar o período de guerra crucial entre o bem e o mal, quando haverá o Juízo Final.


A palavra “apocalipse” tem origem no grego “apokálypsis”, significando “revelação”, “descoberta”. Assim, um apocalipse, nas teologias judaica e cristã, seria a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de “apocalipse” aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa se usar o título “Apocalipse” e não “Revelação”, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de “fim do mundo”.

O título do livro pode sugerir “a grande revelação de Jesus Cristo”, sendo a ideia básica de que os eventos descritos no livro foram revelados a Jesus Cristo, e este mostrou a seus servos, há mais de dois mil anos ou mais de 20 séculos atrás, as coisas que aconteceriam, teoricamente, em breve. De acordo com os historiadores da religião, São João, o escritor do livro, não é seu autor, apenas o escriba, que escreveu o livro ditado pelo autor, Jesus. Por duas vezes, João relata que o conteúdo do livro foi revelado através de anjos.

Neste livro da Bíblia, conta-se que antes da batalha final, os exércitos se reúnem na planície abaixo de “Har Meggido” (a Colina de Meggido, um lugar no meio do deserto em Israel). Entretanto, a tradução foi mal feita e “Har Meggido” foi erroneamente traduzido para Armagedom, fazendo os exércitos se reunirem na planície antes do Armagedom, a batalha final.


Autoria e questões de interpretação do livro...
Exegetas católicos e protestantes atribuem a sua autoria a São João, o mesmo autor do Evangelho de São João, conforme o descrito no próprio livro do Apocalipse, em seu início: “Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi por detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: ‘O que vês, escreves-o num livro, e envias-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia’”.

Entretanto, existem correntes que acreditam que o João mencionado no versículo acima (referido como “João de Patmos”) é outro indivíduo, diferente do apóstolo João. De acordo com Clarence Larkin, o fato do estilo deste livro ser totalmente diferente das epístolas de São João é porque o autor do livro é Jesus Cristo, sendo João apenas seu escriba. Portanto, para alguns teólogos de renome, o Apocalipse seria mais um Evangelho, mas com revelações assustadoras e perturbadoras mostradas por Jesus Cristo, em reunião com seu ministério mais próximo.

Para os cristãos, o livro possui a previsão dos últimos acontecimentos antes, durante e depois do retorno de Cristo a este mundo. A interpretação, feita por protestantes e católicos, é dividida em três grupos: preterista (as revelações já ocorreram, e falam de eventos do tempo de Jesus como homem na terra), historicista (a ocorrência das revelações já começou desde os tempos de Jesus, e se dá com o passar da própria história seguindo para um futuro distante e incerto) e futurista (tais revelações deste livro só ocorrerão num futuro, mesmo sendo este muito distante, tenebroso, medonho e indeterminado).


A literatura apocalíptica tem uma importância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juízo Final, o céu, o inferno e outras que são ali referidas de forma mais ou menos explícita. Mesmo assim, vale ressaltar que os judeus não têm o Novo Testamento em suas respectivas Bíblias, portanto eles não creem nas palavras de São João; apenas acreditam que haverá, sim, um dia em que um Messias virá (não sendo este Jesus) para, finalmente, confrontar todos os males colocando um fim à própria história.

Teologia amilenista...
Uma vez que o livro é escrito em linguagem simbólica, profética, dá margem a inúmeras interpretações pelos diversos segmentos cristãos. A teologia amilenista traz em seu bojo a interpretação não-literal, isto é, as imagens que aparecem no livro significam algo, e, por isso, entende que o Milênio não será formado de mil anos literais, mas um período de tempo indeterminado (3 anos e meio, um tempo, dois tempos e metade de um tempo, 42 meses e 1.260 dias são sinônimos e representam inexatidão de tempo). Neste tempo inexato, os povos serão chamados para servir Cristo e os que o seguirem serão marcados para a salvação.

Assim, já estamos no Milênio e, a Grande Tribulação ainda está por vir, apesar de os salvos já viverem a tribulação dentro de um mundo corrupto e mau. A Grande Tribulação está sendo implantada à medida que a era da pregação do Evangelho (Milênio) termina. No final do Milênio aparecerá o Anticristo (que trará a Grande Tribulação) e será eliminado pela Palavra do Senhor, isto é, Jesus Cristo. O fim é descrito com o aprisionamento definitivo da besta, do falso profeta, de Satanás e de seus demônios no lago de fogo e enxofre. Segue-se a isso o Juízo Final e o destino eterno dos salvos – a Nova Jerusalém.


