Ao longo do tempo, o Opus Dei atraiu muitos críticos, gerando controvérsia ao redor desta instituição da Igreja católica. No entanto, as críticas dos oponentes do Opus Dei têm-se diferenciado, sendo que uns alegam que os membros do Opus Dei praticam um apostolado agressivo; outros criticam esta instituição pelo seu secretismo e pela sua influência na Igreja, política e sociedade; outros condenam as práticas de mortificação corporal; e ainda outros apontam um suposto conservadorismo na teologia que consideram existir no Opus Dei.
Por outro lado, o Opus Dei foi apoiado por muitos Papas e líderes católicos. Segundo alguns jornalistas que estudaram esta prelatura separadamente, a maioria das críticas dirigidas ao Opus Dei são mitos criados pelos seus oponentes. Segundo estes, os mitos geraram-se devido a rumores sem fundamento ou a interpretações incorretas do espírito e estrutura do Opus Dei ou, até mesmo, da doutrina católica. Para outros, como o Cardeal Julián Herranz Casado, as críticas ao Opus Dei resultam de uma desaprovação generalizada da religião, nomeadamente do Catolicismo, dizendo que o “Opus Dei foi vítima de cristianofobia”.
Histórico da oposição à instituição...
A oposição ao Opus Dei começou nos anos 1940, de acordo com Patrice de Plunkett, com a ala extremista do regime franquista a criar hostilidades em relação ao Opus Dei, devido ao respeito de S. Josemaría Escrivá pela liberdade e pela sua relutância em expressar opiniões políticas e em assumir a ideologia oficial da altura.
Ainda na década de 1940, alguns jesuítas, como o teólogo Ángel Carrillo de Albornoz, interpretaram alguns ensinamentos do Opus Dei como heréticos. O Superior Geral da Companhia de Jesus da altura, Wlodimir Ledóchowski, reportou ao Vaticano que considerava o Opus Dei “muito perigoso para a Igreja na Espanha” e descreveu-o como tendo um “caráter sigiloso”, sendo “uma forma de Maçonaria cristã”.
Apesar disto, S. Josemaría fez questão de chamar a estas alegações contra o Opus Dei vindas do âmago de eminentes círculos eclesiásticos “a oposição das boas pessoas”. Segundo alguns escritores, como John Allen Jr., estas críticas foram a causa das atuais acusações vindas dos mais variados quadrantes. Uma das origens destas críticas advém do fato de alguns membros da Companhia de Jesus não terem compreendido a grande diferença entre o Opus Dei e as ordens religiosas. Para eles, não era ortodoxo ensinar que leigos podiam ser santos sem votos nem vestes distintas.
No entanto, tal como S. Josemaría ensinava, o Opus Dei é composto por cristãos leigos comuns que tentariam alcançar a santidade sem qualquer marca distintiva externa, da mesma forma como os primeiros cristãos não se diferenciavam externamente dos demais cidadãos do Império Romano. Já na década de 1950, alguns jesuítas informaram pais de membros do Opus Dei na Itália que os seus filhos estavam sendo conduzidos à condenação. Um dos jesuítas que atacou o Opus Dei foi Michael Walsh, que posteriormente deixou a Companhia de Jesus.
A partir do final dos anos 1950, com a composição do oitavo governo da Espanha durante a ditadura franquista (1957), e prolongando-se pelas décadas seguintes, alguns membros do Opus Dei tornaram-se ministros dos governos franquistas e pós-franquistas, em geral quadros de perfil tecnocrático. A partir desta data, o Opus Dei foi criticado pelo seu alegado apoio ao fascismo e associação a regimes de extrema-direita, como foi o caso da ditadura franquista.
Nas décadas de 1960 e 1970, juntaram-se na crítica ao Opus Dei católicos liberais e apoiantes da Teologia da Libertação (sendo que vários eram jesuítas). Os apoiantes desta teologia criticavam o Opus Dei por considerá-lo como uma força conservadora e tradicionalista dentro da Igreja católica. Apesar disso, a Igreja sempre condenou o catolicismo dito liberal (aquele que defende o casamento homossexual, o aborto, a ordenação de mulheres, entre outros) e a Teologia da Libertação, por entender que não está de acordo com a doutrina católica e com o ensinamento dos Papas.