Teologia pré-milenista...
A teologia pré-milenista (significando que Jesus viria antes do Milênio), traz em seu bojo a interpretação literal das imagens/figuras e, por este modo, entende que os sete anos da Grande Tribulação, onde após o arrebatamento da igreja, a Terra passaria por três anos e meio de paz. Tal marca, diz o profeta, seria posta na testa ou na mão das pessoas e haveria três anos e meio de grande aflição. Após esse período, ocorreria o início do Milênio (onde a igreja reinaria com Cristo na Terra). Terminado o Milênio, dar-se-ia início ao Juízo final, onde o Messias reinaria definitivamente, lançando Satanás e seus anjos (demônios) no lago de fogo.

Neste livro o autor discorre sobre as consequências do acatamento ou não dos apelos do Novo Testamento (“voltem-se para Deus”; “arrependam-se de seus pecados”) dividindo então os santos (aqueles que se converteram a Deus, por meio da fé em Jesus Cristo) e os que se negaram a viver com Ele.

Voltando ao assunto...
O sinal ou marca da besta é alvo de diversas interpretações. Existem aqueles que dizem que o sinal será literalmente posto na mão direita ou na testa, e acusam o Verichip de ser esse sinal. Outros preferem uma visão mais simbólica e interpretam que o sinal da besta na mão direita ou na testa significaria respectivamente atitudes e pensamentos segundo as intenções da besta, e contrários a Deus. Um exemplo de tal interpretação tem os adventistas, que creem que se pode identificar o sinal da besta identificando qual o sinal contrário, isto é, o “sinal de Deus”, que eles creem ser a observância do sábado. Neste caso, para eles, a marca da besta seria a observância do domingo, reconhecido como dia do Senhor tanto por católicos como por protestantes.

Porém correntes atuais ponderam que o sinal da besta nada mais é que algo compreensível, que quem recebê-lo saberá exatamente o que está fazendo, pois a expressão “é número de Homem” remete a algo comum, notório para todos, pois até mesmo pessoas iletradas reconhecem números com facilidade, ao contrário da corrente que há alguns anos acusava o código de barras e agora o Verichip. Existe também a possibilidade de ser um número bem no centro da testa escrito “666”.

Visão espíritualista do Apocalipse...
Segundo a visão espírita-cristã acerca do Apocalipse, São João Evangelista, sob a orientação do Alto, deixa registrada para a posteridade uma carta em forma de revelação profética; uma revelação autêntica sobre o futuro próximo a aquela época, e os tempos do fim. As mensagens e revelações contêm linguagem figurativa, que sugere as realidades espirituais em torno e por trás da experiência histórica. Evidências encontradas no próprio texto, indicariam que o Apocalipse fora escrito durante período de extrema perseguição aos cristãos, provavelmente no período compreendido entre o reinado de Nero, em julho de 64 d.C., e a destruição de Jerusalém, em setembro de 70 d.C., como relata Santo Estêvão.

A mensagem central do Apocalipse é que já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso. O objetivo da mensagem apocalíptica era fornecer estímulo pastoral aos cristãos perseguidos, confortando, desafiando e proclamando a esperança cristã garantida e certa, além de ratificar a certeza de que, em Cristo, eles compartilhavam o método soberano de Deus. Por meio da espiritualidade em todas suas manifestações, haveriam de alcançar a superação total das forças de oposição à nova ordem que se estabelecia, pois que essa constituía a vontade do Altíssimo.

Considerações sobre a psicocinese/telecinese: fato ou farsa?!

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Dentro da pauta de pesquisas e assuntos do espiritismo, do ocultismo e da parapsicologia, a psicocinese (que significa “movimento mental”) ou telecinese (significando “movimento à distância”) descreveria o suposto fenômeno ou capacidade de uma pessoa movimentar, manipular ou abalar um sistema físico sem interação física, apenas usando a mente. O termo “psicocinese” foi criado em 1914, pelo autor estadunidense Henry Holt, e popularizado pelo parapsicólogo estadunidense J.B. Rhine nos anos 30. Já o termo “telecinese” foi criado em 1890, pelo parapsicólogo russo Alexandre Aksakof.

A telecinese e psicocinese são consideradas por vários cientistas céticos como uma tremenda fraude. Já outros pesquisadores, especialmente aqueles ligados à parapsicologia, as consideram bastante autêntica.


Evidências da existência da telecinese/psicocinese...
Apesar dos relatos de sucesso em estudos sobre os supostos fenômenos, não há suporte do método científico às alegações de psicocinese e de telecinese. O consenso científico é que as suas ocorrências contrariariam inúmeras das leis naturais da física (termodinâmica), química (teoria atômica) e biologia (evolução). Além disso, há inúmeros relatos de fraudes científicas e outros enganos nos chamados estudos parapsicológicos.

Um dos mais famosos casos de psicocinese supostamente real foi a dona de casa russa Nina Kulagina, que durante algumas décadas foi estudada e testada por dezenas de cientistas (incluindo dois laureados com o Prêmio Nobel), sendo que muitos dos cientistas concluíram que ela realmente possuía psicocinese. Além dessa capacidade paranormal, ela supostamente também possuiria clarividência. Segundo estudos feitos com Kulagina pelo fisiologista Genady Sergeyev, a pulsação da russa chegava a 240 bpm durante a realização da psicocinese. Em 1990, ela morreu por infarto cardíaco fulminante, o que muitos acreditam ter sido causado pelas exigências físicas de suas capacidades paranormais.

Um outro caso é o da médium polonesa Stanislawa Tomczyk, que alegava que o espírito “Little Stasia” era capaz de realizar psicocinese através dela. É notória a fotografia em que ela aparece supostamente realizando telecinese em uma tesoura, ao lado do psicólogo Julian Ochorowicz.

Em 1991, o Nobel em Física Brian David Josephson e o físico Fotini Pallikara-Viras publicaram o artigo “Biological utilization of quantum nonlocality” na revista “Foundations of Physics”, propondo que as explicações para a psicocinese a telepatia podem ser encontradas na física quântica. Carl Sagan incluiu a psicocinese em uma longa lista de “produtos típicos da pseudociência e da superstição”, afirmando que “seria tolice” aceitar qualquer afirmação paranormal “sem evidências adequadas”. O Prêmio Nobel Richard Feynman defendeu uma posição similar à de Sagan.


Estudos realizados pelos soviéticos...
Durante o período da Guerra Fria (1945-1991), os soviéticos parecem ter sido os mais interessados em pesquisas relacionadas ao estudo da telecinese e da psicocinese. Nas décadas de 1950 até 1970, várias universidades espalhadas pelo território da União Soviética mantiveram programas militares secretos muito importantes que trabalhavam a parapsicologia, como a clarividência e a possível capacidade das pessoas em movimentar objetos à distância através do poder da mente. De acordo com os teóricos da conspiração, o objetivo maior era criar uma superelite de espiões que pudessem atuar na Alemanha, no Reino Unido e, principalmente, nos Estados Unidos a fim de lerem as mentes dos cidadãos. Esses estudos consumiram bilhões de dólares ao longo do tempo e não chegaram a lugar algum, mas depois da abertura política (“glasnost”) promovida por Mikhail Gorbatchev, muitos vídeos de experiências incríveis chegaram às mãos de especialistas de todo mundo.

Fatos, farsas e histórias envolvendo a mediunidade...

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Hoje o nosso blog vai trabalhar a questão relativa a um tema muito comum no espiritismo e na parapsicologia, que fascina e ao mesmo tempo assusta várias pessoas: a mediunidade, ou conhecida, ainda, como canalização. Será que este fenômeno psíquico é autêntico? Será que se trata muito apenas a uma sugestão do corpo humano? Qual é a história por trás desse fenômeno espiritual? Envolve somente a religião e os dons do corpo e do espírito? Vamos tentar responder a estas perguntas hoje.


1. Mediunidade, ou canalização, designa a alegada comunicação entre humanos (encarnados) e espíritos (desencarnados); ou a manifestação espiritual via corpo físico que não lhe pertence. Apesar de disseminada pela maioria das sociedades ao longo da história humana, foi a partir do século 19 que a mediunidade começou a ser um objeto de intensa investigação científica.