Nas décadas de 1990 e 2000, alguns alegados ex-membros que se sentiam prejudicados pelas práticas do Opus Dei, juntaram-se para expressar as suas experiências em grupo. Estas experiências foram descritas em alguns livros e sites. Bryan Wilson, membro emérito da Universidade de Oxford e antigo presidente da International Society for the Sociology of Religion, afirmou que ex-membros destes novos movimentos religiosos aprendem a ensaiar histórias atrócitas nas quais se apresentam como vítimas e se oferecem para revelar “segredos” dos grupos a que outrora pertenciam, normalmente contando como foram manipulados, enganados e coagidos para entrar ou manterem-se no grupo. Sendo assim, fazem sucesso na imprensa, procurando o lucro através da venda de livros e tornando-se figuras centrais na desinformação da opinião pública.
A oposição ao Opus Dei atingiu um ponto especial com a publicação do livro “O código Da Vinci”, em 2003, que depois foi transformado em um filme de grande sucesso. Nele, o Opus Dei é apresentado como uma seita rica e discriminatória composta por monges criminosos que praticam mortificações sangrentas.
Considerações sobre o secretismo...
Os críticos argumentam que o Opus Dei possui um acentuado caráter secreto; por exemplo, os membros geralmente não divulgam publicamente sua afiliação ao Opus Dei. Esta suposta prática teria favorecido especulações sobre a pertença de pessoas eminentes em todo o mundo, incluindo ministros, senadores, presidentes, jornalistas. William O’Connor explica que esse mito vem do erro de achar que o Opus Dei é uma ordem religiosa. Pessoas de ordens religiosas geralmente vestem algum tipo de hábito, e tem letras depois do seu nome para mostrar sua ordem, assim como outras manifestações públicas de seu status. De fato, esse testemunho é parte da vocação dos religiosos. Mas, em contraste, se pessoas leigas usassem uma placa dizendo “eu estou tentando ser um cristão exemplar”, isso não seria secular. Os membros do Opus Dei não escondem o fato de serem membros, mas também não o alardeiam.
Mortificação no Opus Dei...
Os críticos também consideram como práticas reprováveis a mortificação corporal (uma prática em que são usados cilícios com espinhos na perna) e a penitência. O próprio Escrivá recebeu muitas críticas. Seus oponentes indicam que suas práticas pessoais da mortificação eram ainda mais extremas do que aquelas executadas pelos numerários, incluindo o extenso uso de disciplinas. Seus oponentes também criticam máxima de Escrivá sobre o sofrimento: “Amada seja dor. Santificada seja a dor. Glorificada seja a dor”.
Política no Opus Dei...
Os críticos também afirmam que Escrivá e a organização favoreceram os governos de Francisco Franco e Augusto Pinochet. Chegou-se a alegar que Escrivá simpatizasse com Adolf Hitler. Em várias partes do mundo, os membros do Opus Dei são simpatizam fortemente de governos de extrema direita e/ou ditatoriais.
Por outro lado, o Opus Dei foi apoiado por muitos Papas e líderes católicos. Segundo alguns jornalistas que estudaram esta prelatura separadamente, a maioria das críticas dirigidas ao Opus Dei são mitos criados pelos seus oponentes. Segundo estes, os mitos geraram-se devido a rumores sem fundamento ou a interpretações incorretas do espírito e estrutura do Opus Dei ou, até mesmo, da doutrina católica. Para outros, como o Cardeal Julián Herranz Casado, as críticas ao Opus Dei resultam de uma desaprovação generalizada da religião, nomeadamente do Catolicismo, dizendo que o “Opus Dei foi vítima de cristianofobia”.
Histórico da oposição à instituição...
A oposição ao Opus Dei começou nos anos 1940, de acordo com Patrice de Plunkett, com a ala extremista do regime franquista a criar hostilidades em relação ao Opus Dei, devido ao respeito de S. Josemaría Escrivá pela liberdade e pela sua relutância em expressar opiniões políticas e em assumir a ideologia oficial da altura.
Ainda na década de 1940, alguns jesuítas, como o teólogo Ángel Carrillo de Albornoz, interpretaram alguns ensinamentos do Opus Dei como heréticos. O Superior Geral da Companhia de Jesus da altura, Wlodimir Ledóchowski, reportou ao Vaticano que considerava o Opus Dei “muito perigoso para a Igreja na Espanha” e descreveu-o como tendo um “caráter sigiloso”, sendo “uma forma de Maçonaria cristã”.
Apesar disto, S. Josemaría fez questão de chamar a estas alegações contra o Opus Dei vindas do âmago de eminentes círculos eclesiásticos “a oposição das boas pessoas”. Segundo alguns escritores, como John Allen Jr., estas críticas foram a causa das atuais acusações vindas dos mais variados quadrantes. Uma das origens destas críticas advém do fato de alguns membros da Companhia de Jesus não terem compreendido a grande diferença entre o Opus Dei e as ordens religiosas. Para eles, não era ortodoxo ensinar que leigos podiam ser santos sem votos nem vestes distintas.