2. Embora não provada através da ciência, a mediunidade é corroborada por diversas doutrinas e correntes espiritualistas, sendo parte das raízes greco-romanas e judaico-cristãs da sociedade ocidental, bem como dos orientais hinduísmo e budismo tibetano. Assim, em perspectiva espiritualista um espírito que deseja comunicar-se entra em contato com a mente do médium ativo, e, por esse meio, pode se comunicar por várias formas, como oralmente (psicofonia), pela escrita (psicografia), ou ainda se fazendo visível ao médium (vidência).

3. Fenômenos de ordem física incluem levitações (poltergeist), batidas (tiptologia), escrita direta (pneumatografia), voz direta (pneumatofonia), voz eletrônica (electronic voice phenomena) etc. Também há a mediunidade de psicometria, que é muito usada como ajuda para a polícia, consiste em um médium ler impressões e recordações pelo contato com objetos comuns; e a mediunidade de cura, como acontece através do médium João de Deus. Outras formas de comunicação com os espíritos podem ser encontradas em “O livro dos médiuns”, de Allan Kardec.

4. Ressalta-se que embora recorrente em vertentes espiritualistas e grupos sociais, e bem evidente na doutrina espírita, a mediunidade não se encontra estabelecida à luz da ciência, visto a própria existência de espíritos não encontrar-se cientificamente estabelecida perante os rigores do contemporâneo método científico.

5. Enquanto no meio espírita utiliza-se a palavra “médium” para designar o indivíduo que serve de instrumento de comunicação entre os espíritos encarnados e espíritos desencarnados, outras doutrinas e correntes filosóficas utilizam termos como “clarividente”, “intuitivo”, “sensitivo”. No entanto, o significado desses termos pode ser considerado por alguns com o mesmo significado, porém cada um pode ser distinguido como uma faculdade mediúnica diferente.

6. Médium é aquele que serve de elo entre o mundo em que vivem os espíritos (plano espiritual, quarta vertical, quarta dimensão, mundo astral) e o mundo terreno, assim este se abre para que o espírito se utilize dele. Clarividente é aquele que tem capacidade de enxergar o plano espiritual através da “terceira visão”. Intuitivo é aquele que tem capacidade de sentir a cadeia dos acontecimentos e assim prevê-los, bem como o sensitivo que também se adequaria a esta faculdade.

7. Kardec definiu as diversas faculdades mediúnicas, de acordo com o que julgou oportuno. Por isso outras designações que nomeiam a faculdade em outras correntes não são interessantes para o espiritismo, a fim de não trazer ambiguidades para os termos.

8. Os parapsicólogos forenses, também conhecidos como investigadores psíquicos, são médiuns que trabalham em conjunto com a polícia na investigação de crimes de difícil solução (tais como: inexistência de testemunhas, escassez de provas, excesso de suspeitos). O papel desses paranormais consiste basicamente em captar sensações sobre o que aconteceu nos locais dos crimes e passar as informações para que os detetives tomem as devidas providências administrativas, incluindo a detenção de suspeitos para interrogatório.

9. Com o sucesso dos seriados em canais pagos que tratam do tema, as polícias de diversos estados americanos passaram a admitir em público o uso de paranormais em investigações onde a tecnologia mostra-se insuficiente. O “Discovery Channel” elaborou um documentário dividido em vários episódios para tratar desse tema, reportando as atividades de quinze investigadores psíquicos no apoio às polícias de diversos estados americanos. Entretanto, o documentário não apresenta casos onde tal ajuda não resultou em sucesso e vale frisar que a lei americana obriga a polícia a ouvir todos os que dizem saber algo sobre a investigação, incluindo aqueles que se intitulam médiuns ou sensitivos, que voluntariamente se apresentam para ajudar, não fazendo parte do procedimento policial a busca de cartomantes, médiuns, etc. para a solução de crimes.

10. Sally Headding, uma respeitada investigadora psíquica americana, formada em psicologia clínica, aponta que atualmente o principal problema da popularidade dos investigadores psíquicos nos Estados Unidos é o surgimento de uma série de falsos paranormais que se apresentam para ajudar a polícia em casos de grande repercussão. No entanto, segundo as palavras de Sally, os verdadeiros paranormais dificilmente procuram a polícia, ao contrário, são convidados por esta para colaborar nas investigações.


11. Curiosamente, no Brasil, o estado de Pernambuco, seguindo determinação da Constituição Estadual, prevê como obrigação daquele estado e dos seus municípios a prestação de “assistência à pessoa dotada dessa faculdade, [desde que] comprovado por profissionais especializados”. Essa comprovação é justamente um mecanismo para que se tenha certeza de não se tratar de um caso de charlatanismo. O processo de definição pelo estado do que é charlatanismo ou não, não está claro.

12. Textos psicografados por médiuns como Chico Xavier e Jorge José Santa Maria (da Sociedade Beneficente Espírita Amor e Luz, no município de Porto Alegre) já foram incorporados a processos criminais na forma de provas documentais.

13. A pesquisa sobre a mediunidade e sua relação mente-cérebro trouxe importantes contribuições científicas, sendo que muitos cientistas e intelectuais renomados empenharam-se em realizar tais estudos, entre eles: Allan Kardec, Alexander Moreira-Almeida, Alfred Russel Wallace, Alexandre Aksakof, Camille Flammarion, Carl Jung, Cesare Lombroso, Charles Richet, Gabriel Delanne, Frederic Myers, Hans Eysenck, Henri Bergson, Ian Stevenson, J. J. Thomson, J. B. Rhine, James H. Hyslop, Johann K. F. Zöllner, Lord Rayleigh, Marie Curie, Oliver Lodge, Pierre Curie, Pierre Janet, Théodore Flournoy, William Crookes, William James e William McDougall.

14. Entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20 diversos médiuns foram levados por cientistas renomados a realizarem testes que tornaram supostamente plausível a existência de espíritos, por exemplo a médium estadunidense Leonora Piper e a médium britânica Gladys Osborne Leonard, que foram testadas por décadas. Os resultados obtidos com cada uma dessas duas médiuns foram bastante impressionantes para os cientistas que as testaram em profundidade, levando-os às considerarem paranormais autênticas.

15. O neurocientista Núbor Orlando Facure diz que a mediunidade é um fenômeno fisiológico, universal comum a todas as pessoas, e que pode se manifestar de diferentes maneiras. Nos estudos que realiza, busca compreender a relação entre os núcleos de base dos automatismos psicomotores e aqueles que geram o fenômeno da mediunidade. Em entrevista dada à revista “Universo Espírita”, Facure aponta que os neurônios em espelho podem ser os responsáveis pela sintonia que permite sentirmos no lugar do outro. No entanto, Facure também diz que isso são apenas conjecturas e que atualmente não existe comprovação científica de que o fenômeno se dê dessa forma.

16. Em pesquisa realizada por Frederico Leão e Francisco Lotufo, médicos psiquiatras da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, constatou-se uma melhora dos aspectos clínicos e comportamentais de 650 pacientes portadores de deficiências mental e múltiplas ao submetê-los a um tratamento espiritual realizado através de reuniões mediúnicas. Como resultado do estudo, os autores sugerem a aplicação do modelo de prática das comunicações mediúnicas como terapias complementares.

17. Outra importante pesquisa foi realizada pelo psiquiatra e parapsicólogo Alexander Moreira-Almeida, que no dia 22 de fevereiro de 2005, defendeu a tese “Fenomenologia das experiências mediúnicas: perfil e psicopatologia de médiuns espíritas”, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP, da Faculdade de Medicina da USP. A tese pretendeu traçar um perfil de saúde mental de 115 médiuns espíritas (escolhidos aleatoriamente), na qual foram testados e entrevistados com apurados instrumentos da psiquiatria. Na conclusão do trabalho, Almeida diz que “os médiuns estudados evidenciaram alto nível socioeducacional, baixa prevalência de transtornos psiquiátricos menores e razoável adequação social. A mediunidade provavelmente se constitui numa vivência diferente do transtorno de identidade dissociativa. A maioria teve o início de suas manifestações mediúnicas na infância, e estas, atualmente, se caracterizam por vivências de influência ou alucinatórias, que não necessariamente implicam num diagnóstico de esquizofrenia”.