No entanto, tal como S. Josemaría ensinava, o Opus Dei é composto por cristãos leigos comuns que tentariam alcançar a santidade sem qualquer marca distintiva externa, da mesma forma como os primeiros cristãos não se diferenciavam externamente dos demais cidadãos do Império Romano. Já na década de 1950, alguns jesuítas informaram pais de membros do Opus Dei na Itália que os seus filhos estavam sendo conduzidos à condenação. Um dos jesuítas que atacou o Opus Dei foi Michael Walsh, que posteriormente deixou a Companhia de Jesus.
A partir do final dos anos 1950, com a composição do oitavo governo da Espanha durante a ditadura franquista (1957), e prolongando-se pelas décadas seguintes, alguns membros do Opus Dei tornaram-se ministros dos governos franquistas e pós-franquistas, em geral quadros de perfil tecnocrático. A partir desta data, o Opus Dei foi criticado pelo seu alegado apoio ao fascismo e associação a regimes de extrema-direita, como foi o caso da ditadura franquista.
Nas décadas de 1960 e 1970, juntaram-se na crítica ao Opus Dei católicos liberais e apoiantes da Teologia da Libertação (sendo que vários eram jesuítas). Os apoiantes desta teologia criticavam o Opus Dei por considerá-lo como uma força conservadora e tradicionalista dentro da Igreja católica. Apesar disso, a Igreja sempre condenou o catolicismo dito liberal (aquele que defende o casamento homossexual, o aborto, a ordenação de mulheres, entre outros) e a Teologia da Libertação, por entender que não está de acordo com a doutrina católica e com o ensinamento dos Papas.
Nas décadas de 1990 e 2000, alguns alegados ex-membros que se sentiam prejudicados pelas práticas do Opus Dei, juntaram-se para expressar as suas experiências em grupo. Estas experiências foram descritas em alguns livros e sites. Bryan Wilson, membro emérito da Universidade de Oxford e antigo presidente da International Society for the Sociology of Religion, afirmou que ex-membros destes novos movimentos religiosos aprendem a ensaiar histórias atrócitas nas quais se apresentam como vítimas e se oferecem para revelar “segredos” dos grupos a que outrora pertenciam, normalmente contando como foram manipulados, enganados e coagidos para entrar ou manterem-se no grupo. Sendo assim, fazem sucesso na imprensa, procurando o lucro através da venda de livros e tornando-se figuras centrais na desinformação da opinião pública.
A oposição ao Opus Dei atingiu um ponto especial com a publicação do livro “O código Da Vinci”, em 2003, que depois foi transformado em um filme de grande sucesso. Nele, o Opus Dei é apresentado como uma seita rica e discriminatória composta por monges criminosos que praticam mortificações sangrentas.
Considerações sobre o secretismo...
Os críticos argumentam que o Opus Dei possui um acentuado caráter secreto; por exemplo, os membros geralmente não divulgam publicamente sua afiliação ao Opus Dei. Esta suposta prática teria favorecido especulações sobre a pertença de pessoas eminentes em todo o mundo, incluindo ministros, senadores, presidentes, jornalistas. William O’Connor explica que esse mito vem do erro de achar que o Opus Dei é uma ordem religiosa. Pessoas de ordens religiosas geralmente vestem algum tipo de hábito, e tem letras depois do seu nome para mostrar sua ordem, assim como outras manifestações públicas de seu status. De fato, esse testemunho é parte da vocação dos religiosos. Mas, em contraste, se pessoas leigas usassem uma placa dizendo “eu estou tentando ser um cristão exemplar”, isso não seria secular. Os membros do Opus Dei não escondem o fato de serem membros, mas também não o alardeiam.
Mortificação no Opus Dei...
Os críticos também consideram como práticas reprováveis a mortificação corporal (uma prática em que são usados cilícios com espinhos na perna) e a penitência. O próprio Escrivá recebeu muitas críticas. Seus oponentes indicam que suas práticas pessoais da mortificação eram ainda mais extremas do que aquelas executadas pelos numerários, incluindo o extenso uso de disciplinas. Seus oponentes também criticam máxima de Escrivá sobre o sofrimento: “Amada seja dor. Santificada seja a dor. Glorificada seja a dor”.
Política no Opus Dei...
Os críticos também afirmam que Escrivá e a organização favoreceram os governos de Francisco Franco e Augusto Pinochet. Chegou-se a alegar que Escrivá simpatizasse com Adolf Hitler. Em várias partes do mundo, os membros do Opus Dei são simpatizam fortemente de governos de extrema direita e/ou ditatoriais.