18. Desta forma, constatou-se que os médiuns estudados apresentaram boa saúde mental, apesar dos sintomas de visões ou interferências de pensamentos alheios, que não são sintomas de loucura, mas outro tipo de vivência, chamada pelos espíritas de mediunidade.

19. O psiquiatra da Universidade da Virginia Ian Stevenson, junto a outros cientistas, publicou pesquisa científica descrevendo um notório caso que classificaram como “possessão”, relatando que quando no transe, a paciente fornecia não apenas evidência de conhecimento, mas também complexo conjunto de comportamento e habilidades característicos de Shiva, uma mulher desconhecida da paciente e seus parentes que viveu a uma centena de quilômetros de distância e havia morrido recentemente. Através da “possessão”, foram apresentadas vinte e três pessoas conhecidas de Shiva, além de uma variedade de comportamentos compatíveis com a personalidade da falecida, tais como modo de vestir, esnobismo de casta, senso de humor e maior fluência literária.

20. O programa de pesquisa VERITAS, que é realizado no Laboratório de Pesquisas Avançadas da Consciência e Saúde – pertencente ao Departamento de Psicologia da Universidade do Arizona – foi criado principalmente para analisar a hipótese da sobrevivência da consciência após a morte do corpo humano. Tal programa é dirigido pelo Dr. Gary Schwartz e já resultou na publicação de vários artigos científicos e livros que segundo Schwartz e seus colegas de pesquisa, fornecem evidências de que a comunicação entre seres humanos e espíritos realmente existe.


21. Em uma pesquisa científica feita em 2008 nos Estados Unidos por cientistas da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Juiz de Fora, da Universidade Federal de Goiás, da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Thomas Jefferson, usando recursos da neurociência moderna foram medidas as atividades cerebrais de dez médiuns brasileiros saudáveis, enquanto psicografavam. Os cientistas constataram que durante os transes psicográficos, as áreas menos ativadas no cérebro dos médiuns foram as que são as mais ativadas enquanto qualquer pessoa escreve em estado normal de vigília (ou seja, as áreas relacionadas ao raciocínio, ao planejamento e à criatividade), sendo que os textos psicografados resultaram mais complexos que os produzidos em estado normal de vigília.

22. Como a pesquisa registra, nos textos psicografados os médiuns produziram mensagens espelhadas – escritas de trás para frente –, redigiram em línguas que não dominavam bem, descreveram corretamente ancestrais dos cientistas que os próprios cientistas diziam desconhecer, entre outras coisas. Para tais cientistas, os resultados da pesquisa são compatíveis com a hipótese que os médiuns defendem – a de que autoria dos textos psicografados não seria deles, mas sim dos espíritos comunicantes.

23. Em artigo publicado na revista científica “Neuroendocrinology Letters” em 2013, cientistas compararam conhecimento médico recente com doze obras psicografadas pelo médium Chico Xavier atribuídas ao espírito André Luiz e identificaram nelas diversas informações corretas altamente complexas sobre a fisiologia da glândula pineal e que só puderam ser confirmadas cientificamente cerca de 60 anos após a publicação das obras.

24. Apesar de todos os estudos citados, a posição científica atualmente estabelecida é a de que não há – em acordo com os rigores do método científico – fatos estabelecidos que suportem de forma inequívoca a existência de espíritos – e por tal da mediunidade espírita. Os termos ciência e científicos que figuram junto aos estudos dos espíritos são por tal empregados em sentido lato – onde pressupõe que as fronteiras que separam os conhecimentos científico e não científico não são precisamente delineadas – e não em senso estrito – que vigora atualmente no meio acadêmico-científico e que define-se por meio de fronteira muito bem estabelecida.

25. Além das polêmicas que envolvem a ciência, há polêmicas em torno da mediunidade baseadas nos argumentos apresentados por outras religiões cristãs, dizendo-se que a Bíblia condena a prática da necromancia (que difere da mediunidade) em Deuteronômio 18.

26. Esse argumento encontra contradição no próprio fato de que já foram psicografados muitos textos com ensinamentos de acordo com os de Jesus. Para a doutrina espírita, a Bíblia não condena a prática mediúnica, pois esta seria um fenômeno natural.

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